Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
348573-A	Medicamento - CLORIDRATO DE PAROXETINA	Não favorável	Finalizada em 15/05/2025 23:48:24	Ver Nota
348573-B	Produto - canabidiol.	Não favorável	Finalizada em 15/05/2025 23:51:33	Ver Nota
348573-C	Medicamento - CLORIDRATO DE VENLAFAXINA	Não favorável	Finalizada em 15/05/2025 23:59:57	Ver Nota
348573-D	Medicamento - DENOSUMABE	Não favorável	Finalizada em 16/05/2025 00:04:41	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

 paroxetina 25mg e 12,5mg 1 comprimido.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">sim,&nbsp; h&aacute; m&uacute;ltiplos agentes antidepressivos fornecidos pelo SUS, como fluoxetina, amitriptilina e sertralina. Em caso de refratariedade, existe a possibilidade de adi&ccedil;&atilde;o de um f&aacute;rmaco que potencialize a a&ccedil;&atilde;o antidepressiva (como o l&iacute;tio, dispon&iacute;vel pelo SUS). Ainda, &eacute; poss&iacute;vel utilizar a combina&ccedil;&atilde;o de antidepressivos (por exemplo, amitriptilina e fluoxetina).&nbsp;</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A paroxetina &eacute; um antidepressivo classificado como inibidor seletivo da recapta&ccedil;&atilde;o da serotonina (ISRS) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?n09LVO">[35]</a>. Al&eacute;m da a&ccedil;&atilde;o sobre receptores serotonin&eacute;rgicos, associada ao al&iacute;vio de sintomas de ansiedade, a paroxetina apresenta importante atividade anticolin&eacute;rgica, respons&aacute;vel por ganho de peso, seda&ccedil;&atilde;o, preju&iacute;zo cognitivo e disfun&ccedil;&otilde;es sexuais <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?aRVuMC">[36,37]</a>. Atualmente, a paroxetina &eacute; aprovada pela Food and Drug Administration (FDA) para tratamento de depress&atilde;o, de transtorno obsessivo-compulsivo, de transtornos de ansiedade e de altera&ccedil;&otilde;es vasomotoras da menopausa em adultos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?9V93uA">[36]</a>. A dose recomendada para a maioria dos pacientes &eacute; de 20 mg/dia, podendo-se alcan&ccedil;ar 60 mg/dia.</p>

<p style="text-align: justify;">Cipriani e colaboradores (2009) realizaram revis&atilde;o sistem&aacute;tica e meta-an&aacute;lise de ensaios cl&iacute;nicos randomizados comparando efic&aacute;cia e tolerabilidade de 12 antidepressivos para tratamento de TDM em adultos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?iTFrJ9">[38]</a>. A efic&aacute;cia foi avaliada pelas taxas de resposta ao medicamento - ou seja, pela propor&ccedil;&atilde;o de pacientes que obtiveram uma redu&ccedil;&atilde;o de, pelo menos, 50% da pontua&ccedil;&atilde;o inicial em escalas que avaliam sintomatologia, como a Escala de Depress&atilde;o de Hamilton. Foram inclu&iacute;dos 117 ensaios cl&iacute;nicos randomizados, totalizando 25.928 participantes, acerca de&nbsp; bupropiona, citalopram, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, milnaciprano, mirtazapina, paroxetina, reboxetina, sertralina e venlafaxina. Dentre eles, o escitalopram e a sertralina (medicamento dispon&iacute;vel no SUS) apresentaram melhor perfil de tolerabilidade, resultando em um n&uacute;mero significativamente menor de interrup&ccedil;&otilde;es, quando comparados a duloxetina, fluvoxamina, paroxetina, reboxetina e venlafaxina. Mais precisamente, comparando especificamente a paroxetina com fluoxetina (medicamento dispon&iacute;vel no SUS) foram encontrados 13 ensaios cl&iacute;nicos e com a sertralina, quatro ensaios. A paroxetina mostrou-se igualmente eficaz &agrave; fluoxetina no tratamento da depress&atilde;o (Odds ratio de 0,99 com intervalo de confian&ccedil;a de 95% de 0,85 a 1,22).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em outro estudo de Cipriani e colaboradores (2018) foi comparada a efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a de m&uacute;ltiplos antidepressivos no tratamento de TDM <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?6sjvxK">[15]</a>. Para isso, foram inclu&iacute;dos 522 ensaios cl&iacute;nicos randomizados, totalizando 116.477 participantes, acerca de 21 antidepressivos (entre eles, bupropiona, citalopram, duloxetina, escitalopram, fluoxetina, fluvoxamina, milnaciprano, mirtazapina, paroxetina, reboxetina, sertralina e venlafaxina). A paroxetina mostrou-se igualmente eficaz a sertralina (Odds ratio de 1,07 com intervalo de confian&ccedil;a de 95% de 0,90 a 1,26). N&atilde;o foram encontradas diferen&ccedil;as de tolerabilidade entre a paroxetina e outros antidepressivos ISRS, como a sertralina (Odds ratio de 1,06 com intervalo de confian&ccedil;a de 95% de&nbsp; 0,88 a 1,28).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Bighelli e colaboradores (2018) exploraram a efic&aacute;cia e a tolerabilidade de antidepressivos, em compara&ccedil;&atilde;o com placebo, no al&iacute;vio dos sintomas do TP por meio de revis&atilde;o sistem&aacute;tica e meta-an&aacute;lise de alta qualidade metodol&oacute;gica <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Trj3dm">[27]</a>. Trata-se de uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica e meta-an&aacute;lise publicada pelo grupo Cochrane. Foram identificados 41 ECRs, totalizando 9.377 participantes. Com base em evid&ecirc;ncias de reduzida qualidade, os antidepressivos como um grupo mostraram-se mais eficazes do que o placebo no desfecho falha na resposta (RR 0,72, IC95% 0,66 a 0,79), especificamente a paroxetina, fluoxetina, fluvoxamina, citalopram, sertralina e escitalopram.&nbsp; Entretanto, pontua-se que a escolha do antidepressivo n&atilde;o deve ser feita com base neste estudo, pois os estudos inclu&iacute;dos possuem curto per&iacute;odo de tempo de seguimento e s&atilde;o financiados pelas ind&uacute;strias produtoras. Considerando-se efic&aacute;cia mensurada pela falha de resposta ao tratamento, calculou-se um n&uacute;mero necess&aacute;rio para tratar de 7. Ou seja, sete pessoas, com diagn&oacute;stico de TP, precisam ser tratadas com antidepressivos para que uma se beneficie do uso de antidepressivos. Em contrapartida, a cada 27 usu&aacute;rios tratados com antidepressivos, um interromper&aacute; o tratamento em fun&ccedil;&atilde;o de eventos adversos.&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">Valor Anual</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td rowspan="2">
			<p style="text-align: justify;">CLORIDRATO DE PAROXETINA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">12,5 MG COM LIB MOD CT BL AL PLAS PVC/PVDC/PCTFE TRANS X 30</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">12</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 48,98</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 587,76</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">25 MG COM LIB MOD CT BL AL PLAS PVC/PVDC/PCTFE TRANS X 30</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">12</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 97,96</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 1.175,52</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">TOTAL</p>
			</td>
			<td style="text-align:justify">&nbsp;</td>
			<td style="text-align:justify">&nbsp;</td>
			<td style="text-align:justify">&nbsp;</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 1.763,28</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">A paroxetina &eacute; comercializada por diferentes empresas no Brasil. Com base em consulta &agrave; tabela da CMED no site da ANVISA em agosto de 2024 e na posologia prescrita elaborou-se a tabela acima.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram encontrados estudos de custo-efetividade comparando paroxetina com alternativas dispon&iacute;veis no SUS para o tratamento de TDM e de TP. Contudo, o Instituto Nacional para Sa&uacute;de e Cuidados de Excel&ecirc;ncia (do ingl&ecirc;s, National Institute for Health and Care Excellence ou NICE), do governo brit&acirc;nico, recomenda que se prescreva sertralina como primeira linha por ser a op&ccedil;&atilde;o com melhor custo-efetividade <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?voJBUg">[39]</a>. De fato, em an&aacute;lise cr&iacute;tica das meta-an&aacute;lises descritas acima, divulgada em 2020, a Ag&ecirc;ncia Canandese de Drogas e Tecnologias (do ingl&ecirc;s, Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health ou CADTH), afirmou que &quot;todos os tratamentos dispon&iacute;veis atualmente, independentemente da novidade e do pre&ccedil;o, s&atilde;o provavelmente iguais e podem ser usados para pacientes com TDM&quot; <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Agbe9H">[40]</a>.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">&nbsp;no que tange tratamento de TDM, espera-se remiss&atilde;o dos sintomas de depress&atilde;o com efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a equipar&aacute;veis &agrave;s alternativas dispon&iacute;veis pelo SUS. Acerca do tratamento de TP, tem-se evid&ecirc;ncias de menor qualidade metodol&oacute;gica, sugerindo superioridade apenas quando comparada ao placebo, sem compara&ccedil;&otilde;es com medicamentos dispon&iacute;veis no SUS.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">&Eacute; digno de nota que existe intersec&ccedil;&atilde;o entre a primeira linha de tratamento de TDM e de TP: os inibidores seletivos da recapta&ccedil;&atilde;o de serotonina (por exemplo, fluoxetina, sertralina e paroxetina).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A paroxetina &eacute; um f&aacute;rmaco eficaz e seguro tanto no tratamento de TDM quanto no tratamento de TP. Contudo, o tratamento de TDM no sistema de sa&uacute;de p&uacute;blico baseia-se na sequ&ecirc;ncia: tratamento de primeira linha com antidepressivo inibidor seletivo da recapta&ccedil;&atilde;o de serotonina (por exemplo, fluoxetina ou sertralina) ou com antidepressivo tric&iacute;clico (como a amitriptilina ou a nortriptilina); caso n&atilde;o haja resposta suficiente depois de tempo m&iacute;nimo de uso (em at&eacute; 12 semanas), sugere-se aumento da dose <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?eleQWO">[14]</a>. Diante da resposta ineficaz, recomenda-se a troca entre f&aacute;rmacos (por exemplo, de inibidor seletivo da recapta&ccedil;&atilde;o de serotonina para antidepressivo tric&iacute;clico). Ainda que comprovada a refratariedade, restam antidepressivos tric&iacute;clicos (como a amitriptilina ou a nortriptilina), bem como o acr&eacute;scimo de l&iacute;tio, medicamento dispon&iacute;vel pelo SUS. Caso se mantenha a aus&ecirc;ncia de resposta, pode-se combinar inibidor seletivo da recapta&ccedil;&atilde;o de serotonina, antidepressivo tric&iacute;clico e l&iacute;tio.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">No caso em tela, portanto, n&atilde;o h&aacute; elementos que indiquem que foram esgotadas as op&ccedil;&otilde;es medicamentosas disponibilizadas no SUS, de acordo com as informa&ccedil;&otilde;es constantes nos documentos m&eacute;dicos dispon&iacute;veis.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

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<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">32. Chawla N, Anothaisintawee T, Charoenrungrueangchai K, Thaipisuttikul P, McKay GJ, Attia J, et al. Drug treatment for panic disorder with or without agoraphobia: systematic review and network meta-analysis of randomised controlled trials. bmj. 2022;376.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">33. Katzman MA, Bleau P, Blier P, Chokka P, Kjernisted K, Van Ameringen M. Canadian clinical practice guidelines for the management of anxiety, posttraumatic stress and obsessive-compulsive disorders. BMC Psychiatry. 2014;14(S1):S1.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">34. Taylor DM, Barnes TR, Young AH. The Maudsley prescribing guidelines in psychiatry. John Wiley &amp; Sons; 2021.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">35. Cordioli AV, Gallois CB, Isolan L. Psicof&aacute;rmacos - 5ed: Consulta R&aacute;pida. Artmed Editora; 2015. 1697 p.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">36. Naguy A. Paroxetine: Into Oblivion? Prim Care Companion CNS Disord. 2018;20(1).</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">37. Nevels RM, Gontkovsky ST, Williams BE. Paroxetine&mdash;the antidepressant from hell? Probably not, but caution required. Psychopharmacol Bull. 2016;46(1):77.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">38. Cipriani A, Furukawa TA, Salanti G, Geddes JR, Higgins JP, Churchill R, et al. Comparative efficacy and acceptability of 12 new-generation antidepressants: a multiple-treatments meta-analysis. The lancet. 2009;373(9665):746&ndash;58.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">39. National Institute for Health and Care Excellence. First-choice antidepressant use in adults with depression or generalised anxiety disorder [Internet]. 2015. Dispon&iacute;vel em: https://www.nice.org.uk/advice/ktt8</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DaD9wd">40. Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH). Drugs for Major Depression Disorder [Internet]. Dispon&iacute;vel em: https://www.cadth.ca/sites/default/files/hta-he/he0022-major-depressive-disorder-critical-appraisal.pdf</a></p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Conforme consta em atestado de m&eacute;dico psiquiatra, a parte autora possui diagn&oacute;stico de Transtorno Depressivo Maior, com&oacute;rbido ao Transtorno de Ansiedade (Transtorno de Ansiedade Generaliza e Transtorno de P&acirc;nico), &agrave; Fibromialgia e &agrave; osteoporose (Evento 1, INIC1, P&aacute;gina 2 e Evento 1, ATESTMED7, P&aacute;gina 1). Em fun&ccedil;&atilde;o disso, foi-lhe prescrito paroxetina de libera&ccedil;&atilde;o prolongada na dose de 37,5 mg ao dia, venlafaxina 37,5 mg ao dia, canabidiol 79,14 mg/ml 6 gotas ao dia e denosumabe uma ampola de seis em seis meses.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Primeiramente, faz-se necess&aacute;rio esclarecer que a condi&ccedil;&atilde;o em tela &eacute; deveras complexa: s&atilde;o m&uacute;ltiplas doen&ccedil;as associadas. Para a elabora&ccedil;&atilde;o de parecer t&eacute;cnico considerar-se-&aacute; as indica&ccedil;&otilde;es em registro de cada medicamento pleiteado. Por esse motivo, a &ecirc;nfase do presente parecer t&eacute;cnico ser&aacute; a efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a da paroxetina no tratamento de Transtorno Depressivo Maior (TDM) e de Transtorno de Ansiedade (em particular, o&nbsp; Transtorno de P&acirc;nico).</p>

<p style="text-align: justify;">O Transtorno Depressivo Maior (TDM) &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o prevalente e incapacitante <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?h0SLeL">[1]</a>. A preval&ecirc;ncia ao longo da vida de transtornos depressivos unipolares &eacute; de 12% <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?t6esYG">[2]</a>. Atualmente, TDM representa a segunda principal causa de incapacidade nos Estados Unidos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?zFwUiz">[3]</a>. Al&eacute;m disso, o TDM &eacute; altamente recorrente: ap&oacute;s recupera&ccedil;&atilde;o de um epis&oacute;dio, a taxa estimada de recorr&ecirc;ncia em dois anos &eacute; superior a 40% e, depois de dois epis&oacute;dios, o risco de recorr&ecirc;ncia em cinco anos &eacute; de aproximadamente 75% <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?vj9Mod">[4]</a>. Dessa forma, a cura &eacute; improv&aacute;vel, em especial em casos de refratariedade a tratamentos pr&eacute;vios. Para diagn&oacute;stico de TDM &eacute; necess&aacute;rio, pelo menos, duas semanas com humor deprimido ou anedonia acompanhada da maioria dos seguintes sintomas: ins&ocirc;nia ou hipersonia, mudan&ccedil;a no apetite ou peso, retardo psicomotor ou agita&ccedil;&atilde;o, baixa energia, baixa concentra&ccedil;&atilde;o, pensamentos de inutilidade ou culpa e pensamentos recorrentes sobre morte ou suic&iacute;dio <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?jTfzJ5">[5]</a>.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em paralelo, os transtornos de ansiedade compartilham dois sintomas nucleares: ansiedade e medo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?HSzAwZ">[5]</a>. O medo consiste na resposta emocional &agrave; percep&ccedil;&atilde;o de risco iminente, seja o perigo real ou imagin&aacute;rio. A ansiedade, em contrapartida, corresponde &agrave; antecipa&ccedil;&atilde;o de um perigo futuro. Nesse contexto, o ataque de p&acirc;nico &eacute; uma forma de manifesta&ccedil;&atilde;o do medo que ocorre predominantemente, mas n&atilde;o exclusivamente, nos transtornos de ansiedade. Nele, medo ou desconforto surgem abruptamente, piorando de forma progressiva ao longo de poucos minutos, acarretando sintomas f&iacute;sicos. Embora frequentemente com&oacute;rbidos, os transtornos de ansiedade diferenciam-se pelo objeto ou situa&ccedil;&atilde;o associados ao medo e &agrave; ansiedade <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?jeisH6">[5]</a>. No Transtorno do P&acirc;nico (TP) tem-se epis&oacute;dios recorrentes e inusitados de ataques de p&acirc;nico, intercalados com medo de que novas crises ocorram, podendo culminar em comportamentos evitativos.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Os transtornos de ansiedade s&atilde;o os transtornos mentais mais prevalentes: a preval&ecirc;ncia estimada ao longo da vida varia de 4,8 a 31% <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?yfvZUY">[6&ndash;8]</a>. A preval&ecirc;ncia estimada de TP, ao longo da vida, est&aacute; entre 4,7 e 5,1% <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?o2RAYU">[9,10]</a>. Subdiagnosticados e, consequentemente, subtratados, os transtornos de ansiedade, juntamente com o transtorno depressivo maior, causaram o maior n&uacute;mero de anos de vida saud&aacute;vel perdidos &agrave; mortalidade ou invalidez: ao todo, transtorno depressivo maior causou 49,4 milh&otilde;es (33,6 a 68,7) DALYs (do ingl&ecirc;s, Disability-Adjusted Life Years) e os transtornos de ansiedade causaram 44,5 milh&otilde;es (30,2 a 62,5) DALYs, globalmente, em 2020 <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?GLnkXA">[11]</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Para o tratamento de depress&atilde;o almeja-se a remiss&atilde;o dos sintomas depressivos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UE3si9">[12]</a>. Em geral, mensura-se a severidade dos sintomas por meio da Escala de Depress&atilde;o de Hamilton (HAM-D). Valores menores ou igual a sete s&atilde;o considerados remiss&atilde;o da doen&ccedil;a, enquanto que uma redu&ccedil;&atilde;o superior a 50% do escore sinaliza resposta ao tratamento.</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento farmacol&oacute;gico &eacute; indicado para pacientes com diagn&oacute;stico de TDM moderado a grave <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?BqwiBT">[14]</a>. Diversos antidepressivos, de diferentes mecanismos de a&ccedil;&atilde;o, podem ser utilizados no tratamento de TDM <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?MaZzGY">[15]</a>. De fato, metan&aacute;lises de ensaios cl&iacute;nicos randomizados demonstram efic&aacute;cia de amitriptilina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?NjtTAX">[16]</a>, citalopram <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?JyHFwm">[17]</a>, duloxetina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?PxSXTV">[18]</a>, escitalopram <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?qEBWhA">[16]</a>, imipramina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?8Au9jq">[19]</a>, mirtazapina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?w9xqtH">[20]</a>, paroxetina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?sf8UqW">[21]</a>, sertralina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?hcgQjo">[22]</a>, entre outros. Tendo em vista as in&uacute;meras alternativas dispon&iacute;veis, diretrizes internacionais recomendam a sele&ccedil;&atilde;o de antidepressivos conforme perfil de efeitos adversos e potenciais intera&ccedil;&otilde;es medicamentosas, ambos individualizados ao paciente <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Wp0LZg">[23]</a>. F&aacute;rmacos recomendados como primeira linha de tratamento de TDM est&atilde;o dispon&iacute;veis pelo SUS (por exemplo, sertralina e fluoxetina) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?E05cpn">[23]</a>. Na aus&ecirc;ncia de resposta, pode-se aumentar a dose dentro dos limites terap&ecirc;uticos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?GhR0UO">(8,17)</a>. Ap&oacute;s aumento para dose m&aacute;xima tolerada, opta-se entre a troca de antidepressivo (preferencialmente por antidepressivos de classes diferentes) ou a adi&ccedil;&atilde;o de um f&aacute;rmaco que potencialize a a&ccedil;&atilde;o antidepressiva (como o l&iacute;tio, dispon&iacute;vel pelo SUS). Em caso de depress&atilde;o refrat&aacute;ria, &eacute; poss&iacute;vel utilizar a combina&ccedil;&atilde;o de antidepressivos (por exemplo, amitriptilina e fluoxetina).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Para o tratamento dos Transtornos de Ansiedade, sabe-se que o tratamento farmacol&oacute;gico apresenta efic&aacute;cia superior ao placebo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?HirbA7">[24&ndash;32]</a> e &agrave;s psicoterapias <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Vh3C8L">[24]</a>. Dentre as alternativas medicamentosas, medicamentos das classes dos antidepressivos inibidores seletivos da recapta&ccedil;&atilde;o da serotonina (ISRS), como a fluoxetina (dispon&iacute;vel no sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de) e a paroxetina, exibem maior efic&aacute;cia e melhor perfil de tolerabilidade. S&atilde;o, portanto, recomendados como tratamento de primeira linha <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?5amnF3">[25,26,32]</a>. De fato, os antidepressivos ISRS s&atilde;o considerados por diretrizes internacionais como primeira linha no tratamento de TP <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?VrqzFk">[33,34]</a>.&nbsp;&nbsp;</p>

Anexos

Nota Técnica 348573

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