Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
347894-A	Medicamento - BICALUTAMIDA	Não favorável	Finalizada em 14/05/2025 20:17:03	Ver Nota
347894-B	Medicamento - OLAPARIBE	Não favorável	Finalizada em 14/05/2025 20:19:58	Ver Nota
347894-C	Medicamento - ÁCIDO ZOLEDRÔNICO	Não favorável	Finalizada em 14/05/2025 20:26:03	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

 bicalutamida 50 mg. Tomar 1 cp 2x/dia.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">para a leuprorrelina existe como alternativa &agrave; castra&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica, na forma de orquiectomia bilateral <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?27kdgA">(6)</a>. Para a bicalutamida existem outros tratamentos hormonais tais como a flutamida.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A bicalutamida &eacute; um antiandrog&ecirc;nio n&atilde;o esteroidal que atua como antagonista competitivo dos receptores de andr&oacute;geno. Sua principal a&ccedil;&atilde;o consiste em inibir a liga&ccedil;&atilde;o dos andr&oacute;genos (principalmente a testosterona e a di-hidrotestosterona) ao receptor androg&ecirc;nico nas c&eacute;lulas-alvo da pr&oacute;stata, impedindo assim a ativa&ccedil;&atilde;o da transcri&ccedil;&atilde;o de genes dependentes de andr&oacute;genos que promovem o crescimento celular. Diferentemente dos agonistas do horm&ocirc;nio liberador de gonadotrofina (GnRH) ou da orquiectomia, que reduzem os n&iacute;veis circulantes de testosterona, a bicalutamida n&atilde;o interfere diretamente na produ&ccedil;&atilde;o hormonal, mas bloqueia a sua a&ccedil;&atilde;o perif&eacute;rica. Essa caracter&iacute;stica permite preservar os n&iacute;veis s&eacute;ricos de testosterona, o que pode estar relacionado a menos efeitos adversos sobre libido, fun&ccedil;&atilde;o sexual e composi&ccedil;&atilde;o corporal (7).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">J&aacute; a leuprorrelina &eacute; um medicamento utilizado para suprimir a produ&ccedil;&atilde;o de horm&ocirc;nios sexuais em determinadas condi&ccedil;&otilde;es m&eacute;dicas, como c&acirc;ncer de pr&oacute;stata avan&ccedil;ado, endometriose, tratamento de miomas uterinos e tratamento do c&acirc;ncer de mama dito horm&ocirc;nio dependentes. Ela pertence a uma classe de medicamentos chamados an&aacute;logos do horm&ocirc;nio liberador de gonadotrofina (GnRH), que imitam a a&ccedil;&atilde;o natural do GnRH no organismo e realizam a supress&atilde;o ovariana. Ao administrar a leuprorrelina, sua atividade faz com que o organismo pare temporariamente de liberar horm&ocirc;nios luteinizantes (LHRH) que estimulam a produ&ccedil;&atilde;o de estrog&ecirc;nio ou testosterona induzindo mulheres &agrave; menopausa (tamb&eacute;m chamado de an&aacute;logo LHRH) e levando os homens ao estado de castra&ccedil;&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o existem estudos cl&iacute;nicos avaliando o tratamento com bicalutamida em associa&ccedil;&atilde;o com olaparibe e leuprorrelina para o tratamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata metast&aacute;tico. Cabe ressaltar que o tratamento com bloqueio hormonal central na forma de orquiectomia bilateral ou com o uso de an&aacute;logos do LHRH &eacute; indicado para todos os pacientes com c&acirc;ncer de pr&oacute;stata avan&ccedil;ado. Dessa forma, esse tratamento acompanhar&aacute; o paciente durante todo o curso de sua doen&ccedil;a e pode ser usado em monoterapia na doen&ccedil;a sens&iacute;vel &agrave; castra&ccedil;&atilde;o e em combina&ccedil;&atilde;o com tratamentos tais como quimioterapia, abiraterona, e enzalutamida,&nbsp; no caso da doen&ccedil;a resistente &agrave; castra&ccedil;&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;">Avaliando a efic&aacute;cia e efetividade da bicalutamida, encontramos ensaio cl&iacute;nico randomizado que avaliou a efic&aacute;cia e tolerabilidade da monoterapia com bicalutamida em compara&ccedil;&atilde;o com a castra&ccedil;&atilde;o em pacientes com c&acirc;ncer de pr&oacute;stata metast&aacute;tico (M1) ou localmente avan&ccedil;ado (T3/T4 n&atilde;o metast&aacute;tico com PSA elevado &ndash; M0) (8). Foram inclu&iacute;dos 1.453 pacientes em dois estudos multic&ecirc;ntricos randomizados id&ecirc;nticos, com possibilidade de an&aacute;lise combinada dos dados. Ap&oacute;s um seguimento mediano de aproximadamente 100 semanas, bicalutamida mostrou-se inferior &agrave; castra&ccedil;&atilde;o em pacientes com doen&ccedil;a metast&aacute;tica (hazard ratio de 1,30 para tempo at&eacute; a morte), com diferen&ccedil;a de mediana de sobrevida de 6 semanas. Contudo, em pacientes M1 sintom&aacute;ticos, observou-se melhora significativa na resposta subjetiva com bicalutamida (70%) em compara&ccedil;&atilde;o &agrave; castra&ccedil;&atilde;o (58%). Al&eacute;m disso, bicalutamida apresentou vantagens em qualidade de vida, como maior interesse sexual, melhor capacidade f&iacute;sica e menor incid&ecirc;ncia de fogachos (6&ndash;13% vs. 39&ndash;44%).</p>

<p style="text-align: justify;">Em rela&ccedil;&atilde;o a leuprorrelina, uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise teve como objetivo comparar os efeitos dos medicamentos dessa classe com a orquiectomia ou dietilestilbestrol, al&eacute;m de comparar os antiandrog&ecirc;nios com essas tr&ecirc;s alternativas no tratamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata (9). A an&aacute;lise foi baseada em 24 ensaios cl&iacute;nicos randomizados com mais de 6600 pacientes. Dez desses ensaios, com 1908 pacientes, mostraram que os agonistas de LHRH apresentam efic&aacute;cia semelhante &agrave; da orquiectomia em termos de sobrevida global em dois anos (hazard ratio 1,13; IC 95% 0,92&ndash;1,39), sem diferen&ccedil;as relevantes entre os diferentes tipos de agonistas. J&aacute; os antiandrog&ecirc;nios n&atilde;o esteroides apresentaram tend&ecirc;ncia a pior sobrevida, com hazard ratio de 1,22 (IC 95% 0,99&ndash;1,50), e maiores taxas de abandono de tratamento por efeitos adversos (4% a 10%) quando comparados aos agonistas de LHRH (0% a 4%).</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">BICALUTAMIDA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">50 MG COM REV CT BL AL PLAS PVC/PVDC TRANS X 60</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">12</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 1.228,19</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 14.738,28</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">ACETATO DE LEUPRORRELINA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">22,5 MG PO LIOF SUS INJ SC LIB PROL CT BL AL PLAS TRANS SER B + AGU DISP SEGUR + DESSEC + BL AL PLAS TRANS DIL SER A + EMB + DESSEC&nbsp;</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">4</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 3.840,43</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 15.361,72</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Total:</p>
			</td>
			<td colspan="4">
			<p style="text-align: center;">R$ 30.100,00</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">A bicalutamida &eacute; produzida e comercializada na forma farmac&ecirc;utica de comprimidos revestidos na concentra&ccedil;&atilde;o de 50 mg. J&aacute; a leuprorrelina &eacute; produzida e comercializada na forma farmac&ecirc;utica de solu&ccedil;&atilde;o injet&aacute;vel de dep&oacute;sito na concentra&ccedil;&atilde;o de 3,75 mg, 5 mg, 7,5 mg, 11,25 mg, 22,5 mg e 45 mg. Em consulta &agrave; tabela CMED em abril de 2025 e baseado nos dados da prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, foi elaborada a tabela acima estimando o custo anual do tratamento.</p>

<p style="text-align: justify;">A autoriza&ccedil;&atilde;o de procedimento ambulatorial (APAC) para o tratamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata em segunda linha possui o c&oacute;digo 03.04.02.006-0 e ressarce o valor de R$ 147,10. Em consulta ao Banco de Pre&ccedil;os em Sa&uacute;de (BPS), encontramos m&eacute;dia de pre&ccedil;o de R$ 680,00 por ampola de leuprorrelina, pre&ccedil;o este muito abaixo do pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo descrito na tabela acima.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram encontradas avalia&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas nacionais ou internacionais avaliando o tratamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata metast&aacute;tico com leuprorrelina ou bicalutamida.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">&nbsp;indeterminado para a bicalutamida e mesma sobrevida global em rela&ccedil;&atilde;o ao tratamento com orquiectomia bilateral para o caso da leuprorrelina.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">Trata-se de pleito de tratamento para paciente com c&acirc;ncer de pr&oacute;stata metast&aacute;tico resistente &agrave; castra&ccedil;&atilde;o que j&aacute; apresentou progress&atilde;o de doen&ccedil;a a tratamento antiandrog&ecirc;nico de primeira linha na forma de abiraterona. Para essa situa&ccedil;&atilde;o, n&atilde;o existem estudos avaliando o tratamento com bicalutamida em associa&ccedil;&atilde;o com leuprorrelina e olaparibe. Al&eacute;m disso, a indica&ccedil;&atilde;o de uso da bicalutamida n&atilde;o est&aacute; em conformidade com o seu registro sendo, portanto, considerado off-label. Fora dessa situa&ccedil;&atilde;o a bicalutamida j&aacute; foi comparada em monoterapia com a castra&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica mostrando-se inferior a esta.</p>

<p style="text-align: justify;">Para a leuprorrelina, existe revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise demonstrando que seu uso &eacute; igualmente eficaz em compara&ccedil;&atilde;o com a orquiectomia (castra&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica) para o desfecho de sobrevida global de pacientes com c&acirc;ncer de pr&oacute;stata. N&atilde;o obstante, apesar da tecnologia pleiteada n&atilde;o estar incorporada ao sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de para o tratamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata, &eacute; digno de nota que o pr&oacute;prio &oacute;rg&atilde;o reconhece o benef&iacute;cio cl&iacute;nico do seu uso neste cen&aacute;rio cl&iacute;nico, haja vista este compor as alternativas de tratamento &agrave; condi&ccedil;&atilde;o apresentadas pelas Diretrizes Diagn&oacute;sticas e Terap&ecirc;uticas (DDT) do Adenocarcinoma de Pr&oacute;stata do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.</p>

<p style="text-align: justify;">A t&iacute;tulo de esclarecimento, as DDT s&atilde;o documentos baseados em evid&ecirc;ncia cient&iacute;fica que visam nortear as melhores condutas na &aacute;rea da Oncologia. A principal diferen&ccedil;a em rela&ccedil;&atilde;o aos PCDT &eacute; que, por conta do sistema diferenciado de financiamento dos procedimentos e tratamentos em oncologia, este documento n&atilde;o se restringe &agrave;s tecnologias incorporadas no SUS, mas sim, ao que pode ser oferecido a este paciente, considerando o financiamento repassado aos centros de aten&ccedil;&atilde;o e a autonomia destes na escolha da melhor op&ccedil;&atilde;o para cada situa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica. Cabe destacar que n&atilde;o &eacute; conhecida qualquer normativa que postule sobre a responsabilidade dos servi&ccedil;os habilitados em oncologia na oferta de tratamentos que, embora constantes nas DDT, n&atilde;o estejam incorporados ao sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de.</p>

<p style="text-align: justify;">&Eacute; importante destacar que, no &acirc;mbito do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), o tratamento oncol&oacute;gico n&atilde;o se enquadra nos moldes da Pol&iacute;tica Nacional de Assist&ecirc;ncia Farmac&ecirc;utica, mas sim da Pol&iacute;tica Nacional para Preven&ccedil;&atilde;o e Controle do C&acirc;ncer (10), que determina que o tratamento deve ser realizado em Unidades de Assist&ecirc;ncia de Alta Complexidade em Oncologia (UNACONs) ou Centros de Assist&ecirc;ncia de Alta Complexidade em Oncologia (CACONs). Esses estabelecimentos devem garantir assist&ecirc;ncia especializada e integral ao paciente com c&acirc;ncer, seguindo protocolos institucionais baseados nas DDT acima descritas (11). A avalia&ccedil;&atilde;o realizada junto ao Banco de Pre&ccedil;os em Sa&uacute;de (BPS) demonstra que o medicamento &eacute; vendido ao governo e est&aacute; dispon&iacute;vel em diversos centros de atendimento oncol&oacute;gico.</p>

<p style="text-align: justify;">Especificamente para o caso em tela, n&atilde;o encontramos documentos que comprovem que a parte autora &eacute; assistida em UNACON ou CACON e, portanto, n&atilde;o encontramos negativas administrativas para o seu fornecimento neste contexto em nenhum dos documentos anexados ao processo. Dessa forma, nos posicionamos desfavor&aacute;veis ao seu provimento jurisdicional.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?5jziGY">1. Instituto Nacional de C&acirc;ncer Jos&eacute; Alencar Gomes da Silva (INCA). Estimativa 2020: Incid&ecirc;ncia de C&acirc;ncer no Brasil. [Internet]. [citado 14 de abril de 2020]. Dispon&iacute;vel em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?5jziGY">2. Jonathan L Wright. Prostate cancer in older men. UpToDate Waltham, MA: UpToDate. 2019;</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CopdyC">3. Bray F, Ferlay J, Soerjomataram I, Siegel RL, Torre LA, Jemal A. Global cancer statistics 2018: GLOBOCAN estimates of incidence and mortality worldwide for 36 cancers in 185 countries. CA Cancer J Clin. 2018;68(6):394&ndash;424.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CopdyC">4. Eastham JA, Auffenberg GB, Barocas DA, Chou R, Crispino T, Davis JW, et al. Clinically Localized Prostate Cancer: AUA/ASTRO Guideline, Part I: Introduction, Risk Assessment, Staging, and Risk-Based Management. J Urol. julho de 2022;208(1):10&ndash;8.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CopdyC">5. Eastham JA, Auffenberg GB, Barocas DA, Chou R, Crispino T, Davis JW, et al. Clinically Localized Prostate Cancer: AUA/ASTRO Guideline, Part II: Principles of Active Surveillance, Principles of Surgery, and Follow-Up. J Urol. julho de 2022;208(1):19&ndash;25.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CopdyC">6. Brasil. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Diretrizes Diagn&oacute;sticas e Terap&ecirc;uticas do Adenocarcinoma de Pr&oacute;stata. 2015 [citado 11 de abril de 2020]; Dispon&iacute;vel em: </a><a href="http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2015/DDT_Adenocarcinomadeprostata_CP.pdf">http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2015/DDT_Adenocarcinomadeprostata_CP.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;">7. Furr BJ, Tucker H. The preclinical development of bicalutamide: pharmacodynamics and mechanism of action. Urology. 1996 Jan;47(1A Suppl):13-25; discussion 29-32.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">8. Tyrrell CJ, Kaisary AV, Iversen P, et al. A randomised comparison of &#39;Casodex&#39; (bicalutamide) 150 mg monotherapy versus castration in the treatment of metastatic and locally advanced prostate cancer. Eur Urol. 1998;33(5):447-56.</p>

<p style="text-align: justify;">9. Seidenfeld J, Samson DJ, Hasselblad V, et al. Single-therapy androgen suppression in men with advanced prostate cancer: a systematic review and meta-analysis. Ann Intern Med. 2000 Apr 4;132(7):566-77.</p>

<p style="text-align: justify;">10.Brasil. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm; 338/2004 e portarias n&ordm; 2.981/2009, 3.439/2010 e 4.217/2010.</p>

<p style="text-align: justify;">11.Brasil. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Portaria N&ordm; 868, de 16 de maio de 2013.</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">A parte autora apresenta laudo m&eacute;dico (Evento 1 - EXMMED9 e Evento 98 - LAUDO2) descrevendo ser portadora de c&acirc;ncer de pr&oacute;stata diagnosticado em 2022 j&aacute; com met&aacute;stases &oacute;sseas. Foi tratado com abiraterona e priva&ccedil;&atilde;o androg&ecirc;nica, atrav&eacute;s de antecipa&ccedil;&atilde;o de tutela em maio de 2024 (Evento 16 - DESPADEC1), por&eacute;m com progress&atilde;o de doen&ccedil;a a esse tratamento. Em resultado de bi&oacute;psia l&iacute;quida apresenta muta&ccedil;&atilde;o no gene ATM. Nessa situa&ccedil;&atilde;o pleiteia tratamento com olaparibe em associa&ccedil;&atilde;o com bicalutamida, leuprorrelina e &aacute;cido zoledr&ocirc;nico. Essa nota versar&aacute; sobre o tratamento do c&acirc;ncer de pr&oacute;stata com bicalutamida e leuprorrelina em combina&ccedil;&atilde;o compondo a terapia paliativa pleiteada em segunda linha.</p>

<p style="text-align: justify;">No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de C&acirc;ncer (INCA), o c&acirc;ncer de pr&oacute;stata &eacute; a neoplasia maligna mais comum entre homens <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?3KHKfp">(1)</a>. A maioria dos casos &eacute; diagnosticado e tratado enquanto a doen&ccedil;a est&aacute; localizada &agrave; pr&oacute;stata; contudo, alguns pacientes apresentar&atilde;o met&aacute;stases ao diagn&oacute;stico, o que torna a doen&ccedil;a incur&aacute;vel <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?IjPFd5">(2)</a>. O diagn&oacute;stico de c&acirc;ncer de pr&oacute;stata localizado ocorre em m&eacute;dia aos 66 anos de idade, j&aacute; o diagn&oacute;stico de c&acirc;ncer de pr&oacute;stata metast&aacute;tico d&aacute;-se, geralmente, em pacientes mais velhos, culminando com elevada mortalidade naqueles que possuem mais de 80 anos. Pacientes com c&acirc;ncer de pr&oacute;stata metast&aacute;tico apresentam sobrevida estimada entre 24 e 48 meses ap&oacute;s diagn&oacute;stico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?SrdBlo">(3)</a>. Met&aacute;stases &oacute;sseas representam 90% do total de met&aacute;stases e acarretam importante impacto na qualidade de vida, causando dor e aumentando o risco de fraturas e compress&atilde;o de medula.</p>

<p style="text-align: justify;">Para pacientes com doen&ccedil;a localizada existem m&uacute;ltiplas possibilidades de tratamento a depender de vari&aacute;veis cl&iacute;nicas e laboratoriais como idade do paciente, performance cl&iacute;nica, agressividade da doen&ccedil;a (avaliada por bi&oacute;psia) e valor de PSA ao diagn&oacute;stico. O tratamento da doen&ccedil;a local pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, braquiterapia ou at&eacute; vigil&acirc;ncia ativa a depender das vari&aacute;veis citadas anteriormente. Uma combina&ccedil;&atilde;o destes tratamentos tamb&eacute;m pode ser realizada buscando a diminui&ccedil;&atilde;o dos &iacute;ndices de recidiva tanto bioqu&iacute;mica (novo aumento de PSA) como cl&iacute;nica <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Xvi74J">(4,5)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Segundo as Diretrizes Diagn&oacute;sticas e Terap&ecirc;uticas (DDT) do Adenocarcinoma de Pr&oacute;stata, elaboradas pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de em 2016, as op&ccedil;&otilde;es terap&ecirc;uticas para pacientes com doen&ccedil;a metast&aacute;tica englobam a terapia de privação hormonal (TPH) associada ao bloqueio hormonal cir&uacute;rgico (castra&ccedil;&atilde;o) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?YPA1fY">(6)</a>. Embora a TPH apresente resultados iniciais satisfat&oacute;rios, trata-se apenas de uma medida paliativa <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?hgWAQZ">(3)</a>. Em pacientes refrat&aacute;rios a esses tratamentos e sintom&aacute;ticos, as DDT recomendam quimioterapia paliativa com docetaxel associado &agrave; prednisona. Aos pacientes cuja doen&ccedil;a progride em uso de docetaxel, as mesmas diretrizes apresentam alternativas terap&ecirc;uticas, tais como cabazitaxel associado a prednisona, mitoxantrona, cetoconazol, abiraterona, enzalutamida, bisfosfonatos e denosumabe sem recomenda&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?f9D0qd">(6)</a>.</p>

<p>&nbsp;</p>

Anexos

Nota Técnica 347894

PDF Nota Técnica