Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
348390-A	Medicamento - HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA	Não favorável	Finalizada em 15/05/2025 16:39:16	Ver Nota
348390-B	Medicamento - MIRTAZAPINA	Não favorável	Finalizada em 15/05/2025 17:09:28	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

 quetiapina 100 mg - uso contínuo. Tomar 1 comprimido por dia.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">&nbsp;sim,&nbsp; h&aacute; m&uacute;ltiplos agentes antidepressivos fornecidos pelo SUS, como fluoxetina, amitriptilina e sertralina. Ademais, existe a possibilidade de tratamento adjuvante com l&iacute;tio e estabilizadores de humor (como o valproato de s&oacute;dio) e, em caso de depress&atilde;o com sintomas psic&oacute;ticos, de tratamento com antipsic&oacute;ticos (como o haloperidol).&nbsp;</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A quetiapina &eacute; um antipsic&oacute;tico at&iacute;pico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?ELSHNg">(16)</a>, cujo perfil de a&ccedil;&atilde;o diferencia-se dos demais antipsic&oacute;ticos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?I5vs5R">(27)</a>. Al&eacute;m de agir inibindo m&uacute;ltiplos receptores de serotonina (associados &agrave; a&ccedil;&atilde;o antidepressiva) e de dopamina (relacionados com atividade antipsic&oacute;tica), a quetiapina interage com receptores noradren&eacute;rgicos e histam&iacute;nicos (a&ccedil;&atilde;o sedativa). Em adultos, &eacute; indicada para o tratamento da esquizofrenia e de transtorno afetivo bipolar nas doses de 200 a 800 mg/dia. Em doses reduzidas, como 25 mg/dia, a quetiapina &eacute; frequentemente utilizada off-label, como sedativo-hipn&oacute;tico, no tratamento de ins&ocirc;nia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CFalqw">(28)</a>.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Antipsic&oacute;ticos at&iacute;picos, como a quetiapina, podem ser utilizados como adjuntos ao tratamento com antidepressivo no contexto de TDM resistente ao tratamento <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?YTT3al">(29&ndash;31)</a>. Contudo, nesse contexto, as doses prescritas s&atilde;o superiores &agrave; utilizada pela parte autora.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise em rede comparou a efic&aacute;cia e a tolerabilidade dos antipsic&oacute;ticos at&iacute;picos no tratamento adjunto de TDM resistente ao tratamento <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?2jjQVh">(29)</a>. Foram identificados 17 ensaios cl&iacute;nicos randomizados, totalizando 4.422 participantes. No que tange efic&aacute;cia, todos os antipsic&oacute;ticos at&iacute;picos mostraram-se superiores ao placebo. Em termos de tolerabilidade, um n&uacute;mero maior de participantes interrompeu o tratamento em decorr&ecirc;ncia de eventos adversos associados &agrave; quetiapina do que &agrave; risperidona, medicamento dispon&iacute;vel pelo Componente Especializado da Assist&ecirc;ncia Farmac&ecirc;utica.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Nessa linha, revis&atilde;o sistem&aacute;tica, do grupo Cochrane, avaliou a efic&aacute;cia de m&uacute;ltiplos tratamentos farmacol&oacute;gicos no tratamento de TDM resistente ao tratamento <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?8Taxk4">(31)</a>. Foram inclu&iacute;dos dez ensaios cl&iacute;nicos randomizados, totalizando 2.731 participantes. Dentre eles, tr&ecirc;s estudos avaliaram a quetiapina como tratamento adjunto ao antidepressivo, em compara&ccedil;&atilde;o ao placebo. Com base em evid&ecirc;ncia de elevada qualidade metodol&oacute;gica, o acr&eacute;scimo da quetiapina mostrou-se eficaz na redu&ccedil;&atilde;o dos sintomas depressivos em pacientes com TDM resistente ao tratamento, em doses entre 250 e 350 mg ao dia.&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor anual&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">100 MG COM REV OR CT BL AL PLAS TRANS X 30</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">13</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 73,46</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 954,98</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED, atualizada em 12 de Agosto de 2022. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">Atualmente, o hemifumarato de quetiapina &eacute; comercializado por in&uacute;meras empresas. Em consulta &agrave; tabela CMED, no site da ANVISA, realizada em junho de 2024, selecionou-se alternativa de menor custo e, a partir dela, elaborou-se a tabela acima.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em revis&atilde;o realizada para presente nota t&eacute;cnica, n&atilde;o foram encontrados estudos de custo-efetividade comparando quetiapina com alternativas dispon&iacute;veis no SUS para o tratamento de TDM.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">na posologia prescrita a parte autora, n&atilde;o se espera superioridade ao placebo na redu&ccedil;&atilde;o dos sintomas depressivos.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">Considerando-se a posologia prescrita, justifica-se o parecer desfavor&aacute;vel fundamentalmente pela incerteza de benef&iacute;cio do uso de quetiapina no tratamento do TDM. Ademais, existem alternativas terap&ecirc;uticas mais bem estudadas para a condi&ccedil;&atilde;o do caso em tela e dispon&iacute;veis pelo SUS.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Por fim, ressalta-se que a parte encontra-se em uso de medicamentos com mecanismo de a&ccedil;&atilde;o sobressalente (predominantemente antidepressivos serotonin&eacute;rgicos). A intera&ccedil;&atilde;o medicamentosa agrega risco de complica&ccedil;&otilde;es, em especial de s&iacute;ndrome serotonin&eacute;rgica. Recomenda-se ponderar acerca da manuten&ccedil;&atilde;o do esquema terap&ecirc;utico atual.&nbsp;</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">1. Simon G, Ciechanowski P. Unipolar major depression in adults: Choosing initial treatment. UpToDate. 2020;</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">2. Kessler RC, Ormel J, Petukhova M, McLaughlin KA, Green JG, Russo LJ, et al. Development of lifetime comorbidity in the World Health Organization world mental health surveys. Arch Gen Psychiatry. 2011;68(1):90&ndash;100.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">3. Murray CJ, Abraham J, Ali MK, Alvarado M, Atkinson C, Baddour LM, et al. The state of US health, 1990-2010: burden of diseases, injuries, and risk factors. Jama. 2013;310(6):591&ndash;606.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">4. Burke KC, Burke JD, Regier DA, Rae DS. Age at onset of selected mental disorders in five community populations. Arch Gen Psychiatry. 1990;47(6):511&ndash;8.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">5. Eaton WW, Anthony JC, Gallo J, Cai G, Tien A, Romanoski A, et al. Natural history of Diagnostic Interview Schedule/DSM-IV major depression: The Baltimore epidemiologic catchment area follow-up. Arch Gen Psychiatry. 1997;54(11):993&ndash;9.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">6. Kessler RC, Berglund P, Demler O, Jin R, Koretz D, Merikangas KR, et al. The epidemiology of major depressive disorder: results from the National Comorbidity Survey Replication (NCS-R). Jama. 2003;289(23):3095&ndash;105.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">7. Weissman MM, Bland RC, Canino GJ, Faravelli C, Greenwald S, Hwu HG, et al. Cross-national epidemiology of major depression and bipolar disorder. Jama. 1996;276(4):293&ndash;9.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">8. Fava M, Rush AJ, Alpert JE, Balasubramani G, Wisniewski SR, Carmin CN, et al. Difference in treatment outcome in outpatients with anxious versus nonanxious depression: a STAR* D report. Am J Psychiatry. 2008;165(3):342&ndash;51.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">9. American Psychiatric Association. DSM-5: Manual diagn&oacute;stico e estat&iacute;stico de transtornos mentais. Artmed Editora; 2014.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">10. Lyness JM. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate. 2022. Unipolar depression in adults: Assessment and diagnosis. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/unipolar-depression-in-adults-assessment-and-diagnosis?search=depression%20&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=2~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=2</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">11. Park LT, Zarate Jr CA. Depression in the primary care setting. N Engl J Med. 2019;380(6):559&ndash;68.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">12. Harman JS, Veazie PJ, Lyness JM. Primary care physician office visits for depression by older Americans. J Gen Intern Med. 2006;21(9):926&ndash;30.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">13. Marcus SC, Olfson M. National trends in the treatment for depression from 1998 to 2007. Arch Gen Psychiatry. 2010;67(12):1265&ndash;73.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">14. Mojtabai R, Olfson M. National patterns in antidepressant treatment by psychiatrists and general medical providers: results from the national comorbidity survey replication. J Clin Psychiatry. 2008;69(7):12444.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">15. Sopko Jr MA, Ehret MJ, Grgas M. Desvenlafaxine: another &ldquo;me too&rdquo; drug? Ann Pharmacother. 2008;42(10):1439&ndash;46.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">16. Cordioli AV, Gallois CB, Isolan L. Psicof&aacute;rmacos-: Consulta R&aacute;pida. Artmed Editora; 2015.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">17. Cipriani A, Furukawa TA, Salanti G, Chaimani A, Atkinson LZ, Ogawa Y, et al. Comparative efficacy and acceptability of 21 antidepressant drugs for the acute treatment of adults with major depressive disorder: a systematic review and network meta-analysis. Focus. 2018;16(4):420&ndash;9.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">18. Cipriani A, Santilli C, Furukawa TA, Signoretti A, Nakagawa A, McGuire H, et al. Escitalopram versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2009;(2).</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">19. Cipriani A, Purgato M, Furukawa TA, Trespidi C, Imperadore G, Signoretti A, et al. Citalopram versus other anti‐depressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2012;(7).</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">20. Girardi P, Pompili M, Innamorati M, Mancini M, Serafini G, Mazzarini L, et al. Duloxetine in acute major depression: review of comparisons to placebo and standard antidepressants using dissimilar methods. Hum Psychopharmacol Clin Exp. 2009;24(3):177&ndash;90.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">21. Watanabe N, Omori IM, Nakagawa A, Cipriani A, Barbui C, Churchill R, et al. Mirtazapine versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2011;(12).</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">22. Barbui C, Furukawa TA, Cipriani A. Effectiveness of paroxetine in the treatment of acute major depression in adults: a systematic re-examination of published and unpublished data from randomized trials. Cmaj. 2008;178(3):296&ndash;305.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">23. Cipriani A, La Ferla T, Furukawa TA, Signoretti A, Nakagawa A, Churchill R, et al. Sertraline versus other antidepressive agents for depression. Cochrane Database Syst Rev. 2010;(1).</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">24. Kennedy SH, Lam RW, McIntyre RS, Tourjman SV, Bhat V, Blier P, et al. Canadian Network for Mood and Anxiety Treatments (CANMAT) 2016 clinical guidelines for the management of adults with major depressive disorder: section 3. Pharmacological treatments. Can J Psychiatry. 2016;61(9):540&ndash;60.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">25. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas Esquizofrenia [Internet]. 2013. Dispon&iacute;vel em: https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/02/pcdt-esquizofrenia-livro-2013.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">26. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas do Transtorno Afetivo Bipolar do tipo I [Internet]. 2016. Dispon&iacute;vel em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2016/abril/01/TAB---Portaria-315-de-30-de-mar--o-de-2016.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">27. Stahl SM. Stahl&rsquo;s essential psychopharmacology: neuroscientific basis and practical applications. Cambridge university press; 2021.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">28. Carton L, Cottencin O, Lapeyre-Mestre M, A Geoffroy P, Favre J, Simon N, et al. Off-label prescribing of antipsychotics in adults, children and elderly individuals: a systematic review of recent prescription trends. Curr Pharm Des. 2015;21(23):3280&ndash;97.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">29. Zhou X, Keitner GI, Qin B, Ravindran AV, Bauer M, Del Giovane C, et al. Atypical antipsychotic augmentation for treatment-resistant depression: a systematic review and network meta-analysis. Int J Neuropsychopharmacol. 2015;18(11):pyv060.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">30. Davies P, Ijaz S, Williams CJ, Kessler D, Lewis G, Wiles N. Pharmacological interventions for treatment‐resistant depression in adults. Cochrane Database Syst Rev. 2019;(12).</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DKKkkJ">31. Davies P, Ijaz S, Williams CJ, Kessler D, Lewis G, Wiles N. Pharmacological interventions for treatment-resistant depression in adults: a Cochrane Review. BJPsych Adv. 2022;28(1):2&ndash;3.</a></p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Conforme consta em laudo de m&eacute;dica psiquiatra, de dezembro de 2023, a parte autora possui diagn&oacute;stico de Transtorno Depressivo Maior (TDM) (Evento 1, EXMMED6, P&aacute;gina 8). Apresenta epis&oacute;dios depressivos recorrentes, inclusive, com necessidade de interna&ccedil;&atilde;o psiqui&aacute;trica por risco de suic&iacute;dio. &quot;J&aacute; usou in&uacute;meras combina&ccedil;&otilde;es de medicamentos, sem sucesso&quot; (Evento 1, EXMMED6, P&aacute;gina 7). Foi-lhe prescrito mirtazapina 30 mg ao dia, amitriptilina 25 mg ao dia, quetiapina 100 mg ao dia, sertralina 50 mg ao dia e valproato de s&oacute;dio 1.000 mg ao dia. A presente avalia&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica versar&aacute; sobre o pleito de quetiapina com vistas ao tratamento de TDM.</p>

<p style="text-align: justify;">O TDM &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o prevalente e incapacitante <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?h0SLeL">(1)</a>. A preval&ecirc;ncia ao longo da vida de transtornos depressivos unipolares &eacute; de 12% <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?t6esYG">(2)</a>. Atualmente, TDM representa a segunda principal causa de incapacidade nos Estados Unidos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?zFwUiz">(3)</a>. O TDM apresenta-se de forma bimodal: na maioria dos pacientes, os sintomas t&ecirc;m in&iacute;cio aos vinte anos de idade; h&aacute;, contudo, um segundo pico de ocorr&ecirc;ncia aos cinquenta anos de idade <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?u3O2F3">(4,5)</a>. O TDM &eacute; duas vezes mais frequente em mulheres do que em homens <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?6T7epc">(6)</a>. Outros fatores de risco para o desenvolvimento de TDM incluem exposi&ccedil;&atilde;o a n&iacute;veis elevados de estresse, hist&oacute;ria de experi&ecirc;ncias de trauma, diagn&oacute;stico de TDM em parentes de primeiro grau e relato de sintomas depressivos pr&eacute;vios <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?J1OG6S">(7&ndash;10)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">O TDM &eacute; uma entidade nosol&oacute;gica heterog&ecirc;nea, que compreende uma variedade de apresenta&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas com uma constela&ccedil;&atilde;o de sintomas associados. Seu diagn&oacute;stico baseia-se em entrevistas cl&iacute;nicas que ocorrem, predominantemente, no contexto de aten&ccedil;&atilde;o b&aacute;sica &agrave; sa&uacute;de <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?4sBWWO">(11&ndash;14)</a>. Segundo o Manual de Diagn&oacute;stico e Estat&iacute;stico de Transtornos Mentais 5 (DSM-5), elaborada pela Associa&ccedil;&atilde;o de Psiquiatria Americana, para diagn&oacute;stico de TDM &eacute; necess&aacute;rio, pelo menos, duas semanas com humor deprimido ou anedonia acompanhada da maioria (pelo menos, quatro) dos seguintes sintomas: ins&ocirc;nia ou hipersonia, mudan&ccedil;a no apetite ou peso, retardo psicomotor ou agita&ccedil;&atilde;o, fadiga ou perda de energia excessiva, capacidade diminu&iacute;da de concentrar-se ou pensar, pensamentos de inutilidade ou culpa e pensamentos recorrentes sobre morte ou suic&iacute;dio <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?AKaSq1">(9)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Para o tratamento de depress&atilde;o almeja-se a remiss&atilde;o dos sintomas depressivos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UE3si9">(15)</a>. Mensurados por meio da HAM-D, valores menores ou igual a sete s&atilde;o considerados remiss&atilde;o da doen&ccedil;a, enquanto que uma redu&ccedil;&atilde;o superior a 50% do escore sinaliza resposta ao tratamento. Recomenda-se tratamento farmacol&oacute;gico apenas no TDM moderado ou grave <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?ptrzTJ">(16)</a>. Para casos de TDM leve, sugere-se exclusivamente psicoterapia.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Diversos antidepressivos, de diferentes mecanismos de a&ccedil;&atilde;o, servem no tratamento de TDM moderado &agrave; grave <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?1ZxVxf">(17)</a>. De fato, meta-an&aacute;lises de ensaios cl&iacute;nicos randomizados demonstram efic&aacute;cia de amitriptilina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?BQcIJF">(18)</a>, citalopram <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?jkyxfp">(19)</a>, duloxetina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?kma5zG">(20)</a>, escitalopram <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?flT2GU">(18)</a>, imipramina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?vbNT0m">(19)</a>, mirtazapina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?6xR0eo">(21)</a>, paroxetina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?rO94B0">(22)</a>, sertralina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?RVLz6G">(23)</a>, entre outros. Tendo em vista as in&uacute;meras alternativas dispon&iacute;veis, diretrizes internacionais recomendam a sele&ccedil;&atilde;o de antidepressivos conforme perfil de efeitos adversos e potenciais intera&ccedil;&otilde;es medicamentosas, ambos individualizados ao paciente <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?ScX0tr">(1,24)</a>.&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">F&aacute;rmacos recomendados como primeira linha de tratamento de TDM est&atilde;o dispon&iacute;veis pelo SUS (por exemplo, sertralina e fluoxetina) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?MKMRN3">(24)</a>. Nesse ponto, &eacute; interessante frisar que, de forma a diagnosticar refratariedade ao tratamento, deve-se utilizar dose otimizada por per&iacute;odo de tempo m&iacute;nimo (entre duas e seis semanas). Na aus&ecirc;ncia de resposta, pode-se aumentar a dose dentro dos limites terap&ecirc;uticos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?8GIidm">(16,24)</a>. Ap&oacute;s aumento para dose m&aacute;xima tolerada, opta-se entre a troca de antidepressivo (preferencialmente por antidepressivos de classes diferentes) ou a adi&ccedil;&atilde;o de um f&aacute;rmaco que potencialize a a&ccedil;&atilde;o antidepressiva (como o l&iacute;tio, dispon&iacute;vel pelo SUS). Em caso de depress&atilde;o refrat&aacute;ria, &eacute; poss&iacute;vel utilizar a combina&ccedil;&atilde;o de antidepressivos (por exemplo, amitriptilina e fluoxetina).</p>

Anexos

Nota Técnica 348390

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