Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
352650-A	Medicamento - CLORIDRATO DE TRAZODONA	Não favorável	Finalizada em 23/05/2025 15:32:12	Ver Nota
352650-B	Medicamento - ESZOPICLONA	Não favorável	Finalizada em 23/05/2025 15:32:27	Ver Nota
352650-C	Medicamento - APIXABANA	Não favorável	Finalizada em 23/05/2025 15:32:33	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

cloridrato de Trazodona 150mg - Uso contínuo. Tomar 1 comprimido à noite.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align:justify">sim, existe, no SUS, a possibilidade de organiza&ccedil;&atilde;o de medidas comportamentais junto &agrave; Unidade B&aacute;sica de Sa&uacute;de, que s&atilde;o a primeira escolha para o manejo da ins&ocirc;nia cr&ocirc;nica. Ainda, est&atilde;o dispon&iacute;veis os medicamentos clonazepam e diazepam.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align:justify">Efetividade, efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a:&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">O cloridrato de trazodona &eacute; um f&aacute;rmaco antidepressivo, derivado da triazolopiridina, cujo principal caracter&iacute;stica &eacute; o antagonismo aos receptores&nbsp; 5HT, al&eacute;m de atividade inibidora da recapta&ccedil;&atilde;o de serotonina, ambas capazes de aumentar a concentra&ccedil;&atilde;o de serotonina extracelular. Al&eacute;m disso, possui atividade antagonista dos receptores anti-histam&iacute;nicos, respons&aacute;vel pela sua a&ccedil;&atilde;o sedativa, desej&aacute;vel no manejo da ins&ocirc;nia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?rDuTeU">(13)</a>.</p>

<p style="text-align:justify">O uso da trazodona no tratamento da ins&ocirc;nia foi avaliado por revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise de ensaios cl&iacute;nicos randomizados (ECR) que compararam, individualmente, o referido f&aacute;rmaco ao uso de placebo no manejo da situa&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OPLf8k">(14)</a>. Foram inclu&iacute;dos sete ECR, somando 429 pacientes. Como desfecho prim&aacute;rio foram avaliados a percep&ccedil;&atilde;o de qualidade do sono e a efici&ecirc;ncia do sono, considerada como o percentual de horas de sono dentre o total de horas que o indiv&iacute;duo passou na cama. Para o primeiro desfecho, avaliado a partir de aplica&ccedil;&atilde;o de question&aacute;rio estruturado, foi observado discreto benef&iacute;cio no uso da trazodona versus placebo (P=0,05), sendo necess&aacute;rio ponderar a heterogeneidade entre os estudos (I2=65%). Para o segundo desfecho, relatado por quatro dos sete estudos inclu&iacute;dos, n&atilde;o foi observada melhora quando se comparou o uso da trazodona com placebo (P=0,53), mesmo quando considerados subgrupos cl&iacute;nicos ou demogr&aacute;ficos; para este desfecho a heterogeneidade foi baixa (I2=0%). Quanto ao desfecho secund&aacute;rio, no n&uacute;mero de vezes em que os sujeitos acordam ao longo da noite, observou-se melhora com o uso da trazodona, em rela&ccedil;&atilde;o ao grupo placebo (P=0,03). Quanto &agrave; tolerabilidade, n&atilde;o foi observada diferen&ccedil;a significativa entre os grupo trazodona e o grupo placebo no resultado da descontinua&ccedil;&atilde;o por eventos adversos (P=0,80) nem por qualquer causa (P=0,24).</p>

<p style="text-align:justify">Outras revis&otilde;es sistem&aacute;ticas que avaliaram o uso de antidepressivos e hipn&oacute;ticos n&atilde;o-benzodiazep&iacute;nicos no manejo da ins&ocirc;nia tamb&eacute;m consideraram o cloridrato de trazodona em suas an&aacute;lises, embora majoritariamente pela inclus&atilde;o dos mesmos ECR que compunham o estudo supracitado <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CqUqqy">(15&ndash;17)</a>. De maneira geral, a efic&aacute;cia comparativa e de longo prazo de antidepressivos e hipn&oacute;ticos benzodiazep&iacute;nicos e n&atilde;o-benzodiazep&iacute;nicos no tratamento de ins&ocirc;nia &eacute; incerta. Entretanto, &eacute; digno de nota que, dado sua caracter&iacute;stica de tempo de meia-vida prolongado, superior a 10 horas, seu efeito sedativo e tamb&eacute;m hipotensor suscita particular preocupa&ccedil;&atilde;o quanto ao seu uso em idosos, especialmente no que se refere aos sintomas de tontura e defici&ecirc;ncia psicomotora, especialmente experimentados ao acordar <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?XwiZdn">(18)</a>.&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">Revis&otilde;es sistem&aacute;ticas mais recentes tamb&eacute;m demonstraram que medicamentos como benzodiazep&iacute;nicos e trazodona podem ser eficazes no tratamento agudo da ins&ocirc;nia, contudo, est&atilde;o associados a baixa tolerabilidade ou n&atilde;o h&aacute; informa&ccedil;&otilde;es dispon&iacute;veis sobre os efeitos a longo prazo (19). Ainda sobre a efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a da trazodona para dist&uacute;rbios do sono em compara&ccedil;&atilde;o com placebo demonstrou-se que a trazodona n&atilde;o teve impacto significativo no tempo total de sono. Pode melhorar a qualidade e a continuidade do sono, por&eacute;m com efeitos menores na lat&ecirc;ncia, na efici&ecirc;ncia e no comprometimento diurno do sono. Al&eacute;m disso, dados de seguran&ccedil;a evidenciam que esse medicamento est&aacute; associado a efeitos adversos, ocasionando abandono ao tratamento, necessitando de uma avalia&ccedil;&atilde;o criteriosa sobre o seu risco-benef&iacute;cio em raz&atilde;o da baixa tolerabilidade (20), especialmente para a popula&ccedil;&atilde;o idosa.&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">Custo:&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Valor Anual&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">CLORIDRATO DE TRAZODONA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">150 MG COM LIB PROL CT BL AL PLAS OPC X 30</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">13</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 107,57&nbsp;</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 1.398,41</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align:justify">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align:justify">O cloridrato de trazodona 150 mg &eacute; produzido pelo laborat&oacute;rio Apsen Farmac&ecirc;utica S/A na forma farmac&ecirc;utica de comprimido de libera&ccedil;&atilde;o prolongada. Em consulta &agrave; tabela CMED, no site da ANVISA, realizada em setembro de 2024, selecionou-se a alternativa de menor custo. De acordo com esse dado e conforme a prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica, foi elaborada a tabela acima estimando o custo do medicamento para um ano de tratamento.&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">N&atilde;o foram encontrados estudos de custo-efetividade avaliando o uso da trazodona no tratamento de ins&ocirc;nia.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align:justify">espera-se efic&aacute;cia equivalente ou mesmo inferior &agrave;s alternativas dispon&iacute;veis pelo SUS.&nbsp;</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align:justify">Atualmente h&aacute; incerteza quanto &agrave; efic&aacute;cia e &agrave; seguran&ccedil;a da trazodona em longo prazo no manejo de dist&uacute;rbios do sono, especialmente em pacientes idosos e com quadro demencial. O tratamento de primeira linha para ins&ocirc;nia cr&ocirc;nica envolve mudan&ccedil;as comportamentais que podem ser organizadas junto &agrave;s Unidades B&aacute;sicas de Sa&uacute;de do SUS. Para essa estrat&eacute;gia de tratamento existe maior evid&ecirc;ncia de benef&iacute;cio e excelente perfil de seguran&ccedil;a, sendo inclusive superior em rela&ccedil;&atilde;o ao uso de medicamentos. Se mesmo assim for optado por prosseguir o manejo farmacol&oacute;gico, h&aacute; m&uacute;ltiplas alternativas terap&ecirc;uticas para o manejo de ins&ocirc;nia, incluindo op&ccedil;&otilde;es disponibilizadas pelo SUS. Conforme laudo, consta que a parte j&aacute; fez uso de op&ccedil;&otilde;es farmacol&oacute;gicas dispon&iacute;veis no sistema p&uacute;blico, contudo, n&atilde;o existindo evid&ecirc;ncia de superioridade da trazodona, ratifica-se o presente parecer desfavor&aacute;vel.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">1. Bonnet M, Arand D. Evaluation and diagnosis of insomnia in adults. UpToDate [Internet]. 2020. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/evaluation-and-diagnosis-of-insomnia-in-adults?search=insomnia&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=3~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=3</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">2. Bonnet MH, Arand DL. UpToDate. 2020. Risk factors, comorbidities, and consequences of insomnia in adults. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/risk-factors-comorbidities-and-consequences-of-insomnia-in-adults/print?search=insomnia&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=5~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=5</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">3. Thorpy M. International classification of sleep disorders. Em: Sleep disorders medicine. Springer; 2017. p. 475&ndash;84.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">4. Morin CM, B&eacute;langer L, LeBlanc M, Ivers H, Savard J, Espie CA, et al. The natural history of insomnia: a population-based 3-year longitudinal study. Archives of internal medicine. 2009;169(5):447&ndash;53.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">5. Ji X, Ivers H, Savard J, LeBlanc M, Morin CM. Residual symptoms after natural remission of insomnia: associations with relapse over 4 years. Sleep. 2019;42(8):zsz122.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">6. Winkelman JW, Benca R, Eichler A. UpToDate. 2020. Overview of the treatment of insomnia in adults. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/overview-of-the-treatment-of-insomnia-in-adults?search=insomnia&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=1~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=1</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">7. David N Neubauer. UpToDate. 2020. Pharmacotherapy for insomnia in adults. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/pharmacotherapy-for-insomnia-in-adults?search=insomnia&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=2~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=2</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">8. Sateia MJ, Buysse DJ, Krystal AD, Neubauer DN, Heald JL. Clinical practice guideline for the pharmacologic treatment of chronic insomnia in adults: an American Academy of Sleep Medicine clinical practice guideline. Journal of Clinical Sleep Medicine. 2017;13(2):307&ndash;49.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">9. Mysliwiec V, Martin JL, Ulmer CS, Chowdhuri S, Brock MS, Spevak C, et al. The management of chronic insomnia disorder and obstructive sleep apnea: synopsis of the 2019 US Department of Veterans Affairs and US Department of Defense clinical practice guidelines. Annals of internal medicine. 2020;172(5):325&ndash;36.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">10. Riemann D, Baglioni C, Bassetti C, Bjorvatn B, Dolenc Groselj L, Ellis JG, et al. European guideline for the diagnosis and treatment of insomnia. Journal of sleep research. 2017;26(6):675&ndash;700.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">11. Wilson S, Anderson K, Baldwin D, Dijk DJ, Espie A, Espie C, et al. British Association for Psychopharmacology consensus statement on evidence-based treatment of insomnia, parasomnias and circadian rhythm disorders: An update. J Psychopharmacol. agosto de 2019;33(8):923&ndash;47.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">12. Ree M, Junge M, Cunnington D. Australasian Sleep Association position statement regarding the use of psychological/behavioral treatments in the management of insomnia in adults. Sleep Med. agosto de 2017;36 Suppl 1:S43&ndash;7.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">13. American Psychiatric Association. DSM-5: Manual diagn&oacute;stico e estat&iacute;stico de transtornos mentais. Artmed Editora; 2014.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">14. Yi X yan, Ni S fen, Ghadami MR, Meng H qing, Chen M yan, Kuang L, et al. Trazodone for the treatment of insomnia: a meta-analysis of randomized placebo-controlled trials. Sleep medicine. 2018;45:25&ndash;32.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">15. Everitt H, Baldwin DS, Stuart B, Lipinska G, Mayers A, Malizia AL, et al. Antidepressants for insomnia in adults. Cochrane Database of Systematic Reviews. 2018;(5).</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">16. Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH). Clinical Evaluation of Interventions for the Management of Insomnia: A Review of Reviews. [Internet]. 2020. Dispon&iacute;vel em: https://www.cadth.ca/sites/default/files/pdf/op0527_insomnia_clinical-evaluation-corrected.pdf</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">17. Mendelson WB. A review of the evidence for the efficacy and safety of trazodone in insomnia. The Journal of clinical psychiatry. 2005;66(4):469&ndash;76.</a></p>

<p style="text-align:justify"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?CG37tU">18. La AL, Walsh CM, Neylan TC, Vossel KA, Yaffe K, Krystal AD, et al. Long-Term Trazodone Use and Cognition: A Potential Therapeutic Role for Slow-Wave Sleep Enhancers. J Alzheimers Dis. 2019;67(3):911&ndash;21.</a></p>

<p style="text-align:justify">19. De Crescenzo F, D&#39;Al&ograve; GL, Ostinelli EG, Ciabattini M, Di Franco V, Watanabe N, et al. Comparative effects of pharmacological interventions for the acute and long-term management of insomnia disorder in adults: a systematic review and network meta-analysis. Lancet. 2022 Jul 16;400(10347):170-184. doi: 10.1016/S0140-6736(22)00878-9. PMID: 35843245.</p>

<p style="text-align:justify">20. Kokkali M, Pinioti E, Lappas AS, Christodoulou N, Samara MT. Effects of Trazodone on Sleep: A Systematic Review and Meta-analysis. CNS Drugs. 2024 Oct;38(10):753-769. doi: 10.1007/s40263-024-01110-2. Epub 2024 Aug 9. PMID: 39123094.</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align:justify">Segundo laudos m&eacute;dicos (Evento 1, LAUDO7, P&aacute;gina 1 a 8; Evento 1, RECEIT8; Evento 1, RECEIT9;&nbsp; Evento 1, RECEIT10; Evento 1, RECEIT11; Evento 1, ATESTMED26; Evento 11, PRONT2), a parte autora, com 75 anos de idade, sofreu acidente vascular cerebral (AVC) isqu&ecirc;mico, prov&aacute;vel causa cardioemb&oacute;lica, em agosto de 2023. Al&eacute;m disso, &eacute; acometida por doen&ccedil;a de Alzheimer, hipertens&atilde;o arterial sist&ecirc;mica, diabetes mellitus e dislipidemia. A parte apresenta altera&ccedil;&otilde;es neuropsiqui&aacute;tricas, como del&iacute;rios, alucina&ccedil;&otilde;es, ins&ocirc;nia, agita&ccedil;&atilde;o, desorganiza&ccedil;&atilde;o. Consta que a paciente j&aacute; fez uso de fluoxetina, por&eacute;m sem al&iacute;vio de sintomas de ansiedade; de clonazepam e diazepam, apresentando seda&ccedil;&atilde;o importante; e de risperidona, interrompido porque &ldquo;n&atilde;o se adaptou ao medicamento&rdquo;, sem maiores informa&ccedil;&otilde;es sobre esses f&aacute;rmacos quanto ao tempo de uso e doses. Atualmente, faz uso de eszopiclona, trazodona e aripiprazol. Para evitar recorr&ecirc;ncia de AVC, a paciente utiliza apixabana. Nesse contexto, pleiteia os medicamentos apixabana, eszopiclona, trazodona e aripiprazol para, pelo menos, o primeiro ano de tratamento.</p>

<p style="text-align:justify">Apesar de que os documentos m&eacute;dicos n&atilde;o exibam indica&ccedil;&atilde;o clara do uso da trazodona, com base tanto na sintomatologia descrita quanto nas indica&ccedil;&otilde;es frequentes de trazodona, compreende-se que este f&aacute;rmaco foi prescrito para manejo da ins&ocirc;nia. &Eacute; descrito que a parte encontra-se atualmente em uso noturno de eszopiclona e trazodona (Evento 1, RECEIT11, P&aacute;gina 4). Assim, esta nota t&eacute;cnica versar&aacute; sobre o pleito de trazodona para o tratamento de ins&ocirc;nia.</p>

<p style="text-align:justify">A ins&ocirc;nia &eacute; uma das queixas mais frequentemente encontradas em consult&oacute;rio m&eacute;dico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?hwCMS0">(1)</a>. As estimativas de preval&ecirc;ncia variam de acordo com a defini&ccedil;&atilde;o de ins&ocirc;nia utilizada: em pesquisas transversais de pacientes ambulatoriais, entre um e dois ter&ccedil;os dos adultos referem sintomas de ins&ocirc;nia de qualquer gravidade, enquanto que entre 10 e 15% relataram ins&ocirc;nia cr&ocirc;nica com consequ&ecirc;ncias diurnas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?0G8Gky">(2)</a>. Essa condi&ccedil;&atilde;o pode ser classificada em aguda ou de ajustamento, quando tem dura&ccedil;&atilde;o limitada a alguns dias ou poucas semanas (necessariamente menos de tr&ecirc;s meses), e cr&ocirc;nica, quando acontece, pelo menos, tr&ecirc;s vezes na semana por mais de tr&ecirc;s meses <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?BqT1qk">(3)</a>. Enquanto que a ins&ocirc;nia aguda normalmente associa-se a epis&oacute;dios de estresse, a ins&ocirc;nia cr&ocirc;nica usualmente &eacute; secund&aacute;ria a outras patologias, como doen&ccedil;as psiqui&aacute;tricas (como TDM) ou neurol&oacute;gicas (como o AVC).&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">Para o seu diagn&oacute;stico, al&eacute;m da dificuldade de iniciar ou de manter o sono, o paciente deve referir preju&iacute;zo em suas atividades di&aacute;rias <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?VP8R1J">(1)</a>. Por exemplo, fadiga, sonol&ecirc;ncia diurna, dificuldade de concentra&ccedil;&atilde;o, irritabilidade, perda de motiva&ccedil;&atilde;o, hiperatividade, agressividade ou preocupa&ccedil;&atilde;o excessiva com o sono. A ins&ocirc;nia &eacute; uma condi&ccedil;&atilde;o persistente e recorrente: estudo observacional incluindo 388 adultos com ins&ocirc;nia evidenciou dura&ccedil;&atilde;o de, pelo menos, um ano em 74% deles <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?I2MR87">(4)</a>. Dentre aqueles com resolu&ccedil;&atilde;o do epis&oacute;dio de ins&ocirc;nia, 50% apresentaram recorr&ecirc;ncia ao longo de quatro anos de seguimento <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?wPzNjD">(5)</a>.</p>

<p style="text-align:justify">O tratamento da ins&ocirc;nia se d&aacute; por meio da identifica&ccedil;&atilde;o e tratamento da causa de base <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?gfcZKd">(6)</a>. Por exemplo, depress&atilde;o pode estar associada &agrave; ins&ocirc;nia e utilizando-se de tratamento adequado para a primeira condi&ccedil;&atilde;o, podemos eliminar a segunda sem o uso de medicamentos espec&iacute;ficos indutores do sono. Para o tratamento de ins&ocirc;nia cr&ocirc;nica, recomenda-se, como primeira linha, a terapia cognitivo-comportamental. Segue-se ap&oacute;s o tratamento farmacol&oacute;gico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?cPWphl">(7)</a>. H&aacute; quatro categorias de medicamentos citados em diretrizes internacionais, conforme seus mecanismos de a&ccedil;&atilde;o: agonistas do receptor de benzodiazepina (clonazepam, diazepam, mas tamb&eacute;m eszopiclona, zaleplon e zolpidem), antagonistas duplos do receptor de orexina (por exemplo, o suvorexant), antagonistas do receptor de histamina (como a doxepina em baixa dose), e agonistas do receptor de melatonina (por exemplo, o ramelteon) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?gka0nP">(8&ndash;12)</a>. Apenas os agonistas do receptor de benzodiazepina (em especial o clonazepam e o diazepam) est&atilde;o dispon&iacute;veis no SUS.</p>

Anexos

Nota Técnica 352650

PDF Nota Técnica