Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
352627	Medicamento - IMUNOGLOBULINA HUMANA	Não favorável	Finalizada em 23/05/2025 14:58:13	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 352627

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Prescrição: Imunoglobulina humana 5%- Aplicar 13 frascos divididos em 2 dias, EV, a cada mês, por 6 meses

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">medicamentos antidepressivos (por exemplo, venlafaxina, duloxetina e amitriptilina) ou anticonvulsivante (por exemplo, gabapentina e pregabalina).&nbsp;</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Os preparados de imunoglobulina humana s&atilde;o sintetizados a partir de um pool do plasma de doa&ccedil;&atilde;o de at&eacute; 1.000 doadores. A imunoglobulina humana &eacute; comumente utilizada como forma de repor imunoglobulina entre pacientes que apresentam defici&ecirc;ncias prim&aacute;rias (exemplo, imunodefici&ecirc;ncia comum vari&aacute;vel) ou secund&aacute;ria de imunoglobulinas (ap&oacute;s quimioterapia ou transplante alog&ecirc;nico de medula &oacute;ssea), como forma de prevenir infec&ccedil;&otilde;es. Sua a&ccedil;&atilde;o imunomoduladora &eacute; empregada na supress&atilde;o de resposta imune em doen&ccedil;as como as neuropatias inflamat&oacute;rias e na p&uacute;rpura trombocitop&ecirc;nica imune. Entre os seus efeitos adversos comuns ou que causam preocupa&ccedil;&atilde;o est&atilde;o as rea&ccedil;&otilde;es infusionais al&eacute;rgicas e febris, cefaleia, insufici&ecirc;ncia renal aguda (nos produtos com alto conte&uacute;do de dextrose) e tromboses (6).</p>

<p style="text-align: justify;">Uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica (RS) de ensaios cl&iacute;nicos randomizados (ECRs) conduzida pela Cochrane collaboration objetivou avaliar o efeito da imunoterapia no tratamento da AM (7). Nenhum ECR que tenha testado o uso de IVIG na condi&ccedil;&atilde;o de interesse foi localizado. No entanto, a RS descreve os achados observados em 5 estudos de s&eacute;ries de casos, que reuniram at&eacute; 8 pacientes para uso de IVIG em monoterapia. Alguns apresentaram, com o in&iacute;cio do tratamento, interrup&ccedil;&atilde;o na piora progressiva, com melhora na for&ccedil;a de pelo menos um grau na escala do Medical Research Council (MRC) e na pontua&ccedil;&atilde;o m&eacute;dia de fraqueza, aferida pelo escore Neuropathy Disability Score Weakness (de 9,0 pontos; desvio padr&atilde;o [DP] 5,1 na sexta semana para 29,1 pontos DP 9,3 na semana 52). Por&eacute;m, tamb&eacute;m houve relato de aus&ecirc;ncia de resposta cl&iacute;nica com uso da IVIG. De forma, os autores consideram que, dado ao fato de que a hist&oacute;ria natural da AM ser de melhora espont&acirc;nea e as evid&ecirc;ncias dispon&iacute;veis serem provenientes apenas de s&eacute;rie de casos, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel ter certeza se a imunoterapia melhorou a condi&ccedil;&atilde;o. Por fim, os mesmos concluem que n&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias de ECRs para apoiar o uso de qualquer tratamento de imunoterapia na AM.</p>

<p style="text-align: justify;">Em estudo juntado aos autos pela parte autora (Evento 75 ANEXO4), tamb&eacute;m foi descrita a experi&ecirc;ncia de tratamento com IVIG (8). Trata-se de um estudo aberto conduzido com 5 pacientes diab&eacute;ticos, diagnosticados com AM, que apresentavam dor intensa e aus&ecirc;ncia de resposta &agrave; terapia pr&eacute;via com analg&eacute;sico ou corticoide. Ap&oacute;s um m&ecirc;s do tratamento anterior ao estudo, todos foram receberam IVIG em dose de 0,4 g/kg/dia por 5 dias. Apesar de 4 pacientes terem apresentado redu&ccedil;&atilde;o da dor, 2 necessitaram de nova aplica&ccedil;&atilde;o para controle da dor ap&oacute;s 7 a 18 meses da primeira dose. Melhora significativa foi observada na VAS (-59%; p=0,04), MRC (+9%; p=0,04) e na dist&acirc;ncia percorrida (+241%; p=0,04), ap&oacute;s 1 m&ecirc;s da aplica&ccedil;&atilde;o. Nenhum altera&ccedil;&atilde;o foi observada no teste de eletrodiagn&oacute;stico aos 3 meses da aplica&ccedil;&atilde;o, mas em 3 pacientes a eletromiografia demonstrou o desaparecimento do sinal de denerva&ccedil;&atilde;o. Apesar dos resultados encontrados, os autores reconheceram as limita&ccedil;&otilde;es oriundas do pequeno tamanho amostral e da aus&ecirc;ncia de grupo controle, refor&ccedil;ando a necessidade de ECRs para a gera&ccedil;&atilde;o de evid&ecirc;ncia consistente.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em nossa busca &agrave;s bases de dados cient&iacute;ficas, n&atilde;o localizados ECRs sobre o uso de IVIG como tratamento para a MM. O segundo estudo juntado aos autos pela parte autora (Evento 75 ANEXO5) versa sobre essa condi&ccedil;&atilde;o, no entanto, dos 3 pacientes com MM considerados neste estudo de caso (9), apenas 1 recebeu tratamento com IVIG e n&atilde;o apresentou resposta terap&ecirc;utica no seguimento de 12 meses.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Um painel de especialistas foi convocado pelo Comit&ecirc; Consultivo Canadense de Sangue e Hemoderivados (NAC) e pelos Servi&ccedil;os de Sangue do mesmo pa&iacute;s com o objetivo de desenvolver uma diretriz de pr&aacute;tica baseada em evid&ecirc;ncias sobre o uso de IVIG nas condi&ccedil;&otilde;es neurol&oacute;gicas. Foram inclu&iacute;das as polineuropatias relacionadas ao diabetes, entre as 22 condi&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas avaliadas. Ao todo, 5 estudos de s&eacute;ries de casos avaliaram o uso de IVIG no contexto de interesse. Dois destes, reunindo pacientes diab&eacute;ticos com polineuropatia desmielinizante inflamat&oacute;ria cr&ocirc;nica (PDIC), em amostras de 26 e 9 indiv&iacute;duos. No primeiro 21 dos 26 pacientes tratados com IVIG demonstraram melhora clinicamente significativa na fun&ccedil;&atilde;o neurol&oacute;gica em 4 semanas, aferida pela Escala de Comprometimento Neurol&oacute;gico (p&lt;0,001). J&aacute; no segundo, apesar da aus&ecirc;ncia de melhora no d&eacute;ficits motor ou sensorial, em 6 meses de acompanhamento, foi observado melhora no subescore de desmieliniza&ccedil;&atilde;o no estudo de condu&ccedil;&atilde;o nervosa (p=0,03), comparado a linha de base do estudo. A partir da an&aacute;lises desses 5 estudos, o uso de IVIG para o tratamento de polineuropatia diab&eacute;tica, mononeuropatia ou neuropatia proximal dos membros inferiores n&atilde;o foi recomendado. No entanto, o painel de especialistas considerou que o uso de IVIG em pacientes diab&eacute;ticos que apresentam um fen&oacute;tipo de PDIC deve seguir as recomenda&ccedil;&otilde;es para PDIC, que prev&ecirc; o uso de IVIG. Nenhuma recomenda&ccedil;&atilde;o foi relatada para amiotrofia diab&eacute;tica (10).</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Anual</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Imunoglobulina humana</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">5,0 G SOL INJ FA 100 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">78</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 2.677,39</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 208.836,42</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">A imunoglobulina humana &eacute; comercializada no Brasil por v&aacute;rios fabricantes e em distintas concentra&ccedil;&otilde;es. Em consulta ao painel CMED, em abril de 2025, e aos dados de prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica e valores, foi estimado o custo total do tratamento pleiteado (dura&ccedil;&atilde;o de 6 meses).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram localizados estudos de custo-efetividade sobre a tecnologia pleiteada para a condi&ccedil;&atilde;o em tela, tampouco avalia&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica emitida por ag&ecirc;ncias reguladoras nacionais ou internacionais.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p>indeterminado.&nbsp;</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">As evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas sobre o uso da imunoglobulina humana na condi&ccedil;&atilde;o em tela, quando dispon&iacute;veis, s&atilde;o provenientes de s&eacute;rie de casos, representando um n&iacute;vel de evid&ecirc;ncia inferior ao esperado e, consequentemente, sendo insuficiente para embasar a pr&aacute;tica cl&iacute;nica em larga escala. A realiza&ccedil;&atilde;o de ensaios cl&iacute;nicos randomizados, estudos que conferem aleatoriedade na aloca&ccedil;&atilde;o do tratamento testado e possuem grupo comparador, s&atilde;o necess&aacute;rios para demonstrar a efic&aacute;cia e a seguran&ccedil;a de uma terapia, assim como fundamentar a generaliza&ccedil;&atilde;o dos resultados.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Assim, frente ao cen&aacute;rio de benef&iacute;cio cl&iacute;nico incerto e rela&ccedil;&atilde;o custo-efetividade desconhecida, parecer distinto implicaria em prover atendimento privilegiado, com recursos p&uacute;blicos extra&iacute;dos da coletividade - recursos p&uacute;blicos que, mesmo em pa&iacute;ses ricos, s&atilde;o finitos e possuem destina&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias espec&iacute;ficas com pouca margem de realoca&ccedil;&atilde;o, e cuja destina&ccedil;&atilde;o inadequada pode acarretar preju&iacute;zos &agrave; toda popula&ccedil;&atilde;o assistida pelo SUS.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Feldman EL. Epidemiology and classification of diabetic neuropathy. UpToDate. 2025. Available in: https://www.uptodate.com/contents/epidemiology-and-classification-of-diabetic-neuropathy?search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla&amp;topicRef=5268&amp;source=see_link</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Helfgott SM, Bhattacharyya S. Clinical manifestations and diagnosis of vasculitic neuropathies. UpToDate. 2023. Available in: <a href="https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-vasculitic-neuropathies?search=mononeuropatia+m%C3%BAltipla&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=1~86&amp;usage_type=default&amp;display_rank=1">https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-diagnosis-of-vasculitic-neuropathies?search=mononeuropatia+m%C3%BAltipla&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=1~86&amp;usage_type=default&amp;display_rank=1</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Twydell PT. Diabetic amyotrophy and idiopathic lumbosacral radiculoplexus neuropathy. UpToDate. 2025. Available in: <a href="https://www.uptodate.com/contents/diabetic-amyotrophy-and-idiopathic-lumbosacral-radiculoplexus-neuropathy?sectionName=TREATMENT&amp;search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla&amp;topicRef=5278&amp;anchor=H11&amp;source=see_link#H11">https://www.uptodate.com/contents/diabetic-amyotrophy-and-idiopathic-lumbosacral-radiculoplexus-neuropathy?sectionName=TREATMENT&amp;search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla&amp;topicRef=5278&amp;anchor=H11&amp;source=see_link#H11</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Feldman EL. Management of diabetic neuropathy. UpToDate. 2025. Available in: <a href="https://www.uptodate.com/contents/management-of-diabetic-neuropathy?search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla%20diab%C3%A9tica&amp;topicRef=5275&amp;source=see_link">https://www.uptodate.com/contents/management-of-diabetic-neuropathy?search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla%20diab%C3%A9tica&amp;topicRef=5275&amp;source=see_link</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Helfgott SM, Bhattacharyya S. Treatment and prognosis of nonsystemic vasculitic neuropathy. UpToDate. 2023. Available in: <a href="https://www.uptodate.com/contents/treatment-and-prognosis-of-nonsystemic-vasculitic-neuropathy?search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla&amp;topicRef=8236&amp;source=see_link">https://www.uptodate.com/contents/treatment-and-prognosis-of-nonsystemic-vasculitic-neuropathy?search=mononeuropatia%20m%C3%BAltipla&amp;topicRef=8236&amp;source=see_link</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Ballow M, Shehata M. Overview of intravenous immune globulin (IVIG) therapy. UpToDate. 2024. Available in: <a href="https://www.uptodate.com/contents/overview-of-intravenous-immune-globulin-ivig-therapy?search=imunoglobulina%20humana&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=1%7E150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=1">https://www.uptodate.com/contents/overview-of-intravenous-immune-globulin-ivig-therapy?search=imunoglobulina%20humana&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=1%7E150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=1</a>&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Chan YC, Lo YL, Chan ES. Immunotherapy for diabetic amyotrophy. Cochrane Database Syst Rev. 2017;7(7):CD006521. doi:10.1002/14651858.CD006521.pub4</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Tamburin S, Zanette G. Intravenous immunoglobulin for the treatment of diabetic lumbosacral radiculoplexus neuropathy. Pain Med. 2009;10(8):1476-1480. doi:10.1111/j.1526-4637.2009.00704.x&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Kelkar P, Parry GJ. Mononeuritis multiplex in diabetes mellitus: evidence for underlying immune pathogenesis. J Neurol Neurosurg Psychiatry. 2003;74(6):803-806. doi:10.1136/jnnp.74.6.803&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Robinson, P., Anderson, D., Brouwers, M., Feasby, T. E., Hume, H., &amp; IVIG Hematology and Neurology Expert Panels (2007). Evidence-based guidelines on the use of intravenous immune globulin for hematologic and neurologic conditions. Transfusion medicine reviews, 21(2 Suppl 1), S3&ndash;S8. https://doi.org/10.1016/j.tmrv.2007.01.004</p>
	</li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">A parte autora possui diabete melito (DM) do tipo II h&aacute; mais de 20 anos, atualmente em uso de insulina, com complica&ccedil;&otilde;es microvasculares, al&eacute;m de hipertens&atilde;o arterial sist&ecirc;mica (Evento 21 LAUDOREAVAL2). Segundo laudo m&eacute;dico atualizado (Evento 75 LAUDO2), o quadro cl&iacute;nico &eacute; sugestivo de mononeuropatia m&uacute;ltipla, caracterizado por acometimento de nervos perif&eacute;ricos, sinais motores e sensitivos incapacitantes, hipotrofia muscular, sinal de Romberg e incapacidade de realizar marcha em tandem. Adicionalmente, &eacute; identificado em sua condi&ccedil;&atilde;o neuromuscular complexa, um componente imunomediado sobreposto, com manifesta&ccedil;&otilde;es agudas e p&oacute;s-infec&ccedil;&atilde;o, responsivo ao uso de imunoglobulina humana (IVIG). Em exames de eletroneuromiografia, realizados nos anos de 2022 e 2024, apresentou achados sugestivos de amiotrofia diab&eacute;tica e polineuropat&iacute;a perif&eacute;rica, respectivamente. S&atilde;o descritos dois epis&oacute;dios de interna&ccedil;&atilde;o hospitalar por exacerba&ccedil;&atilde;o de quadro neurop&aacute;tico, ocorridos em abril e outubro de 2024, o primeiro tratado com IVIG (2g por kg), promovendo melhora clara e parcial, e o segundo com pulsoterapia de metilprednisolona, sem resposta terap&ecirc;utica e com presen&ccedil;a de eventos adversos intoler&aacute;veis (n&atilde;o especificados). Por fim, &eacute; informado que a hip&oacute;tese de diagn&oacute;sticos alternativos foi afastada, ap&oacute;s ampla investiga&ccedil;&atilde;o. Nesse contexto, &eacute; pleiteado tratamento com imunoglobulina humana por pelo menos 6 meses.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A neuropatia diab&eacute;tica (ND) &eacute; uma disfun&ccedil;&atilde;o nos sistemas nervoso perif&eacute;rico e aut&ocirc;nomo, considerada a complica&ccedil;&atilde;o mais comum do diabetes. A mononeuropatia m&uacute;ltipla (MM) &eacute; um subtipo de neuropatia, caracterizada pelo envolvimento assim&eacute;trico de m&uacute;ltiplos nervos perif&eacute;ricos, como nervos cranianos e dos membros (1). Esta manifesta-se por d&eacute;ficits sensoriais e motores, acompanhado de dor, secund&aacute;rio &agrave; isquemia nervosa causada por vasculopatia inflamat&oacute;ria (2).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A ND do plexo lombossacral, tamb&eacute;m chamada de amiotrofia diab&eacute;tica (AM), refere-se a outro subtipo em que h&aacute; envolvimento do plexo radicular lombar ou lombossacral e das ra&iacute;zes espinhais, levando a dor e fraqueza progressiva nas pernas proximais (1,3). Acredita-se que as manifesta&ccedil;&otilde;es sejam ocasionadas por les&atilde;o isqu&ecirc;mica induzida por microvasculite n&atilde;o sist&ecirc;mica, envolvendo degenera&ccedil;&atilde;o axonal, desmieliniza&ccedil;&atilde;o segmentar, entre outras estruturas. A amiotrofia diab&eacute;tica &eacute; considerada uma ND mais rara, acometendo cerca de 1% dos pacientes diab&eacute;ticos (3).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento da AM e MM &eacute; baseado no manejo farmacol&oacute;gico de sintomas e medidas n&atilde;o farmacol&oacute;gicas de suporte para mobilidade, fraqueza e preven&ccedil;&atilde;o de queda. Para este &uacute;ltimo recomenda-se terapias f&iacute;sicas como exerc&iacute;cios, treinamento de marcha e, quando necess&aacute;rio, auxiliares ambulatoriais (por exemplo, &oacute;rteses, bengala, cadeira de rodas). O manejo de sintomas envolve medicamentos antidepressivos e anticonvulsivantes. N&iacute;veis deficit&aacute;rios de vitamina B12 tamb&eacute;m devem ser corrigidos com suplementa&ccedil;&atilde;o vitam&iacute;nica. O uso de imunomoduladores no in&iacute;cio do curso da doen&ccedil;a, por vezes &eacute; descrito como associado &agrave; melhora cl&iacute;nica, no entanto sua recomenda&ccedil;&atilde;o &eacute; controversa (3,4). Especificamente no tratamento da MM associada a outras condi&ccedil;&otilde;es como infec&ccedil;&atilde;o ou vasculite sist&ecirc;mica (por doen&ccedil;a sist&ecirc;mica identific&aacute;vel), o tratamento pode ser direcionado para doen&ccedil;a subjacente e envolver o uso de imunossupressores como glicocorticoides, IVIG, azatioprina, metotrexato entre outros (5). Em ambas as condi&ccedil;&otilde;es o controle glic&ecirc;mico do DM &eacute; igualmente importante (3,4).</p>

Anexos

Nota Técnica 352627

PDF Nota Técnica