Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
349646	Medicamento - AZATIOPRINA	Não favorável	Finalizada em 19/05/2025 13:32:18	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 349646

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

azatioprina 50 mg. Tomar 1 comprimido por dia (durante 6 meses).

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">corticosteroides e tratamento de suporte.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A azatioprina &eacute; um pr&oacute;‐f&aacute;rmaco rapidamente convertido em 6‐mercaptopurina (6‐MP) por meio da via do metabolismo das purinas; seus efeitos terap&ecirc;uticos s&atilde;o derivados do antimetabolismo das purinas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?dUqqmA">(10)</a>. Como um an&aacute;logo da purina, ela inibe a produ&ccedil;&atilde;o de DNA e exerce efeitos em c&eacute;lulas com alta taxa de prolifera&ccedil;&atilde;o (ou seja, linf&oacute;citos T e B) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OWmmDR">(11)</a>. Atualmente, ela &eacute; amplamente utilizada como imunomodulador, imunossupressor e agente poupador de ester&oacute;ides <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?nj1Ygq">(12)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o encontramos ensaios cl&iacute;nicos randomizados avaliando o uso de azatioprina na PH.&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Um estudo retrospectivo avaliou 62 pacientes com PH que fizeram uso de azatioprina. A m&eacute;dia de idade dos pacientes era de 58,7 anos e 64,5% eram mulheres; os principais agentes implicados com o diagn&oacute;stico de PH eram exposi&ccedil;&atilde;o a p&aacute;ssaros (em 64,5%) e fungos (em 9,7%). Mais de 90% dos pacientes tamb&eacute;m fizeram uso de corticoides sist&ecirc;micos. Em rela&ccedil;&atilde;o ao tratamento com azatioprina, 43,5% dos pacientes necessitaram descontinuar o tratamento, mais de um quarto deles por conta de toxicidade hep&aacute;tica atribu&iacute;da &agrave; droga. Em m&eacute;dia, os pacientes apresentaram melhora na capacidade vital for&ccedil;ada ap&oacute;s 12 meses de tratamento (77,4% &plusmn; 24,6 ao final de 12 meses contra 72,7% &plusmn; 20,4 no in&iacute;cio do tratamento, p&lt;0.05). Nos outros par&acirc;metros analisados (capacidade pulmonar total e teste de caminhada de 6 minutos) n&atilde;o houve diferen&ccedil;a ao longo do tempo. Ressaltamos que se trata de estudo observacional e sem grupo comparador, portanto n&atilde;o resta claro se os achados n&atilde;o poderiam ser atribu&iacute;dos &agrave; cessa&ccedil;&atilde;o da exposi&ccedil;&atilde;o ao agente implicado na PH (13).</p>

<p style="text-align: justify;">Outro estudo observacional comparou, retrospectivamente, pacientes com diagn&oacute;stico de PH submetidos a terapias imunossupressoras. Estes pacientes foram comparados com pacientes portadores de PH que n&atilde;o fizeram uso destas terapias. Do total de 93 pacientes tratados com imunossupressores, 41 foram tratados com prednisona em monoterapia, 24 tamb&eacute;m receberam azatioprina e 28 receberam micofenolato de mofetila. Ap&oacute;s 4 semanas de terapia, 5 pacientes no grupo azatioprina apresentaram efeitos adversos n&atilde;o respirat&oacute;rios e foram submetidos a troca de terapia para micofenolato de mofetila. Pacientes que fizeram uso de azatioprina eram mais jovens, tinham maior frequ&ecirc;ncia de opacidades em vidro-fosco na tomografia de t&oacute;rax e foram submetidos com maior frequ&ecirc;ncia a bi&oacute;psia pulmonar. Pacientes recebendo terapias imunossupressoras, em compara&ccedil;&atilde;o com pacientes que n&atilde;o receberam nenhum imunossupressor, apresentaram maior decl&iacute;nio do CVF ap&oacute;s 36 meses (&minus;10,0% vs. &minus;1,3%, P=0,042). Ainda, o uso de terapia imunossupressora esteve fortemente associada &agrave; maior mortalidade ap&oacute;s 60 meses (hazard ratio (HR) 4,95, IC95% 1,51 a 16,20; P&lt;0,01). N&atilde;o houve diferen&ccedil;a na mortalidade livre de transplante entre pacientes recebendo cada uma das terapias (14).</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">AZATIOPRINA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">50 MG COM REV CX BL AL PLAS TRANS X 50&nbsp;</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">8</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 158,42</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 1.267,36</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em consulta &agrave; tabela da CMED no site da ANVISA em julho de 2024 e com os dados da prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, foi elaborada a tabela acima estimando o custo anual do tratamento, considerando a alternativa mais econ&ocirc;mica dispon&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o encontramos an&aacute;lise de custo-efetividade do uso de azatioprina no tratamento da PH ou de outras fibroses pulmonares. Tampouco encontramos parecer de ag&ecirc;ncias internacionais, como NICE e CADTH.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">indeterminado, uma vez que as evid&ecirc;ncias&nbsp; dispon&iacute;veis tem baixa qualidade metodol&oacute;gica.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram encontradas evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas de benef&iacute;cio do uso de azatioprina em pacientes com pneumonite por hipersensibilidade. N&atilde;o h&aacute; ensaios cl&iacute;nicos avaliando o uso no caso espec&iacute;fico do caso em tela; estudos observacionais n&atilde;o demonstraram benef&iacute;cio consistente e h&aacute; potencial malef&iacute;cio em termos de aumento de mortalidade com o uso de terapias imunossupressoras.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">King TE. Hypersensitivity pneumonitis (extrinsic allergic alveolitis): Epidemiology, causes, and pathogenesis. UpToDate [Internet]. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.uptodate.com/contents/hypersensitivity-pneumonitis-extrinsic-allergic-alveolitis-epidemiology-causes-and-pathogenesis?search=hypersensitive%20pneumonitis&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=1~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=1">https://www.uptodate.com/contents/hypersensitivity-pneumonitis-extrinsic-allergic-alveolitis-epidemiology-causes-and-pathogenesis</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">King TE. Hypersensitivity pneumonitis (extrinsic allergic alveolitis): Clinical manifestations and diagnosis. 2022. UpToDate [Internet]. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.uptodate.com/contents/hypersensitivity-pneumonitis-extrinsic-allergic-alveolitis-clinical-manifestations-and-diagnosis">https://www.uptodate.com/contents/hypersensitivity-pneumonitis-extrinsic-allergic-alveolitis-clinical-manifestations-and-diagnosis</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Cool C. Idiopathic interstitial pneumonias: Classification and pathology. UpToDate, 25 Feb 2021. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.uptodate.com/contents/idiopathic-interstitial-pneumonias-classification-and-pathology">https://www.uptodate.com/contents/idiopathic-interstitial-pneumonias-classification-and-pathology</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Suzuki A, Kondoh Y. The clinical impact of major comorbidities on idiopathic pulmonary fibrosis. Respir Investig. Mar 2017;55(2):94&ndash;103</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">King TE, Flaherty KR, Hollingsworth H. Clinical manifestations and diagnosis of idiopathic pulmonary fibrosis [Internet]. Waltham (MA):&nbsp; UpToDate; 2023. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-idiopathic-pulmonary-fibrosis">https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-idiopathic-pulmonary-fibrosis</a>&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, Secretaria de Ci&ecirc;ncia, Tecnologia e Insumos Estrat&eacute;gicos, Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias no SUS. Esilato de nintedanibe para o tratamento de fibrose pulmonar idiop&aacute;tica; 26 de dezembro de 2018. Relat&oacute;rio n&ordm; 419.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Sgalla G, Biffi A, Richeldi L. Idiopathic pulmonary fibrosis: Diagnosis, epidemiology and natural history. Respirol Carlton Vic. abril de 2016;21(3):427&ndash;37</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Nathan SD, Shlobin OA, Weir N, Ahmad S, Kaldjob JM, BattleE, du Bois RM. Long-term Course and Prognosis of Idiopathic Pulmonary Fibrosis in the New Millennium. Chest, 2011;140(1), 221&ndash;229. doi:10.1378/chest.10-2572 .</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">King TE. Hypersensitivity pneumonitis (extrinsic allergic alveolitis): Treatment, prognosis, and prevention. 2023. UpToDate [Internet]. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.uptodate.com/contents/hypersensitivity-pneumonitis-extrinsic-allergic-alveolitis-treatment-prognosis-and-prevention">https://www.uptodate.com/contents/hypersensitivity-pneumonitis-extrinsic-allergic-alveolitis-treatment-prognosis-and-prevention</a>.&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">4. Schram ME, Borgonjen RJ, Bik CMJM, van der Schroeff JG, van Everdingen JJE, Spuls PI. Off-label use of azathioprine in dermatology: a systematic review. Arch Dermatol. 2011;147:474&ndash;488. doi: 10.1001/archdermatol.2011.79. Cited: in: : PMID: 21482898.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">5. Sidbury R, Davis DM, Cohen DE, Cordoro KM, Berger TG, Bergman JN, Chamlin SL, Cooper KD, Feldman SR, Hanifin JM, et al. Guidelines of care for the management of atopic dermatitis: section 3. Management and treatment with phototherapy and systemic agents. J Am Acad Dermatol. 2014;71:327&ndash;349. doi: 10.1016/j.jaad.2014.03.030. Cited: in: : PMID: 24813298.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">6. Chavez‐Alvarez S, Herz‐Ruelas M, Villarreal‐Martinez A, Ocampo‐Candiani J, Garza‐Garza R, Gomez‐Flores M. Azatioprina: usos em dermatologia. Anais Brasileiros de Dermatologia. 2020;95:731-6.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Terras Alexandre A, Martins N, Raimundo S, Melo N, Catetano Mota P, Novais E Bastos H, Pereira JM, Cunha R, Guimar&atilde;es S, Souto Moura C, Morais A. Impact of Azathioprine use in chronic hypersensitivity pneumonitis patients. Pulm Pharmacol Ther. 2020 Feb;60:101878. doi: 10.1016/j.pupt.2019.101878. Epub 2019 Dec 17. PMID: 31862300.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Adegunsoye A, Oldham JM, Fern&aacute;ndez P&eacute;rez ER, Hamblin M, Patel N, Tener M, Bhanot D, Robinson L, Bullick S, Chen L, Hsu S, Churpek M, Hedeker D, Montner S, Chung JH, Husain AN, Noth I, Strek ME, Vij R. Outcomes of immunosuppressive therapy in chronic hypersensitivity pneumonitis. ERJ Open Res. 2017 Aug 17;3(3):00016-2017. doi: 10.1183/23120541.00016-2017. PMID: 28845429; PMCID: PMC5570511</p>
	</li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Trata-se de paciente portadora de pneumonite de hipersensibilidade. Conforme laudo m&eacute;dico, a paciente apresentou &oacute;tima resposta a corticoterapia e n&atilde;o foi aventado uso de micofenolato por receio de poss&iacute;veis eventos adversos com este medicamento. Atualmente, apresenta eventos adversos secund&aacute;rios a uso prolongado de corticoides, como f&aacute;scies cushingoide e anasarca, cursando inclusive com derrame pleural requerendo interna&ccedil;&atilde;o. Neste contexto, pleiteia azatioprina.</p>

<p style="text-align: justify;">A pneumonia de hipersensibilidade (PH) consiste em uma rea&ccedil;&atilde;o imunol&oacute;gica a um agente inalado. Diversos agentes est&atilde;o envolvidos, como res&iacute;duos da manufatura t&ecirc;xtil e do pl&aacute;stico, poeira org&acirc;nica presente na agricultura (em particular em regi&otilde;es de alta umidade relativa do ar) e na constru&ccedil;&atilde;o civil, e at&eacute; mesmo alguns microorganismos, como Mycobacterium avium e fungos do g&ecirc;nero Aspergillus sp (1). Uma das manifesta&ccedil;&otilde;es da PH &eacute; um quadro de fibrose pulmonar sem achados que indiquem diagn&oacute;stico alternativo (como sarcoidose, doen&ccedil;as reumatol&oacute;gicas e exposi&ccedil;&atilde;o a drogas) e com hist&oacute;ria compat&iacute;vel de exposi&ccedil;&atilde;o a agentes usualmente implicados no desenvolvimento da PH (2).</p>

<p style="text-align: justify;">A fibrose pulmonar &eacute; definida como uma cronifica&ccedil;&atilde;o da pneumonia intersticial fibrosante progressiva, que pode ser definida como idiop&aacute;tica quando n&atilde;o s&atilde;o identificadas causas secund&aacute;rias. &Eacute; caracterizada pela tosse n&atilde;o produtiva ao longo de v&aacute;rios meses e piora progressiva da falta de ar (dispneia) e fun&ccedil;&atilde;o pulmonar, podendo levar a &oacute;bito por insufici&ecirc;ncia respirat&oacute;ria. Tanto incid&ecirc;ncia quanto preval&ecirc;ncia s&atilde;o maiores em homens e aumentam com a idade, sendo rara em pessoas com menos de 50 anos. Entre os fatores de risco destacam-se tabagismo e exposi&ccedil;&atilde;o a metais, madeira e outros tipos de poeira org&acirc;nica (3-5). O diagn&oacute;stico pode ser realizado na aus&ecirc;ncia de bi&oacute;psia pulmonar quando h&aacute; apresenta&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica compat&iacute;vel (in&iacute;cio insidioso de dispneia em pacientes acima de 60 anos) associados a padr&atilde;o tomogr&aacute;fico compat&iacute;vel, sendo exclu&iacute;das causas de fibrose pulmonar, como exposi&ccedil;&atilde;o ambiental ao asbesto, medicamentos associados a fibrose pulmonar ou presen&ccedil;a de doen&ccedil;as reumatol&oacute;gicas que podem cursar com envolvimento pulmonar. Em casos em que h&aacute; suspeita de diagn&oacute;stico alternativo, pode-se lan&ccedil;ar m&atilde;o da bi&oacute;psia pulmonar. A histopatologia sugestiva de FPI envolve focos de fibroblastos e &aacute;reas de fibrose em padr&atilde;o de faveolamento alternando com par&ecirc;nquima pulmonar normal (5). Sua severidade &eacute; determinada pela capacidade vital for&ccedil;ada (CVF), aferida por espirometria, sendo considerada leve quando esta &eacute; maior ou igual a 70% do valor predito e severa se CVF inferior a 50% do predito. Seu progn&oacute;stico &eacute; compar&aacute;vel a algumas neoplasias tendo mediana de sobrevida de 2 a 3 anos, variando de 55,6 meses para pacientes com doen&ccedil;a leve a 27,5 meses em caso de doen&ccedil;a severa (6,7). &Agrave; medida que a doen&ccedil;a progride, o paciente vai apresentando um decl&iacute;nio da CVF, que se correlaciona com a piora cl&iacute;nica (8). Pacientes que apresentam o fen&oacute;tipo de fibrose pulmonar progressiva, como o caso em tela, ir&atilde;o apresentar progress&atilde;o de maneira significativa da fibrose pulmonar, apesar dos tratamentos antiinflamat&oacute;rios e imunossupressores (8).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento da PH consiste em evitar exposi&ccedil;&atilde;o ao al&eacute;rgeno implicado, uso de glicocorticoides, tratamento de suporte com foco no al&iacute;vio de sintomas e transplante de pulm&atilde;o (9).</p>

Anexos

Nota Técnica 349646

PDF Nota Técnica