Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
351099-A	Medicamento - SUCCINATO DE DESVENLAFAXINA MONOIDRATADO	Não favorável	Finalizada em 21/05/2025 14:14:12	Ver Nota
351099-B	Medicamento - HEMIFUMARATO DE QUETIAPINA	Não favorável	Finalizada em 21/05/2025 14:19:39	Ver Nota
351099-C	Medicamento - ARIPIPRAZOL	Não favorável	Finalizada em 21/05/2025 14:22:40	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Desvenlafaxina 50mg. Tomar 3 comprimidos por dia.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">sim, h&aacute; agentes antidepressivos fornecidos pelo SUS, como fluoxetina, amitriptilina e sertralina. Em caso de refratariedade, existe a possibilidade de adi&ccedil;&atilde;o de um f&aacute;rmaco que potencialize a a&ccedil;&atilde;o antidepressiva (como o l&iacute;tio, dispon&iacute;vel pelo SUS). Ainda, &eacute; poss&iacute;vel utilizar a combina&ccedil;&atilde;o de antidepressivos (por exemplo, amitriptilina e fluoxetina).&nbsp;</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A desvenlafaxina &eacute; o principal metab&oacute;lito ativo da venlafaxina, um antidepressivo cujo mecanismo de a&ccedil;&atilde;o baseia-se na inibi&ccedil;&atilde;o da recapta&ccedil;&atilde;o de serotonina e de noradrenalina; com isso, tem-se aumento dos seus n&iacute;veis nas sinapses (local de contato entre neur&ocirc;nios, onde ocorre a transmiss&atilde;o de impulsos nervosos de uma c&eacute;lula para outra) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?sIIJND">[16]</a>. As a&ccedil;&otilde;es serotonin&eacute;rgicas da venlafaxina, como redu&ccedil;&atilde;o da ansiedade, s&atilde;o observadas em doses baixas, j&aacute; suas a&ccedil;&otilde;es noradren&eacute;rgicas, como aumento da efic&aacute;cia antidepressiva, aparecem &agrave; medida que se eleva a dose <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?71auRl">[17]</a>. A venlafaxina &eacute; indicada no tratamento do TDM e de diversos transtornos de ansiedade, como o TAG, mas tamb&eacute;m o transtorno de ansiedade social ou fobia social e o transtorno do pânico. Em contrapartida, conforme consta em registro, a desvenlafaxina &eacute; indicada exclusivamente no tratamento de TDM. As doses recomendadas de desvenlafaxina variam de 50 a 400 mg ao dia.</p>

<p style="text-align: justify;">Helfer e colaboradores (2016) realizaram meta-an&aacute;lise de ensaios cl&iacute;nicos randomizados para avaliar a efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a do uso de antidepressivos em pacientes com diagn&oacute;stico de esquizofrenia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?HKzaop">[18]</a>. Oitenta e dois estudos, totalizando 3.608 pacientes, foram inclu&iacute;dos. Os estudos, em geral, englobaram pequeno n&uacute;mero amostral (mediana de 40) e apresentaram curta dura&ccedil;&atilde;o (mediana de oito semanas). O acr&eacute;scimo de antidepressivos a antipsic&oacute;ticos mostrou efic&aacute;cia superior a placebo ou a nenhum tratamento adjuvante no controle de sintomas depressivos (42 estudos, 1.849 participantes, SMD= -0,25, IC95%= -0,38 a -0,12; NNT= 9, IC95%= 7 a 29). Eventos adversos, contudo, foram mais frequentes nos pacientes utilizando a combina&ccedil;&atilde;o de antidepressivos e antipsic&oacute;ticos. Entre eles, dor abdominal (RR= 1,82, IC95%= 1,02 a 3,26; NNH= 6, IC95%= 6 a 100), constipa&ccedil;&atilde;o (RR= 1,70, IC95%= 1,02 a 2,86; NNH= 20, IC95%= 9 a 50), tontura (RR= 1,82, IC95%= 1,09 a 3,05; NNH= 20, IC95%= 12 a 100) e boca seca (RR= 1,43, IC95%= 1,03 a 1,96; NNH=17, IC95%= 8 a 50). Ademais, os autores realizaram an&aacute;lise de subgrupos, comparando diferentes antidepressivos, bem como diferentes classes de antidepressivos. Todos os antidepressivos demonstraram-se eficazes no controle de sintomas depressivos. Contudo, a trazodona (um ensaio, 60 participantes, SMD= -0,98, IC95%= -1,51 a -0,44), a duloxetina (um ensaio, 40 participantes, SMD= -0,80, IC 95%= -1,45 a -0,16), a sertralina (quatro ensaios, 205 participantes, SMD= -0,51, IC95%= -0,91 a -0,12) e a amitriptilina (quatro ensaios, 138 participantes, SMD= -0,34, IC95% = -0,68 a 0,00) mostraram-se superiores aos demais f&aacute;rmacos analisados.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">At&eacute; o momento, n&atilde;o foram publicadas compara&ccedil;&otilde;es diretas entre diferentes antidepressivos para tratamento de pacientes com diagn&oacute;stico de esquizofrenia e TDM. De forma que n&atilde;o est&aacute; claro se h&aacute; diferen&ccedil;as significativas entre os v&aacute;rios agentes dispon&iacute;veis. Em acr&eacute;scimo, para a presente nota t&eacute;cnica n&atilde;o foram encontrados estudos avaliando a desvenlafaxina nesse contexto espec&iacute;fico. Por esse motivo, expandiu-se a busca para pessoas com diagn&oacute;stico de TDM, sem comorbidades.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">DeMartinis e colaboradores (2007) avaliaram a efic&aacute;cia de desvenlafaxina no tratamento de adultos com diagn&oacute;stico de TDM moderada a grave sem doen&ccedil;a psiqui&aacute;trica com&oacute;rbida <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?42RN55">[19]</a>. Pacientes ambulatoriais com idades entre 18 e 75 anos e com diagn&oacute;stico prim&aacute;rio de TDM foram randomizados em quatro grupos: placebo (n=118), desvenlafaxina 100 mg (n=114), desvenlafaxina 200 mg (n=116) ou desvenlafaxina 400 mg (n=113). Ap&oacute;s oito semanas de tratamento, os grupos em uso de desvenlafaxina 100 (escore na HAM-D= 12,75) e 400 mg (escore na HAM-D= 12,50) exibiram redu&ccedil;&atilde;o estatisticamente significativa dos sintomas depressivos, avaliados pela escala HAM-D, quando comparado a placebo (escore na HAM-D= 15,31, P=0,0038 e 0,0023 respectivamente). Com rela&ccedil;&atilde;o ao grupo em uso de 200 mg de desvenlafaxina, os autores especularam acerca da ocorr&ecirc;ncia de um resultado falso negativo. As taxas de remiss&atilde;o foram significativamente maiores para os pacientes manejados com desvenlafaxina 400 mg (32%) do que placebo (19%; P=0,035); contudo, para desvenlafaxina 100 mg (30%) e desvenlafaxina 200 mg (28%) a diferen&ccedil;a n&atilde;o foi estatisticamente significativa (P=0,093 e P=0,126 respectivamente). &Eacute; digno de nota que a taxa de remiss&atilde;o encontrada &eacute; inferior &agrave; observada com outros antidepressivos, como fluoxetina, sertralina, bupropiona e paroxetina (entre 63% e 47% comparada com placebo 51% e 36%; P&lt;0,001) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?oVRq7G">[20]</a>. Foram encontrados outros dois estudos comparando a desvenlafaxina com placebo, cujas taxas de remiss&atilde;o foram pr&oacute;ximas &agrave;s encontradas por DeMartinis e colaboradores <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?xS5ijl">[21&ndash;23]</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Ainda acerca do estudo de DeMartinis e colaboradores (2007), a maioria dos participantes reportou eventos adversos associados ao tratamento com desvenlafaxina: 106 pacientes (90%) no grupo tratado com desvenlafaxina 100 mg, 108 (93%) no grupo desvenlafaxina 200 mg, 101 (87%) no grupo desvenlafaxina 400 mg grupo e 101 (84%) no grupo placebo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?N5JKm6">[19]</a>. Os eventos adversos mais comuns foram n&aacute;usea, ins&ocirc;nia, sonol&ecirc;ncia, boca seca, tontura, sudorese, nervosismo, anorexia, constipa&ccedil;&atilde;o, astenia e disfun&ccedil;&otilde;es sexuais. Dentre eles, n&aacute;usea ocorreu com maior frequ&ecirc;ncia (35%, 31% e 41% nos grupos de desvenlafaxina 100 mg, 200 mg e 400 mg respectivamente em compara&ccedil;&atilde;o com 8% no grupo de placebo) e foi o principal respons&aacute;vel por descontinua&ccedil;&atilde;o do tratamento (6%, 3% e 5% nos grupos de desvenlafaxina 100 mg, 200 mg e 400 mg respectivamente vs. 2% no grupo de placebo). Vale destacar a ocorr&ecirc;ncia de tr&ecirc;s pacientes que tiveram eventos adversos graves: um paciente (em uso de desvenlafaxina 100 mg) morreu de suic&iacute;dio consumado no dia 5 do estudo, um paciente (em uso de desvenlafaxina 400 mg) apresentou distonia secund&aacute;ria associada a combina&ccedil;&atilde;o com prometazina, um paciente (em uso de desvenlafaxina 400 mg) realizou tentativa de suic&iacute;dio. Em fun&ccedil;&atilde;o da toxicidade, potencialmente fatal, a prescri&ccedil;&atilde;o de venlafaxina e desvenlaxina pacientes com risco de suic&iacute;dio deve ser cuidadosamente ponderada <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?nuPPy6">[24]</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Meta-an&aacute;lise e revis&atilde;o sistem&aacute;tica avaliou ensaios cl&iacute;nicos randomizados acerca da efic&aacute;cia e tolerabilidade da desvenlafaxina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?i31Kvt">[25]</a>. Apenas quatro ensaios compararam a efic&aacute;cia da desvenlafaxina com outros antidepressivos. Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s taxas de remiss&atilde;o, a desvenlafaxina mostrou-se inferior a outros antidepressivos (venlafaxina, duloxetina e escitalopram) (RR=0,82, IC95%=0,71-0,95; P=0,009).&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Anual</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">SUCCINATO DE DESVENLAFAXINA MONOIDRATADO</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">50 MG COM REV LIB PROL CT BL AL PLAS PVC/PVDC X 30</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">36</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 88,90</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 3.200,40</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.<br />
&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A desvenlafaxina &eacute; comercializada no Brasil por in&uacute;meras empresas. Com base em consulta &agrave; tabela da CMED no site da ANVISA, realizada em junho de 2024, e na prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica anexada ao processo, foi elaborada a tabela acima com o custo do medicamento para um ano.</p>

<p style="text-align: justify;">Em revis&atilde;o realizada para a presente nota t&eacute;cnica, n&atilde;o foram encontrados estudos de custo-efetividade comparando a desvenlafaxina com alternativas dispon&iacute;veis no SUS para o tratamento de TDM. Em revis&atilde;o da literatura, publicada em 2020, a Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH) sugeriu a exist&ecirc;ncia de pouca diferen&ccedil;a em efic&aacute;cia clinicamente relevantes entre os antidepressivos dispon&iacute;veis, de forma que tolerabilidade e custo seriam determinantes na escolha de reembolso <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?X9fJje">[26]</a>.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">espera-se benef&iacute;cio inferior &agrave;s alternativas dispon&iacute;veis no SUS no al&iacute;vio de sintomas depressivos.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">Trata-se de um paciente com doen&ccedil;a cr&ocirc;nica, grave e de dif&iacute;cil manejo para a qual existem m&uacute;ltiplas alternativas terap&ecirc;uticas dispon&iacute;veis pelo SUS.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O uso da desvenlafaxina no tratamento do TDM &eacute; superior ao placebo de forma marginal e inconsistente, quando se considera diferentes desfechos, como melhora de escala de depress&atilde;o e taxa de remiss&atilde;o. Al&eacute;m disso, n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de que este f&aacute;rmaco seja superior &agrave;s alternativas medicamentosas para o manejo de TDM (dentre elas, op&ccedil;&otilde;es disponibilizadas pelo SUS, n&atilde;o esgotadas pelo caso em tela).</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?edpR7T">1. Murray CJ, Abraham J, Ali MK, Alvarado M, Atkinson C, Baddour LM, et al. The state of US health, 1990-2010: burden of diseases, injuries, and risk factors. Jama. 2013;310(6):591&ndash;606.</a></p>

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<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?edpR7T">6. Samuel G Siris, Raphael J Braga. Depression in schizophrenia. 2020.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?edpR7T">7. Upthegrove R, Marwaha S, Birchwood M. Depression and schizophrenia: cause, consequence, or trans-diagnostic issue? Schizophr Bull. 2017;43(2):240&ndash;4.</a></p>

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<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?edpR7T">26. Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH). Major Depressive Disorder &ndash; Focused Critical Appraisal of a Network Meta-Analysis [Internet]. 2020. Dispon&iacute;vel em: </a><a href="https://www.cadth.ca/major-depressive-disorder-focused-critical-appraisal-network-meta-analysis">https://www.cadth.ca/major-depressive-disorder-focused-critical-appraisal-network-meta-analysis</a></p>

<p>&nbsp;</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Conforme consta em laudo m&eacute;dico (Evento 1, LAUDO9), o caso em tela possui diagn&oacute;stico de Esquizofrenia. Para os sintomas psic&oacute;ticos, fora previamente tratada com haloperidol 10mg, olanzapina 20mg, risperidona 4mg, amplictil 300mg, sem sucesso terap&ecirc;utico. Para o al&iacute;vio dos sintomas de ansiedade, recebeu tratamento com fluoxetina, interrompido tamb&eacute;m por inefic&aacute;cia. Encontra-se, atualmente, em uso de aripiprazol 30 mg ao dia, desvenlafaxina 150 mg ao dia e quetiapina 800 mg ao dia.&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O presente parecer t&eacute;cnico versar&aacute; sobre a utiliza&ccedil;&atilde;o de desvenlafaxina no tratamento de epis&oacute;dio depressivo em paciente com diagn&oacute;stico de Esquizofrenia.</p>

<p style="text-align: justify;">A esquizofrenia est&aacute; entre as dez doen&ccedil;as m&eacute;dicas mais incapacitantes e, consequentemente, com maior impacto econ&ocirc;mico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?bOsL73">[1]</a>. Mundialmente, a preval&ecirc;ncia de esquizofrenia &eacute; de 1% e a incid&ecirc;ncia anual de 1,5 novos casos para cada 10.000 habitantes <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Nxfsab">[2]</a>. Os primeiros sintomas normalmente aparecem durante a adolesc&ecirc;ncia e in&iacute;cio da vida adulta: entre 18 e 25 anos para homens e entre 25 e 35 anos para mulheres <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?nL2irs">[3]</a>.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A esquizofrenia caracteriza-se por sintomas positivos, como alucina&ccedil;&otilde;es ou del&iacute;rios; por discurso desorganizado; por sintomas negativos, como afeto embotado ou incongru&ecirc;ncias nas respostas emocionais; e por defici&ecirc;ncias na cogni&ccedil;&atilde;o, incluindo aten&ccedil;&atilde;o, mem&oacute;ria e fun&ccedil;&otilde;es executivas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?8IsBMU">[4]</a>. Tem-se, portanto, importantes preju&iacute;zos no funcionamento social e ocupacional.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">&Eacute; bastante comum a ocorr&ecirc;ncia de psicopatologias associadas, como ansiedade, uso de subst&acirc;ncias e Transtorno Depressivo Maior (TDM) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?otdBur">[5]</a>. De fato, ao longo de suas vidas, cerca de um quarto dos pacientes com diagn&oacute;stico de esquizofrenia receber&atilde;o diagn&oacute;stico com&oacute;rbido de TDM <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CzqGqk">[6]</a>. Para diagn&oacute;stico de TDM &eacute; necess&aacute;rio, pelo menos, duas semanas com humor deprimido ou anedonia acompanhada da maioria dos seguintes sintomas: ins&ocirc;nia ou hipersonia, mudan&ccedil;a no apetite ou peso, retardo psicomotor ou agita&ccedil;&atilde;o, baixa energia, baixa concentra&ccedil;&atilde;o, pensamentos de inutilidade ou culpa e pensamentos recorrentes sobre morte ou suic&iacute;dio <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?uxoC5b">[4]</a>. Tendo em vista que alguns sintomas de esquizofrenia sobrep&otilde;em-se a sintomatologia depressiva, o diagn&oacute;stico de TDM torna-se especialmente complexo em pacientes com diagn&oacute;stico de esquizofrenia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?lxp3mS">[7,8]</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Quando com&oacute;rbida &agrave; esquizofrenia, o TDM tende a agravar o progn&oacute;stico do paciente, aumentando o n&uacute;mero de interna&ccedil;&otilde;es psiqui&aacute;tricas, prolongando a dura&ccedil;&atilde;o das hospitaliza&ccedil;&otilde;es e reduzindo a resposta a interven&ccedil;&otilde;es psicofarmacol&oacute;gicas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?q6ADvg">[7,8]</a>. Consequentemente, h&aacute; associa&ccedil;&atilde;o com maiores taxas de tentativa e de &oacute;bito por suic&iacute;dio <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Hn4WoQ">[9]</a></p>

<p style="text-align: justify;">Conforme o Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas para Esquizofrenia, publicado pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, utilizam-se medicamentos antipsic&oacute;ticos como tratamento de primeira linha para esquizofrenia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?r222uA">[3]</a>. H&aacute;, atualmente, m&uacute;ltiplos f&aacute;rmacos antipsic&oacute;ticos dispon&iacute;veis pelo SUS. Mais precisamente, haloperidol, clorpromazina, decanoato de haloperidol, risperidona, quetiapina, ziprasidona, olanzapina e clozapina. Diretrizes nacional e internacionais indicam que todos os antipsicóticos, com exceção de clozapina, podem ser utilizados no tratamento inicial de esquizofrenia, sem ordem de preferência <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?AsHdLv">[10&ndash;12]</a>. Em caso de falha terapêutica, recomendam uma segunda tentativa com algum outro antipsicótico. Diante da refratariedade a pelo menos dois medicamentos, bem como risco alto de suic&iacute;dio ou de discinesia tardia, sugerem clozapina.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;Para o manejo do TDM com&oacute;rbido &agrave; esquizofrenia, antidepressivos podem ser utilizados como adjuvantes aos f&aacute;rmacos antipsic&oacute;ticos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?6y7FJc">[6]</a>. Diversos antidepressivos, de diferentes mecanismos de a&ccedil;&atilde;o, podem ser utilizados no tratamento de TDM <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?MnDZmi">[13]</a>. Tendo em vista as in&uacute;meras alternativas dispon&iacute;veis, diretrizes internacionais recomendam a sele&ccedil;&atilde;o de antidepressivos conforme perfil de efeitos adversos e potenciais intera&ccedil;&otilde;es medicamentosas, ambos individualizados ao paciente <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?q1vAWH">[14,15]</a>. F&aacute;rmacos recomendados como primeira linha de tratamento de TDM est&atilde;o dispon&iacute;veis pelo SUS (por exemplo, sertralina e fluoxetina). Nesse ponto, &eacute; interessante frisar que, de forma a diagnosticar refratariedade ao tratamento, deve-se utilizar dose otimizada por per&iacute;odo de tempo m&iacute;nimo. Na aus&ecirc;ncia de resposta, pode-se aumentar a dose se dentro dos limites terap&ecirc;uticos.&nbsp;</p>

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Anexos

Nota Técnica 351099

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