Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
262010-A	Medicamento - givinostat	Não favorável	Finalizada em 16/09/2024 10:59:51	Ver Nota
262010-B	Medicamento - vamorolona	Não favorável	Finalizada em 16/09/2024 11:03:39	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

Laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

givinostat suspensão oral 8,86 mg/mL - 5 mL a cada 12 horas, uso contínuo.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">Corticoster&oacute;ides, como a prednisona, e tratamento farmacol&oacute;gico sintom&aacute;tico e de manejo das complica&ccedil;&otilde;es, destacando-se os inibidores da enzima conversora da angiotensina (iECA), a exemplo do captopril, betabloqueadores para cardiomiopatia, como o propranolol e metoprolol e diur&eacute;ticos como a hidroclorotiazida; todos dispon&iacute;veis a partir do Componente B&aacute;sico da Assist&ecirc;ncia Farmac&ecirc;utica (CBAF), cuja responsabilidade executiva &eacute; dos munic&iacute;pios. Tamb&eacute;m encontram-se dispon&iacute;veis tratamentos n&atilde;o farmacol&oacute;gicos como oxigenoterapia domiciliar para insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca congestiva, transplante card&iacute;aco se cardiomiopatia dilatada grave, &oacute;rteses e cirurgias para corre&ccedil;&atilde;o da escoliose, al&eacute;m de outras interven&ccedil;&otilde;es multidisciplinares como atendimento fonoaudiol&oacute;gico e fisioterap&ecirc;utico que podem ser indicados conforme o quadro cl&iacute;nico do paciente.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">O givinostat &eacute; um inibidor da enzima histona desacetilase (HDACs). As HDACs s&atilde;o enzimas que regulam a express&atilde;o de prote&iacute;nas. Sua express&atilde;o nos m&uacute;sculos esquel&eacute;ticos sugerem atividade associada &agrave; prote&iacute;na distrofina, motivo pelo qual o uso de inibidores desta enzima passou a ser estudado enquanto alternativa terap&ecirc;utica para o tratamento das distrofinopatias, a exemplo da DMD <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?WcOKhT">(7)</a>. O mecanismo de a&ccedil;&atilde;o do givinostat ainda n&atilde;o &eacute; completamente esclarecido. Seu uso em humanos vem sendo estudado depois que o mesmo demonstrou potencial de aumento na &aacute;rea de miofibras, redu&ccedil;&atilde;o da atividade anti-inflamat&oacute;ria e preven&ccedil;&atilde;o de cicatrizes fibr&oacute;ticas em estudos pr&eacute;-cl&iacute;nicos, realizados em camundongos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?ze6Kt7">(8)</a>. Sendo assim, a premissa para o seu uso &eacute; de que este seja capaz de inibir a perda e estimular a regenera&ccedil;&atilde;o muscular dos pacientes diagnosticados com DMD.</p>

<p style="text-align: justify;">A efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a do givinostat no tratamento de DMD foi avaliada em apenas um ensaio cl&iacute;nico, de fase 3, multic&ecirc;ntrico (realizado em 11 pa&iacute;ses) e controlado por placebo - denominado EPIDYS <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OdtmaZ">(9)</a>. Foram inclu&iacute;dos 179 pacientes com 6 anos de idade ou mais e confirma&ccedil;&atilde;o de DMD por teste gen&eacute;tico; ainda, para serem inclu&iacute;dos no estudo os indiv&iacute;duos deveriam cumprir com os seguintes crit&eacute;rios: subir quatro degraus duas vezes em tempo m&eacute;dio de 8 segundos ou menos; levantar-se da posi&ccedil;&atilde;o deitado em tempo entre 3 e 10 segundos; estar em tratamento com corticoster&oacute;ides sist&ecirc;micos em dose est&aacute;vel por pelo menos 6 meses. Os pacientes inclu&iacute;dos foram randomizados para receber givinostat (n = 118) ou placebo (n = 61). O tempo de seguimento foi de 72 semanas.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O desfecho prim&aacute;rio foi a mudan&ccedil;a no tempo para subir quatro degraus ap&oacute;s 72 semanas, aferida pela m&eacute;dia dos m&iacute;nimos quadrados. Quando medida em segundos, a diferen&ccedil;a alcan&ccedil;ada pelo grupo que recebeu givinostat foi de 1,25 (variando entre 0,31 e 2,18 segundos), e de 3,03 (1,67 a 4,39) no grupo placebo. Quando comparados, observa-se que o grupo givinostat alcan&ccedil;ou um decl&iacute;nio de 1,78 segundos em rela&ccedil;&atilde;o ao placebo; contudo, quando se observam os limites inferiores e superiores observa-se que aqueles do grupo placebo e grupo tratamento se sobrep&otilde;e, sugerindo n&atilde;o existir diferen&ccedil;a entre os grupos. Quando os resultados foram transformados para a escala logar&iacute;tmica e expressos pela sua raz&atilde;o tem-se que a diferen&ccedil;a entre os grupos foi de 0,86 (intervalo de confian&ccedil;a de 95% 0,75 - 0,99). Embora os autores apontem para a signific&acirc;ncia estat&iacute;stica do achado (p=0,03), h&aacute; de se considerar tratar-se de medida lim&iacute;trofe, haja vista o limite superior do intervalo estar pr&oacute;ximo ao valor 1, que representa nulidade, ou aus&ecirc;ncia de diferen&ccedil;a. De fato, o desfecho tempo para subir pode ser entendido como um desfecho substituto (medi&ccedil;&atilde;o laboratorial, imagem radiogr&aacute;fica, sinal f&iacute;sico ou outra medida que se pensa prever o benef&iacute;cio cl&iacute;nico, mas que n&atilde;o &eacute; em si uma medida do benef&iacute;cio cl&iacute;nico), j&aacute; que n&atilde;o mede, diretamente, a melhora da for&ccedil;a ou resist&ecirc;ncia muscular dos pacientes. &Eacute; reconhecido pela ci&ecirc;ncia que desfechos substitutos representam importante fragilidade nos estudos, uma vez que sugerem benef&iacute;cio, por&eacute;m n&atilde;o demonstram, ou comprovam os mesmos. Desta forma, sendo este o &uacute;nico estudo que se dedicou a avaliar a efic&aacute;cia comparada do givinostat e o fato de que esta avalia&ccedil;&atilde;o se pautou em desfecho substituto, e n&atilde;o de efic&aacute;cia cl&iacute;nica, &eacute; poss&iacute;vel afirmar que trata-se de tecnologia experimental, ou seja: cujo benef&iacute;cio cl&iacute;nico ainda n&atilde;o foi demonstrado.</p>

<p style="text-align: justify;">Quanto &agrave; sua seguran&ccedil;a, os resultados do EPIDYS mostram que os eventos adversos mais comuns com o uso do givinostat foram diarreia (36%) e v&ocirc;mitos (29%), cuja ocorr&ecirc;ncia foi cerca de duas vezes &agrave;quela apresentada pelo grupo que recebeu placebo (18 e 13%, respectivamente). Tamb&eacute;m chama a aten&ccedil;&atilde;o a ocorr&ecirc;ncia de trombocitopenia (32%), que levou &agrave; necessidade de redu&ccedil;&atilde;o de dose e foi inexistente no grupo placebo, bem como a da hipertrigliceridemia (23%), presente em apenas 7% daqueles do grupo placebo, e que levou &agrave; descontinua&ccedil;&atilde;o do tratamento. As duas &uacute;ltimas s&atilde;o destacadas tanto pelo FDA quanto pela fabricante do produto como eventos adversos graves e que requerem vigil&acirc;ncia.</p>

<p style="text-align: justify;">Por tratar-se de uma tecnologia n&atilde;o registrada na Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (ANVISA), a vamorolona n&atilde;o pode ser comercializada no Brasil e tampouco est&aacute; sujeita &agrave; regula&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;os, conforme Lei n&ordm; 10.742/2003. Não existe, portanto, base oficial em que seja possível estimar seu custo. Tampouco foram recuperadas compras governamentais para o item em busca realizada no Banco de Pre&ccedil;os em Sa&uacute;de.</p>

<p style="text-align: justify;">Dada a inexist&ecirc;ncia de registro, a tecnologia pleiteada demandar&aacute; importa&ccedil;&atilde;o de algum dos pa&iacute;ses onde a mesma detenha registro e, portanto, direito de com&eacute;rcio nacional. O givinostat encontra-se apenas registrado junto &agrave; ag&ecirc;ncia sanit&aacute;ria americana - FDA (do ingl&ecirc;s, Food and Drug Administration) para uso no tratamento da DMD a partir de 6 anos de idade. As ag&ecirc;ncias brit&acirc;nica - MHRA (do ingl&ecirc;s, Medicines and Healthcare products Regulatory Agency) - e europ&eacute;ia - EMA (do ingl&ecirc;s, European Medicines Agency) encontram-se em processo de avalia&ccedil;&atilde;o da tecnologia.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Conforme an&uacute;ncio da ITF Therapeutics - escrit&oacute;rio americano da italiana Italfarmaco&reg; - farmac&ecirc;utica fabricante do givinostat, a comercializa&ccedil;&atilde;o do referido produto nos Estados Unidos foi iniciada em 25 de julho. O acesso ao tratamento se d&aacute; unicamente a partir da PantheRx&reg;, um servi&ccedil;o de farm&aacute;cia especializado no cuidado de pessoas com doen&ccedil;as raras, que oferece junto ao produto um conjunto de servi&ccedil;os cl&iacute;nicos e apoio administrativo para a solicita&ccedil;&atilde;o de reembolso junto &agrave;s seguradoras de sa&uacute;de americanas.&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em 14 de agosto de 2024 foi tentado contato com a ITF Therapeutics por meio do formul&aacute;rio eletr&ocirc;nico dispon&iacute;vel no s&iacute;tio <a href="https://www.duvyzat.com/">https://www.duvyzat.com/</a>, com o intuito de conhecer o pre&ccedil;o pelo qual o givinostat &eacute; comercializado nos Estados Unidos. At&eacute; o dia de hoje, 22 de agosto, n&atilde;o recebemos resposta ao contato realizado. Sendo assim, e haja vista n&atilde;o ter sido anexado or&ccedil;amento aos autos processuais, n&atilde;o foi poss&iacute;vel estimar o custo do tratamento pleiteado.</p>

<p style="text-align: justify;">O que se pode informar &eacute; que o givinostat &eacute; comercializado na forma farmac&ecirc;utica de suspens&atilde;o oral, em frascos de 140 mL na concentra&ccedil;&atilde;o de 8,86 mg/mL. Sendo assim, e considerando a posologia prescrita (10 mL ao dia), ser&atilde;o necess&aacute;rios 26 frascos do produto para satisfazer um ano de tratamento. Cabe destacar que este seria a quantidade m&iacute;nima, j&aacute; que considerou-se que a posologia manter-se-&aacute; mesma pelo per&iacute;odo calculado, e &eacute; de conhecimento que a dose prescrita &eacute; calculada em rela&ccedil;&atilde;o ao peso do paciente.</p>

<p style="text-align: justify;">Em busca realizada na ferramenta Google, no dia 22 de agosto de 2024, encontrou-se reportagem publicada pelo s&iacute;tio americano formulary watch&reg; em 25 de julho do mesmo ano, onde se l&ecirc; que o custo m&eacute;dio anual do tratamento com givinostat &eacute; estimado em U$ 700.000,00. Conforme descrito, o valor teria sido informado pela pr&oacute;pria ITF Therapeutics.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;Considerando o referido valor e taxa de c&acirc;mbio de R$ 5,59 divulgada pelo Banco Central no dia 22/08/2024, o custo anual do tratamento poderia ser estimado em R$ 3.914.680,00. Cumpre informar que n&atilde;o foram consideradas as taxas alfandeg&aacute;rias e demais despesas de importa&ccedil;&atilde;o ao valor apresentado.</p>

<p style="text-align: justify;">At&eacute; o momento, n&atilde;o foram encontradas avalia&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas que tenham considerado o cen&aacute;rio brasileiro. Tampouco internacionais. A ag&ecirc;ncia NICE (do ingl&ecirc;s, National Institute for Health and Care Excellence), do Reino Unido, est&aacute; desenvolvendo a avalia&ccedil;&atilde;o desta tecnologia, por&eacute;m nenhuma vers&atilde;o preliminar foi publicada.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">&nbsp;trata-se de tecnologia experimental, cujo benef&iacute;cio cl&iacute;nico ainda n&atilde;o foi demonstrado e que apresenta eventos adversos graves que devem ser estritamente monitorados.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">A conclus&atilde;o desfavor&aacute;vel ao pleito encontra respaldo nos seguintes argumentos:</p>

<p style="text-align: justify;">(i) trata-se de tecnologia n&atilde;o registrada junto &agrave; ANVISA,&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">(ii) sem demonstra&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cio cl&iacute;nico at&eacute; o momento,</p>

<p style="text-align: justify;">(iii) de alto custo - estimado em, aproximadamente, 4 milh&otilde;es de reais,&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">(iv) destinada ao tratamento de uma condi&ccedil;&atilde;o para a qual n&atilde;o h&aacute; cura e</p>

<p style="text-align: justify;">(v) com demonstra&ccedil;&atilde;o de eventos adversos graves que devem ser estritamente monitorados.</p>

<p style="text-align: justify;">Ademais, a tecnologia pleiteada n&atilde;o representa potencial de cura da doen&ccedil;a. A DMD tem progn&oacute;stico reservado, o qual &eacute; determinado pelo seu curso natural. At&eacute; o momento, nenhuma tecnologia demonstrou potencial de mudan&ccedil;a no curso da condi&ccedil;&atilde;o. Sendo assim, o n&atilde;o uso da tecnologia pleiteada n&atilde;o torna a doen&ccedil;a fatal ou mais grave; o progn&oacute;stico tampouco ser&aacute; piorado pela n&atilde;o oferta do tratamento pleiteado. De fato, seu uso incorre em riscos, como trombocitopenia e hipertrigliceridemia, eventos adversos graves relacionados ao tratamento.</p>

<p style="text-align: justify;">Por fim, e apesar da escassez de estudos de custo-efetividade, &eacute; razo&aacute;vel estimar que a tecnologia pleiteada apresente um perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel para a realidade brasileira - ou seja, o benef&iacute;cio ganho com a sua incorpora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ultrapassa o benef&iacute;cio perdido pelo deslocamento de outras interven&ccedil;&otilde;es em sa&uacute;de que n&atilde;o mais poderiam ser adquiridas com o mesmo investimento, perfazendo portanto mau uso dos recursos dispon&iacute;veis ao sistema.</p>

<p>&nbsp;</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">1. CONITEC. Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de. Monitoramento do Horizonte Tecnol&oacute;gico - Medicamentos para tratamento da Distrofia Muscular de Duchenne [Internet]. 2022. Available from: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/radar/2022/informemht_distrofiamuscularduchene.pdf.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">2. Darras BT, Urion DK, Ghosh PS. Dystrophinopathies. In: Adam MP, Feldman J, Mirzaa GM, Pagon RA, Wallace SE, Bean LJ, Gripp KW, Amemiya A, editors. GeneReviews&reg; [Internet]. Seattle (WA): University of Washington, Seattle; 1993. Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1119/.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">3. Guiraud S, Aartsma-Rus A, Vieira NM, Davies KE, van Ommen G-JB, Kunkel LM. The Pathogenesis and Therapy of Muscular Dystrophies. Annu Rev Genomics Hum Genet. 2015;16:281&ndash;308. doi: 10.1146/annurev-genom-090314-025003. Cited: in: : PMID: 26048046.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">4. Falzarano MS, Scotton C, Passarelli C, Ferlini A. Duchenne Muscular Dystrophy: From Diagnosis to Therapy. Mol Basel Switz. 2015;20:18168&ndash;18184. doi: 10.3390/molecules201018168. Cited: in: : PMID: 26457695.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">5. Yiu EM, Kornberg AJ. Duchenne muscular dystrophy. J Paediatr Child Health. 2015;51:759&ndash;764. doi: 10.1111/jpc.12868. Cited: in: : PMID: 25752877.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">6. Teixeira M de SR, Martins GMA, Rodrigues JMM, Pessoa ALS, Santos ACC dos, Marques ER. Epidemiologia da Distrofia Muscular de Duchenne no Cear&aacute; / Epidemiology of Duchenne Muscular Dystrophy in Cear&aacute;. Braz J Dev. 2020;6:69591&ndash;69603. doi: 10.34117/bjdv6n9-416.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">7. Sandon&agrave; M, Cavioli G, Renzini A, Cedola A, Gigli G, Coletti D, McKinsey TA, Moresi V, Saccone V. Histone Deacetylases: Molecular Mechanisms and Therapeutic Implications for Muscular Dystrophies. Int J Mol Sci. 2023;24:4306. doi: 10.3390/ijms24054306. Cited: in: : PMID: 36901738.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">8. Consalvi S, Mozzetta C, Bettica P, Germani M, Fiorentini F, Del Bene F, Rocchetti M, Leoni F, Monzani V, Mascagni P, et al. Preclinical Studies in the mdx Mouse Model of Duchenne Muscular Dystrophy with the Histone Deacetylase Inhibitor Givinostat. Mol Med. 2013;19:79&ndash;87. doi: 10.2119/molmed.2013.00011. Cited: in: : PMID: 23552722.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fsxyi2">9. Mercuri E, Vilchez JJ, Boespflug-Tanguy O, Zaidman CM, Mah JK, Goemans N, M&uuml;ller-Felber W, Niks EH, Schara-Schmidt U, Bertini E, et al. Safety and efficacy of givinostat in boys with Duchenne muscular dystrophy (EPIDYS): a multicentre, randomised, double-blind, placebo-controlled, phase 3 trial. Lancet Neurol. 2024;23:393&ndash;403. doi: 10.1016/S1474-4422(24)00036-X. Cited: in: : PMID: 38508835.</a></p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Conforme laudo m&eacute;dico, a parte autora, atualmente com 10 anos de idade, foi diagnosticada com Distrofia Muscular de Duchenne em 2022 (Evento 1, LAUDOPERIC9). O diagn&oacute;stico foi confirmado por investiga&ccedil;&atilde;o gen&eacute;tica (Evento 1, EXMMED8). &Eacute; descrito, pela m&eacute;dica assistente, que a parte encontra-se bem e que, a despeito da perda de for&ccedil;a, mant&eacute;m deambula&ccedil;&atilde;o e fun&ccedil;&otilde;es card&iacute;aca e respirat&oacute;ria normais. N&atilde;o &eacute; informado se a parte faz uso de algum medicamento ou est&aacute; em vig&ecirc;ncia de outros tratamentos, incluindo alternativas n&atilde;o farmacol&oacute;gicas. Frente ao exposto, foi prescrito uso de vamorolona e givinostat, tecnologias pleiteadas em processo. A presente nota t&eacute;cnica versa sobre o pleito de givinostat.</p>

<p style="text-align: justify;">As distrofias musculares s&atilde;o um grupo de desordens caracterizadas por fraqueza e atrofia muscular de origem gen&eacute;tica que ocorre pela aus&ecirc;ncia, ou forma&ccedil;&atilde;o inadequada, de prote&iacute;nas essenciais para o funcionamento da c&eacute;lula muscular; em termos cl&iacute;nicos, tal situa&ccedil;&atilde;o representa o enfraquecimento progressivo da musculatura esquel&eacute;tica, prejudicando os movimentos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?g7gAJw">(1)</a>.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A Distrofia Muscular de Duchenne (DMD), em espec&iacute;fico, caracteriza-se pela muta&ccedil;&atilde;o do gene DMD, respons&aacute;vel pela codifica&ccedil;&atilde;o da prote&iacute;na distrofina. Este gene, uma vez mutado, produz maior quantidade de distrofina n&atilde;o funcional, e menor quantidade de distrofina funcional. Desta forma, a integridade muscular &eacute; comprometida e o tecido passa a ser danificado mesmo quando executadas atividades cotidianas de baixo esfor&ccedil;o. Trata-se de uma forma grave de distrofia que apresenta, al&eacute;m do comprometimento motor, complica&ccedil;&otilde;es card&iacute;acas e respirat&oacute;rias <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?IYVFhC">(2)</a>. Acredita-se que a progress&atilde;o da doen&ccedil;a esteja tamb&eacute;m relacionada &agrave; causas inflamat&oacute;rias, j&aacute; que foi observada ativa&ccedil;&atilde;o da via do fator nuclear pr&oacute;-inflamat&oacute;rio-&kappa;B (NF-&kappa;B) nos m&uacute;sculos de pacientes com DMD desde o seu nascimento <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?1g8r1Q">(3)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">O quadro cl&iacute;nico da doen&ccedil;a &eacute; caracterizado por atraso no desempenho motor grosso, anormalidades na marcha, hipertrofia da panturrilha, dificuldade de se levantar da posi&ccedil;&atilde;o deitada ou sentada e quedas frequentes <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?lo1u1X">(2)</a>. Os sinais da doen&ccedil;a n&atilde;o est&atilde;o presentes no nascimento, no entanto, ainda na primeira inf&acirc;ncia (por volta dos 4 anos), os pacientes come&ccedil;am a apresentar perda motora, comumente levando &agrave; necessidade de uso de cadeira de rodas para locomo&ccedil;&atilde;o, o que ocorre por volta dos 13 anos de idade. Al&eacute;m disso, costumam surgir complica&ccedil;&otilde;es respirat&oacute;rias e card&iacute;acas, que incluem cardiomiopatia dilatada, arritmias, insufici&ecirc;ncia card&iacute;aca e insufici&ecirc;ncia respirat&oacute;ria. A expectativa de vida &eacute; de, aproximadamente, tr&ecirc;s d&eacute;cadas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?SUVYTe">(4,5)</a>. O quadro &eacute; mais prevalente em homens. No Brasil, estimativas mostram uma preval&ecirc;ncia de 0,9:100.000 homens na cidade de Fortaleza e 0,44:100.000 homens no estado do Cear&aacute;, por exemplo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?j8iPdf">(6)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o h&aacute; cura para a DMD, e as interven&ccedil;&otilde;es s&atilde;o baseadas na preven&ccedil;&atilde;o e tratamento das complica&ccedil;&otilde;es decorrentes da condi&ccedil;&atilde;o. O tratamento requer acompanhamento por equipe multiprofissional, com foco em terapia de reabilita&ccedil;&atilde;o e manejo dos sinais e sintomas cl&iacute;nicos. Enquanto terapias farmacol&oacute;gicas &eacute; recomendado o uso de corticoster&oacute;ides, como a prednisona - dispon&iacute;vel no sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de - haja vista a presen&ccedil;a de vias de inflama&ccedil;&atilde;o muscular ativadas nos pacientes com DMD <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?YCoxST">(4)</a>.&nbsp;</p>

Anexos

Nota Técnica 262010

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