Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
298004	Medicamento - BEVACIZUMABE	Não favorável	Finalizada em 07/01/2025 13:28:42	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 298004

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

 bevacizumabe 25 mg/ml (frascos de 100 ou 400 mg), contínuo. Aplicar, EV, 5 mg/kg (pelo peso atual de 475 mg) a cada 14 dias. Uso contínuo, até progressão de doença ou toxicidade inaceitável.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">sim, existem op&ccedil;&otilde;es quimioter&aacute;picas e cir&uacute;rgicas, dispon&iacute;veis no SUS. Contudo, esclarece-se que para o tratamento de c&acirc;ncer no SUS, n&atilde;o h&aacute; uma lista espec&iacute;fica de medicamentos, uma vez que o cuidado ao paciente deve ser feito de forma integral nas Unidades de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON) ou Centros de Alta Complexidade em Oncologia (CACON). Nesses estabelecimentos de sa&uacute;de, o fornecimento de medicamentos &eacute; feito via autoriza&ccedil;&atilde;o de procedimento de alta complexidade (APAC), conforme os procedimentos tabelados. Assim, esses hospitais habilitados como UNACON ou CACON devem oferecer assist&ecirc;ncia especializada e integral ao paciente com c&acirc;ncer, atuando no diagn&oacute;stico e tratamento do paciente, sendo ressarcidos pelo gestor federal quando da realiza&ccedil;&atilde;o dessa assist&ecirc;ncia, inclusive farmac&ecirc;utica, de acordo com valores pr&eacute;-estabelecidos na Tabela de Procedimentos do SUS.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p style="text-align: justify;">vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p><span style="text-align:justify">O bevacizumabe &eacute; um anticorpo monoclonal recombinante direcionado ao fator de crescimento do endot&eacute;lio vascular humano (VEGF), ao qual se conecta, bloqueando-o </span><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?rWVW9N" style="text-align: justify; background-color: rgb(255, 255, 255);">(11)</a><span style="text-align:justify">. Dessa forma, age reduzindo a vasculariza&ccedil;&atilde;o tumoral com efeito em sua progress&atilde;o. Por esse motivo, tamb&eacute;m &eacute; utilizado no tratamento de c&acirc;ncer epitelial de ov&aacute;rio, tuba uterina e peritoneal prim&aacute;rio; de c&acirc;ncer de colo do &uacute;tero; c&acirc;ncer de mama; de c&acirc;ncer de pulm&atilde;o; e de c&acirc;ncer de c&eacute;lulas renais.</span></p>

<p style="text-align:justify">A efic&aacute;cia do bevacizumabe associado a quimioterapia em pacientes com CCR avan&ccedil;ado ou metast&aacute;tico previamente tratados com quimioterapia (FOLFIRI) (ou seja, como segunda linha de tratamento) foi testada em um ensaio cl&iacute;nico randomizado (ECR), aberto, multic&ecirc;ntrico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?bFBIBm">(12)</a>. Os 829 pacientes inclu&iacute;dos foram randomizados em tr&ecirc;s grupos: o primeiro grupo recebeu oxaliplatina (FOLFOX) associado ao bevacizumabe (10 mg/Kg), o segundo grupo utilizou apenas oxaliplatina (FOLFOX) e o terceiro grupo fez uso de exclusivamente bevacizumabe (10 mg/Kg). O desfecho prim&aacute;rio do estudo foi sobrevida global, tamb&eacute;m sendo avaliado como desfecho secund&aacute;rio sobrevida livre de progress&atilde;o de doen&ccedil;a. A sobrevida global foi maior no grupo que utilizou FOLFOX associado a bevacizumabe (12,9 meses), quando comparado com o grupo que utilizou somente FOLFOX (10,8 meses) e bevacizumabe em monoterapia (10,2 meses). A compara&ccedil;&atilde;o dos grupos FOLFOX4 + bevacizumabe vs. FOLFOX demonstrou um odds ratio (OR, medida de risco) de 0,75 para morte (P=0,0011). Al&eacute;m disso, a associa&ccedil;&atilde;o aumentou 2,7 meses a sobrevida livre de progress&atilde;o da doen&ccedil;a (7,3 meses contra 4,7 meses; OR 0,61; P&lt;0,0001). Em 1 ano, a propor&ccedil;&atilde;o de pacientes vivos era de 56% no grupo FOLFOX + bevacizumabe vs. 43% no grupo FOLFOX4, resultando em um n&uacute;mero necess&aacute;rio para tratar (NNT) de cerca de oito. Em contrapartida, a associa&ccedil;&atilde;o foi mais frequentemente associada a efeitos adversos graves (neuropatia, hipertens&atilde;o e sangramentos). Dois pacientes em uso da associa&ccedil;&atilde;o faleceram em decorr&ecirc;ncia de sangramento (3,1% versus 0,4%, P=0,011).<br />
Outros ECRs est&atilde;o dispon&iacute;veis para uso do f&aacute;rmaco pleiteado apenas em primeira linha de tratamento.</p>

<p style="text-align:justify">&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center"><strong>Item</strong></p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center"><strong>Descri&ccedil;&atilde;o</strong></p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center"><strong>Quantidade</strong></p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center"><strong>Valor unit&aacute;rio</strong></p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center"><strong>Valor Anual</strong></p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">BEVACIZUMABE</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">25 MG/ML SOL DIL INFUS IV CT FA VD TRANS X</p>

			<p style="text-align:center">16 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">27</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 1.980,25</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 53.466,75</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">BEVACIZUMABE</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">25 MG/ML SOL DIL INFUS IV CT FA VD TRANS X</p>

			<p style="text-align:center">4 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">27</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 487,71</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 13.168,17</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">TOTAL</p>
			</td>
			<td colspan="4">
			<p style="text-align:center">R$ 66.634,92</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align:justify">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align:justify">Em consulta &agrave; tabela da CMED no site da ANVISA em mar&ccedil;o de 2024 e nos dados da prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, foi elaborada a tabela acima estimando o custo anual do tratamento, considerando a alternativa mais econ&ocirc;mica dispon&iacute;vel.</p>

<p style="text-align:justify">N&atilde;o foram identificadas an&aacute;lises de custo-efetividade ou de impacto or&ccedil;ament&aacute;rio para o contexto nacional.<br />
O National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do sistema de sa&uacute;de brit&acirc;nico publicou tr&ecirc;s recomenda&ccedil;&otilde;es (&ldquo;technology appraisals&rdquo;) sobre o uso de bevacizumabe em CCR, para tr&ecirc;s cen&aacute;rios distintos.</p>

<p style="text-align:justify">A TA 118, publicada em 2007, descreve que bevacizumabe em combina&ccedil;&atilde;o com 5-fluorouracil mais &aacute;cido fol&iacute;nico, com ou sem irinotecano, n&atilde;o &eacute; recomendado para o tratamento de primeira linha do c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico; o comit&ecirc; considerou que os impactos em sobrevida com uso do f&aacute;rmaco eram pequenos, e que a tecnologia n&atilde;o seria uma utiliza&ccedil;&atilde;o custo-efetiva dos recursos do NHS <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?fELQyQ">(13)</a>.</p>

<p style="text-align:justify">A TA 242, publicada em 2012, n&atilde;o recomenda o uso de bevacizumabe em combina&ccedil;&atilde;o com quimioterapia n&atilde;o oxaliplatina (&agrave; base de fluoropirimidina) no tratamento de CCR metast&aacute;tico que progrediu ap&oacute;s a quimioterapia de primeira linha. Essa decis&atilde;o foi baseada principalmente na aus&ecirc;ncia de evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas (em especial ensaios cl&iacute;nicos randomizados de fase III) que estudaram esse esquema terap&ecirc;utico nesta situa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica. O Comit&ecirc; observou que orienta&ccedil;&otilde;es anteriores de avalia&ccedil;&atilde;o de tecnologia do NICE n&atilde;o haviam considerado o bevacizumabe um tratamento de primeira linha ou segunda linha custo-efetivo para o c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico. Considerando que as pessoas que recebem o bevacizumabe como tratamento de segunda linha teriam uma doen&ccedil;a mais avan&ccedil;ada do que as pessoas que recebem o bevacizumabe como tratamento de primeira linha, seria razo&aacute;vel concluir que esses pacientes teriam ganhos menores em sobrevida do que as pessoas que n&atilde;o receberam quimioterapia anteriormente. Assim, considerando a falta de evid&ecirc;ncias e a avalia&ccedil;&atilde;o anterior de que o bevacizumabe provavelmente seria menos eficaz como terapia de segunda linha do que como terapia de primeira linha, o Comit&ecirc; considerou improv&aacute;vel que o bevacizumabe seja um tratamento custo-efetivo para pessoas com c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico que j&aacute; tenham recebido tratamento de primeira linha <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?ijdMsY">(13)</a>.</p>

<p style="text-align:justify">J&aacute; a TA 212, publicada em 2010, determinou que bevacizumabe em combina&ccedil;&atilde;o com oxaliplatina e fluorouracil mais &aacute;cido fol&iacute;nico ou capecitabina n&atilde;o &eacute; recomendado para o tratamento de c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?pWGBZm">(14)</a>. Foram avaliadas evid&ecirc;ncias para o uso em primeira e em segunda linha (indispon&iacute;vel evid&ecirc;ncias para outros cen&aacute;rios); na avalia&ccedil;&atilde;o da evid&ecirc;ncia de segunda linha, foi considerado o ECR discutido na se&ccedil;&atilde;o 6.1. O comit&ecirc; observou que as evid&ecirc;ncias sugeriam que tanto a sobrevida geral quanto a sobrevida livre de progress&atilde;o melhoraram estatisticamente de forma significativa em 2 a 3 meses, e que a raz&atilde;o de custo-efetividade incremental apresentada pela tecnologia ficava muito acima dos limiares considerados razo&aacute;veis para o NHS.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">poss&iacute;vel ganho marginal (cerca de 2 meses) em sobrevida global e sobrevida livre de progress&atilde;o.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o est&aacute; dispon&iacute;vel evid&ecirc;ncia proveniente diretamente de ECR para o cen&aacute;rios em tela. Considerando segunda linha de tratamento, h&aacute; evid&ecirc;ncia proveniente de ensaio cl&iacute;nico randomizado de ganho marginal de sobrevida global (cerca de 2 meses) e de sobrevida livre de progress&atilde;o (cerca de 3 meses), quando o bevacizumabe &eacute; adicionado a quimioterapia em pacientes com CCR metast&aacute;tico previamente tratados.<br />
Al&eacute;m disso, &eacute; razo&aacute;vel estimar que o esquema terap&ecirc;utico pleiteado apresente um perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel para a realidade brasileira - ou seja, o benef&iacute;cio ganho com a sua incorpora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ultrapassa o benef&iacute;cio perdido pelo deslocamento de outras interven&ccedil;&otilde;es em sa&uacute;de que n&atilde;o mais poderiam ser adquiridas com o mesmo investimento, perfazendo portanto mau uso dos recursos dispon&iacute;veis ao sistema. Ag&ecirc;ncia de avalia&ccedil;&atilde;o de tecnologias em sa&uacute;de do sistema de sa&uacute;de brit&acirc;nico n&atilde;o recomendou a incorpora&ccedil;&atilde;o desse tratamento por n&atilde;o apresentar perfil de custo-efetividade favor&aacute;vel. O impacto or&ccedil;ament&aacute;rio da terapia pleiteada, mesmo em decis&atilde;o isolada, &eacute; elevado, com potencial de comprometimento de recursos p&uacute;blicos extra&iacute;dos da coletividade - recursos p&uacute;blicos que s&atilde;o escassos e que possuem destina&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias com pouca margem de realoca&ccedil;&atilde;o, e cujo uso inadequado pode acarretar preju&iacute;zos a toda a popula&ccedil;&atilde;o assistida pelo SUS.</p>

<p style="text-align: justify;">Compreende-se o desejo do paciente e da equipe assistente de buscar tratamento para uma doen&ccedil;a cuja expectativa de vida &eacute; muito baixa na situa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica apresentada. No entanto, frente ao modesto benef&iacute;cio incremental estimado; &agrave; estimativa de perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel; ao alto impacto or&ccedil;ament&aacute;rio mesmo em decis&atilde;o isolada; e na aus&ecirc;ncia de avalia&ccedil;&atilde;o pela Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de, entendemos que se imp&otilde;e o presente parecer desfavor&aacute;vel.<br />
&nbsp;</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">1. INCA. Estat&iacute;sticas de c&acirc;ncer [Internet]. 2023 [citado 7 de mar&ccedil;o de 2023]. Dispon&iacute;vel em: https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/numeros/estatisticas-de-cancer</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">2. Hoyle M, Crathorne L, Peters J, Jones-Hughes T, Cooper C, Napier M, et al. The clinical effectiveness and cost-effectiveness of cetuximab (mono- or combination chemotherapy), bevacizumab (combination with non-oxaliplatin chemotherapy) and panitumumab (monotherapy) for the treatment of metastatic colorectal cancer after first-line chemotherapy (review of technology appraisal No.150 and part review of technology appraisal No. 118): a systematic review and economic model. Health Technol Assess Winch Engl. abril de 2013;17(14):1&ndash;237.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">3. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Diretrizes Diagn&oacute;sticas e Terap&ecirc;uticas &ndash; Adenocarcinoma de Est&ocirc;mago [Internet]. 2014. Dispon&iacute;vel em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2018/portaria_conjunta_n3_adenocarcinoma_de_estomago-15-01-2018.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">4. Saltz LB, Clarke S, D&iacute;az-Rubio E, Scheithauer W, Figer A, Wong R, et al. Bevacizumab in combination with oxaliplatin-based chemotherapy as first-line therapy in metastatic colorectal cancer: a randomized phase III study. J Clin Oncol Off J Am Soc Clin Oncol. 20 de abril de 2008;26(12):2013&ndash;9.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">5. Whyte S, Pandor A, Stevenson M, Rees A. Bevacizumab in combination with fluoropyrimidine-based chemotherapy for the first-line treatment of metastatic colorectal cancer. Health Technol Assess Winch Engl. outubro de 2010;14(Suppl. 2):47&ndash;53.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">6. Galfrascoli E, Piva S, Cinquini M, Rossi A, La Verde N, Bramati A, et al. Risk/benefit profile of bevacizumab in metastatic colon cancer: a systematic review and meta-analysis. Dig Liver Dis Off J Ital Soc Gastroenterol Ital Assoc Study Liver. abril de 2011;43(4):286&ndash;94.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">7. Hang XF, Xu WS, Wang JX, Wang L, Xin HG, Zhang RQ, et al. Risk of high-grade bleeding in patients with cancer treated with bevacizumab: a meta-analysis of randomized controlled trials. Eur J Clin Pharmacol. junho de 2011;67(6):613&ndash;23.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">8. Ranpura V, Hapani S, Chuang J, Wu S. Risk of cardiac ischemia and arterial thromboembolic events with the angiogenesis inhibitor bevacizumab in cancer patients: a meta-analysis of randomized controlled trials. Acta Oncol Stockh Swed. abril de 2010;49(3):287&ndash;97.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">9. Botrel TEA, Clark LG de O, Paladini L, Clark OAC. Efficacy and safety of bevacizumab plus chemotherapy compared to chemotherapy alone in previously untreated advanced or metastatic colorectal cancer: a systematic review and meta-analysis. BMC Cancer. 24 de agosto de 2016;16(1):677.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">10. 20220427_relatorio_anticorpos_monoclonais_cancer_colorretal_cp_25.pdf [Internet]. [citado 4 de fevereiro de 2023]. Dispon&iacute;vel em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2022/20220427_relatorio_anticorpos_monoclonais_cancer_colorretal_cp_25.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">11. Ferrara N, Hillan KJ, Gerber HP, Novotny W. Discovery and development of bevacizumab, an anti-VEGF antibody for treating cancer. Nat Rev Drug Discov. 2004;3(5):391&ndash;400.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">12. Giantonio BJ, Catalano PJ, Meropol NJ, O&rsquo;Dwyer PJ, Mitchell EP, Alberts SR, et al. Bevacizumab in combination with oxaliplatin, fluorouracil, and leucovorin (FOLFOX4) for previously treated metastatic colorectal cancer: results from the Eastern Cooperative Oncology Group Study E3200. J Clin Oncol Off J Am Soc Clin Oncol. 20 de abril de 2007;25(12):1539&ndash;44.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">13. National Institute for Health and Care Excellence. Bevacizumab and cetuximab for the treatment of metastatic colorectal cancer [Internet]. 2007. Dispon&iacute;vel em: https://www.nice.org.uk/guidance/ta118/</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OZkniN">14. National Institute for Health and Care Excellence. Bevacizumab in combination with oxaliplatin and either fluorouracil plus folinic acid or capecitabine for the treatment of metastatic colorectal cancer [Internet]. 2010. Dispon&iacute;vel em: https://www.nice.org.uk/guidance/ta212</a></p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">De acordo com relat&oacute;rios (Evento 1 - RECEIT5), trata-se de paciente com diagn&oacute;stico de adenocarcinoma de c&oacute;lon, realizado em mar&ccedil;o/2023, est&aacute;gio cl&iacute;nico IV, PS/ECOG 0 e com avalia&ccedil;&atilde;o molecular demonstrando muta&ccedil;&atilde;o no gene RAS. J&aacute; tratado com quimioterapia (FOLFIRI) de mar&ccedil;o a setembro de 2023, com progress&atilde;o de doen&ccedil;a. Nessa situa&ccedil;&atilde;o pleiteia tratamento paliativo com bevacizumabe a ser utilizado em combina&ccedil;&atilde;o com o protocolo de quimioterapia FOLFOX.</p>

<p style="text-align: justify;">O c&acirc;ncer colorretal (CCR) &eacute; o terceiro c&acirc;ncer mais diagnosticado em homens no mundo e o segundo em mulheres <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Zik5L7">(1)</a>. De acordo com o Instituto Nacional de C&acirc;ncer (INCA), em 2020, ocorreram cerca de 40 mil novos casos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?pJjRw0">(2)</a>. Em 2017, 18.867 pacientes faleceram de CCR, sendo 9.207 homens e 9.660 mulheres.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O diagn&oacute;stico dessa doen&ccedil;a &eacute; geralmente realizado atrav&eacute;s da colonoscopia e a avalia&ccedil;&atilde;o de extens&atilde;o da doen&ccedil;a (tamb&eacute;m denominado estadiamento) &eacute; realizado com base em dados da ressec&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica em associa&ccedil;&atilde;o com exames de imagem, tais como tomografia e raio-x. Atrav&eacute;s dessa avalia&ccedil;&atilde;o podemos classificar a extens&atilde;o da doen&ccedil;a. Por vezes temos les&otilde;es localizadas apenas no c&oacute;lon, que s&atilde;o pass&iacute;veis de tratamento com inten&ccedil;&atilde;o curativa atrav&eacute;s de ressec&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica. A cirurgia geralmente &eacute; acompanhada de uma ressec&ccedil;&atilde;o de linfonodos localizados nas proximidades do intestino. Na presen&ccedil;a de linfonodos comprometidos por c&eacute;lulas malignas a doen&ccedil;a j&aacute; est&aacute; associada a pior progn&oacute;stico, por&eacute;m este ainda &eacute; melhor em compara&ccedil;&atilde;o com a doen&ccedil;a metast&aacute;tica, a qual traduz a presen&ccedil;a de les&otilde;es em outros &oacute;rg&atilde;os como pulm&atilde;o e f&iacute;gado <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Q72hJp">(3)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">No entanto, aproximadamente 50% dos pacientes com c&acirc;ncer colorretal desenvolvem met&aacute;stases hep&aacute;ticas durante o curso da doen&ccedil;a <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?djPVyE">(4)</a>. No Reino Unido, 30% dos pacientes s&atilde;o diagnosticados com CCR j&aacute; metast&aacute;tico e 20% dos demais pacientes ir&atilde;o progredir para CCR metast&aacute;tico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?kEbJ1O">(5)</a>. A sobrevida em casos de doen&ccedil;a metast&aacute;tica &eacute; inferior a 7% em cinco anos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?SkxuXN">(2)</a>. O f&iacute;gado est&aacute; entre os locais mais frequentemente afetados por met&aacute;stases desse tumor <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?HYRf2s">(2,6)</a>.<br />
Segundo Diretrizes Diagn&oacute;sticas Terap&ecirc;uticas do CCR, para pacientes com CCR metast&aacute;tico, est&aacute; indicada a quimioterapia paliativa <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?V0RL3k">(7)</a>. Para tal, sugerem-se esquemas terapêuticos baseados em fluoropirimidina, associada ou não a oxaliplatina, irinotecano, mitomicina C, bevacizumabe, cetuximabe ou panitumumabe. Mais precisamente, para a quimioterapia de primeira linha recomenda-se esquema contendo fluoropirimidina associada com oxaliplatina ou irinotecano, adaptado conforme características do paciente e protocolos terapêuticos institucionais.<br />
Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; associa&ccedil;&atilde;o de bevacizumabe à quimioterapia de primeira linha com fluoropirimidina e oxaliplatina refor&ccedil;a-se que não resultou em benefício significativo em termos de ganho de sobrevida para os doentes tratados em um ensaio cl&iacute;nico randomizado <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?XU9eeK">(4)</a> e em metan&aacute;lises <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?NgnwVq">(5,6)</a>. Por fim, frisou-se que o uso do bevacizumabe associa-se a risco aumentado de perfuração intestinal, sangramento e isquemia cardíaca <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?ppfEaq">(7,8)</a>. Em contrapartida, o bevacizumabe &eacute; recomendado em associa&ccedil;&atilde;o &agrave; quimioterapia paliativa em diretriz internacional <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?8kIZdx">(9)</a>.</p>

Anexos

Nota Técnica 298004

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