Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
352377	Medicamento - INSULINA GLARGINA	Não favorável	Finalizada em 23/05/2025 10:57:12	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 352377

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

insulina glargina 100 UI/ml em solução injetável de 3ml; usar 30UI subcutânea pela manhã e 20UI à noite; 5 canetas ao mês. Uso contínuo.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">para o tratamento do DM2 o SUS disponibiliza os medicamentos metformina, glibenclamida, gliclazida, dapagliflozina, insulina NPH e insulina regular <a href="https://paperpile.com/c/xCx8cH/Mfph">(6)</a>.&nbsp;</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p>As insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada (dentre as quais inclui-se a insulina glargina) s&atilde;o resultantes de mudan&ccedil;as estruturais na mol&eacute;cula de insulina humana, obtida a partir da tecnologia do DNA-recombinante, com o objetivo de estender a dura&ccedil;&atilde;o do efeito e diminuir a varia&ccedil;&atilde;o intra-individual. No caso da insulina glargina, estas modifica&ccedil;&otilde;es permitem a aplica&ccedil;&atilde;o subcut&acirc;nea uma vez por dia e a aus&ecirc;ncia de pico de concentra&ccedil;&atilde;o (9). Existem duas concentra&ccedil;&otilde;es de insulina glargina: 100 UI/mL (U-100) e 300 UI/mL (U-300). Esta &uacute;ltima difere da primeira na sua farmacocin&eacute;tica, tendo uma dura&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o mais prolongada (mais de 24 horas) (10).</p>

<p style="text-align: justify;">Diversas revis&otilde;es sistem&aacute;ticas j&aacute; avaliaram o tratamento com an&aacute;logos de longa dura&ccedil;&atilde;o ou insulina NPH em pacientes com DM2 (11-13). De maneira geral, todos estes estudos demonstraram controle glic&ecirc;mico semelhante com as duas interven&ccedil;&otilde;es e uma diminui&ccedil;&atilde;o da ocorr&ecirc;ncia de hipoglicemias noturnas, por&eacute;m sem impacto ou com impacto muito pequeno nas hipoglicemias graves.</p>

<p style="text-align: justify;">A CONITEC em seu relat&oacute;rio de recomenda&ccedil;&atilde;o (8), incluiu uma revis&atilde;o sistem&aacute;ticas com metan&aacute;lise em rede que comparou a insulina glargina e insulina NPH (14). O uso de insulina glargina foi associado &agrave; redu&ccedil;&atilde;o na chance de qualquer hipoglicemia (raz&atilde;o de chances [OR] 0,75; IC95% 0,63 a 0,90) e hipoglicemia noturna (OR 0,58; IC 95% 0,48 a 0,69), quando comparado &agrave; insulina NPH. A certeza dessa evid&ecirc;ncia, avaliada pelo sistema GRADE, foi considerada de baixa &agrave; moderada. Para a hipoglicemia grave n&atilde;o houve diferen&ccedil;a entre as duas tecnologias (OR 0,74; IC95% 0,53 a 1,02), enquanto para a mudan&ccedil;a dos n&iacute;veis de HbA1c o uso de NPH foi mais eficaz do que a insulina glargina (diferen&ccedil;a de m&eacute;dia [DM] -0,16%; IC 95% -0,05% a -0,27%) (8). Contudo, essa diferen&ccedil;a na HbA1c &eacute; inferior a 0,5%, limiar considerado clinicamente significativo (15). Ao final do &uacute;nico estudo inclu&iacute;do no relat&oacute;rio, os autores ressaltam que tais achados devem ser interpretados com cautela, uma vez que a efic&aacute;cia comparativa entre as insulinas demonstrada por metan&aacute;lise em rede, s&atilde;o baseadas majoritariamente em compara&ccedil;&otilde;es indiretas (14).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Finalmente em um estudo de vida real, observacional e retrospectivo, que utilizou dados de um grande sistema de presta&ccedil;&atilde;o de cuidados de sa&uacute;de (&gt;25.000 pacientes iniciando insulina basal), n&atilde;o houve benef&iacute;cio dos an&aacute;logos de insulina em compara&ccedil;&atilde;o com NPH na redu&ccedil;&atilde;o da procura por servi&ccedil;os de emerg&ecirc;ncia ou interna&ccedil;&otilde;es hospitalares por hipoglicemia (11,9 vs. 8,8 eventos por 1000 pessoas-anos, respectivamente), apesar do controle glic&ecirc;mico ligeiramente melhor no grupo NPH (HbA1c de 8,2 vs. 7,9%) (16).</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Anual&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">INSULINA GLARGINA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">100 UI/ML SOL INJ CT 1 CAR VD TRANS 3 ML + 1 CAN APLIC</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">61</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 28,63</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 1.746,43</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">De acordo com a prescri&ccedil;&atilde;o juntada ao processo e em consulta ao painel CMED, em outubro de 2024, foi elaborada a tabela acima estimando o custo anual do tratamento.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A CONITEC em seu relat&oacute;rio preliminar sobre a incorpora&ccedil;&atilde;o de insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada para tratamento do diabetes mellitus tipo 2, publicado em 2024 (8), deliberou a recomenda&ccedil;&atilde;o preliminar favor&aacute;vel &agrave; incorpora&ccedil;&atilde;o do an&aacute;logo glargina e desfavor&aacute;vel &agrave; incorpora&ccedil;&atilde;o dos an&aacute;logos detemir e degludeca para o tratamento de pacientes adultos com diabetes mellitus tipo 2. Para esta decis&atilde;o foi considerada a raz&atilde;o de custo-efetividade e o impacto or&ccedil;ament&aacute;rio incremental mais econ&ocirc;mico da glargina comparada ao detemir e &agrave; degluceca. O impacto or&ccedil;ament&aacute;rio incremental total em cinco anos variou de cerca de R$ 431,5 milh&otilde;es para o an&aacute;logo de insulina glargina a cerca de R$ 13,4 bilh&otilde;es para o an&aacute;logo degludeca. A inclus&atilde;o da glargina teria como objetivo ampliar as op&ccedil;&otilde;es dispon&iacute;veis para o tratamento da DM2 a fim de reduzir os riscos potenciais de desabastecimento de insulina NPH.</p>

<p style="text-align: justify;">O National Institute for Health and Care Excellence (NICE), do sistema de sa&uacute;de brit&acirc;nico, em suas recomenda&ccedil;&otilde;es de tratamento de DM2, recomenda considerar o uso dos an&aacute;logos de insulina detemir ou insulina glargina como alternativa &agrave; insulina NPH se o paciente apresentar algum dos seguintes crit&eacute;rios: 1- a pessoa precisa da assist&ecirc;ncia de um cuidador ou profissional de sa&uacute;de para injetar insulina, e o uso de insulina detemir ou insulina glargina reduziria a frequ&ecirc;ncia das inje&ccedil;&otilde;es de duas para uma ao dia; 2- o estilo de vida da pessoa &eacute; restringido por epis&oacute;dios hipoglic&ecirc;micos sintom&aacute;ticos recorrentes (15).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A Canada&rsquo;s Drug Agency em uma resposta r&aacute;pida publicada em 2019 relatou que duas diretrizes baseadas em evid&ecirc;ncias foram identificadas com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; sele&ccedil;&atilde;o da terapia com insulina de primeira linha para o tratamento de adultos com DM2 que n&atilde;o respondem a terapias sem insulina. N&atilde;o foram identificados estudos relevantes relativos &agrave; efic&aacute;cia cl&iacute;nica comparativa e custo-efic&aacute;cia de an&aacute;logos de insulina de longa dura&ccedil;&atilde;o versus insulina NPH (17).</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">controle glic&ecirc;mico semelhante ao alcan&ccedil;ado com a insulina NPH e uma discreta diminui&ccedil;&atilde;o de hipoglicemias.<strong> </strong></p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncia de que o uso do an&aacute;logo de insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada tenha benef&iacute;cio no controle glic&ecirc;mico em pacientes com DM2 quando comparado com o uso da insulina humana NPH, alternativa dispon&iacute;vel no SUS. Em rela&ccedil;&atilde;o a ocorr&ecirc;ncia de hipoglicemias, o benef&iacute;cio parece ser pequeno e reservado para hipoglicemias n&atilde;o graves.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Por fim cabe pontuar que, a CONITEC em seu recente relat&oacute;rio sobre a incorpora&ccedil;&atilde;o da tecnologia pleiteada no cen&aacute;rio em tela, considerou os an&aacute;logos de insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada n&atilde;o custo-efetivos, frente &agrave; insulina NPH, e com capacidade para gerar um impacto or&ccedil;ament&aacute;rio relevante no contexto do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;"><a href="http://paperpile.com/b/WeLSey/IigJ">World Health Organization. Global Report on Diabetes. World Health Organization; 2016. 86 p.</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;"><a href="http://paperpile.com/b/WeLSey/0lPU">Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019 - 2020 [Internet]. 2019. Dispon&iacute;vel em: </a><a href="https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf">https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/DIRETRIZES-COMPLETA-2019-2020.pdf</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;"><a href="http://paperpile.com/b/WeLSey/I8XB">World Health Organization. Global Health Risks: Mortality and Burden of Disease Attributable to Selected Major Risks. World Health Organization; 2009. 62 p.</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;"><a href="http://paperpile.com/b/xCx8cH/ebFS">Sanghani NB, Parchwani DN, Palandurkar KM, Shah AM, Dhanani JV. Impact of lifestyle modification on glycemic control in patients with type 2 diabetes mellitus. Indian J Endocrinol Metab. 2013 Nov;17(6):1030&ndash;9.</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;"><a href="http://paperpile.com/b/xCx8cH/RkoD">Wing RR, Blair EH, Bononi P, Marcus MD, Watanabe R, Bergman RN. Caloric restriction per se is a significant factor in improvements in glycemic control and insulin sensitivity during weight loss in obese NIDDM patients. Diabetes Care. 1994 Jan;17(1):30&ndash;6.</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">BRASIL. Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Novas Tecnologias no SUS (CONITEC). Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas do Diabete Melito Tipo 2. 2024. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/ecv/publicacoes/protocolo-clinico-de-diretrizes-terapeuticas-pcdt-para-diabetes-mellitus-tipo-ii/view">https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/saps/ecv/publicacoes/protocolo-clinico-de-diretrizes-terapeuticas-pcdt-para-diabetes-mellitus-tipo-ii/view</a>&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;"><a href="http://paperpile.com/b/xCx8cH/rDn8">American Diabetes Association. 9. Pharmacologic Approaches to Glycemic Treatment: Standards of Medical Care in Diabetes-2020. Diabetes Care. 2020 Jan;43(Suppl 1):S98&ndash;110.</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">BRASIL. Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Novas Tecnologias no SUS (CONITEC). Insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada para o tratamento de diabetes mellitus tipo II. Dispon&iacute;vel em <a href="https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2024/relatorio-preliminar_analogos_acao_prolongada_dm2_cp63">https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/consultas/relatorios/2024/relatorio-preliminar_analogos_acao_prolongada_dm2_cp63</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Kopacek C, Schaan BD, Gomez R, Caletti G, Scheffel RS. Farmacologia do Diabetes. In: Gomez R, Torres IL. Farmacologia Cl&iacute;nica.1. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Becker RH, Dahmen R, Bergmann K, Lehmann A, Jax T, Heise T. New insulin glargine 300 Units&middot;mL-1 provides a more even activity profile and prolonged glycemic control at steady state compared with insulin glargine 100 Units&middot;mL-1. Diabetes Care. 2015;38(4):637.&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Monami M, Marchionni N, Mannucci E. Long-acting insulin analogues versus NPH human insulin in type 2 diabetes: a meta-analysis. Diabetes Res Clin Pract. 2008 Aug;81(2):184-9.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Rosenstock J, Dailey G, Massi-Benedetti M, Fritsche A, Lin Z, Salzman A. Reduced hypoglycemia risk with insulin glargine: a meta-analysis comparing insulin glargine with human NPH insulin in type 2 diabetes. Diabetes Care. 2005;28(4):950.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Horvath K, Jeitler K, Berghold A, Ebrahim SH, Gratzer TW, Plank J, Kaiser T, Pieber TR, Siebenhofer A. Long-acting insulin analogues versus NPH insulin (human isophane insulin) for type 2 diabetes mellitus. Cochrane Database Syst Rev. 2007 Apr 18;(2):CD005613.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Dehghani M, Sadeghi M, Barzkar F, et al. Efficacy and safety of basal insulins in people with type 2 diabetes mellitus: a systematic review and network meta-analysis of randomized clinical trials. Front Endocrinol (Lausanne). 2024;15:1286827. 2024. doi:10.3389/fendo.2024.1286827</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">National Institute for Health and Care Excellence (NICE). Type 2 diabetes in adults: management. London: National Institute for Health and Care Excellence (NICE); Last updated June 29, 2022.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Lipska KJ, Parker MM, Moffet HH, Huang ES, Karter AJ. Association of Initiation of Basal Insulin Analogs vs Neutral Protamine Hagedorn Insulin With Hypoglycemia-Related Emergency Department Visits or Hospital Admissions and With Glycemic Control in Patients With Type 2 Diabetes. JAMA. 2018;320(1):53.</p>
	</li>
	<li style="text-align: justify;">Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health. Long-Acting Insulin Analogues versus Human NPH Insulin for Adults with Type 2 Diabetes and Unresponsive to Non-insulin Therapies: Clinical Effectiveness, Cost-Effectiveness, and Guidelines. Last updated: May 3, 2019. Dispon&iacute;vel em <a href="https://www.cadth.ca/long-acting-insulin-analogues-versus-human-nph-insulin-adults-type-2-diabetes-and-unresponsive-non">https://www.cadth.ca/long-acting-insulin-analogues-versus-human-nph-insulin-adults-type-2-diabetes-and-unresponsive-non</a></li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Inicialmente cabe observar que, apesar do CID informado (CID: E10.9 Diabetes mellitus insulino-dependente) ser comumente atribu&iacute;do ao diabetes mellitus tipo 1, observa-se que o relato acerca da hist&oacute;ria da doen&ccedil;a e da trajet&oacute;ria terap&ecirc;utica percorrida &eacute; compat&iacute;vel com o diabetes mellitus tipo 2.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Segundo laudo m&eacute;dico (Evento 1 LAUDO8), a parte autora, atualmente com 68 anos, foi diagnosticada com diabetes mellitus em 2016, com comprometimento da vis&atilde;o, secund&aacute;rio a &ldquo;flutua&ccedil;&otilde;es severas da glicemia&rdquo; n&atilde;o controladas por f&aacute;rmacos hipoglicemiantes orais. H&aacute; relato de tratamento pr&eacute;vio, por per&iacute;odos n&atilde;o informados, com metformina em dose de 500 mg e 850 mg, glibenclamida 5 mg, gliclazida 30 mg, pioglitazona 30 mg, insulina NPH 100 UI e insulina regular 100 UI, sem alcan&ccedil;ar a resposta terap&ecirc;utica necess&aacute;ria. N&atilde;o h&aacute; nos autos processuais exames laboratoriais que demonstrem o perfil glic&ecirc;mico da parte autora. Nesse contexto &eacute; pleiteado tratamento com aflibercepte e insulina glargina. Em mar&ccedil;o de 2023, foi concedido tutela de urg&ecirc;ncia aos pleitos em tela (Evento 3).&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Esta nota t&eacute;cnica versar&aacute; sobre o uso de insulina glargina no tratamento do diabetes mellitus tipo 2. A avalia&ccedil;&atilde;o referente ao uso intrav&iacute;treo de aflibercepte para o edema macular associado &agrave; retinopatia diab&eacute;tica consta em avalia&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica independente, juntada aos autos neste mesmo evento.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) &eacute; uma doen&ccedil;a cr&ocirc;nica que se caracteriza por um estado de resist&ecirc;ncia insul&iacute;nica associado &agrave; defici&ecirc;ncia relativa de insulina, acarretando em hiperglicemia. Seu diagn&oacute;stico pode ser feito atrav&eacute;s de aferi&ccedil;&atilde;o de glicemia de jejum (&ge; 126 mg/dL), hemoglobina glicada (&ge; 6,5%), teste de toler&acirc;ncia oral &agrave; glicose (&ge; 200 mg/dL) ou de dosagem de glicose plasm&aacute;tica aleat&oacute;ria (&ge; 200 mg/dL) associada a sintomas espec&iacute;ficos (1). Segundo a Pesquisa Nacional de Sa&uacute;de, estima-se que a preval&ecirc;ncia de diabete melito, no Brasil, seja de 8,4% (2). As complica&ccedil;&otilde;es deste estado hiperglic&ecirc;mico envolvem danos micro (neuropatia, nefropatia, retinopatia) e macrovasculares (doen&ccedil;a coronariana, acidente vascular encef&aacute;lico, doen&ccedil;a arterial perif&eacute;rica), podendo levar &agrave; perda visual, &agrave; doen&ccedil;a renal cr&ocirc;nica e a amputa&ccedil;&otilde;es <a href="https://paperpile.com/c/xCx8cH/bb20">(1)</a>. O objetivo do tratamento do DM2 &eacute; minimizar os eventos de hiperglicemia, com a finalidade de reduzir a instala&ccedil;&atilde;o destas complica&ccedil;&otilde;es cr&ocirc;nicas. A monitoriza&ccedil;&atilde;o do tratamento &eacute; realizada pela dosagem da hemoglobina glicada (HbA1c), que guarda correla&ccedil;&atilde;o com a m&eacute;dia de glicemia dos &uacute;ltimos 3 meses. De forma geral, a meta do tratamento &eacute; atingir n&iacute;veis de HbA1c pr&oacute;ximos de 7%, podendo esse alvo variar conforme idade, risco de hipoglicemia e complica&ccedil;&otilde;es cr&ocirc;nicas j&aacute; estabelecidas <a href="https://paperpile.com/c/xCx8cH/6ECv">(3)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento do DM2 envolve abordagem multidisciplinar pela necessidade de institui&ccedil;&atilde;o de terapia medicamentosa, de acompanhamento nutricional e realiza&ccedil;&atilde;o de pr&aacute;ticas de atividade f&iacute;sica. A pr&aacute;tica regular de atividade f&iacute;sica e a rotina de uma dieta bem equilibrada s&atilde;o capazes de gerar impacto nos n&iacute;veis glic&ecirc;micos de forma muito similar &agrave; algumas terap&ecirc;uticas farmacol&oacute;gicas isoladamente, sendo cruciais no tratamento (4,5). Sobre o manejo medicamentoso, existem diversas classes de f&aacute;rmacos dispon&iacute;veis. A metformina &eacute; o f&aacute;rmaco preferencial para manejo inicial e deve ser sempre mantido, a n&atilde;o ser que haja alguma contraindica&ccedil;&atilde;o formal ao seu uso. Ap&oacute;s uso inicial de metformina em monoterapia, pode-se associar outros hipoglicemiantes no caso de falha ao atingir os objetivos terap&ecirc;uticos. O principal componente do acompanhamento do tratamento da hiperglicemia no DM2 &eacute; a dosagem de HbA1c, com o objetivo geral de atingir valores &le; 7%, mas as metas terap&ecirc;uticas podem ser menos r&iacute;gidas (HbA1c de 7,5% a 8,0%) de acordo com a idade/expectativa de vida e presen&ccedil;a de complica&ccedil;&otilde;es e/ou comorbidades (6). A ado&ccedil;&atilde;o de metas mais agressivas &eacute; desencorajada na maioria dos pacientes, uma vez que se observou maior risco de mortalidade com alvos de HbA1c &lt; 6,5%. O uso de insulina deve ser considerado quando existirem sintomas catab&oacute;licos ou n&iacute;veis elevados de HbA1c (&gt;10%) (2,7).</p>

Anexos

Nota Técnica 352377

PDF Nota Técnica