Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
353726	Produto - fórmula para nutrição enteral e oral, polimérica, normocalórica, normoproteica e hiperlipídica, sem glúten, com alto teor de cloreto, zinco, molibdênio e vitaminas A, D, E, C e B6, enriquecida com TGF	Não favorável	Finalizada em 26/05/2025 16:47:50	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 353726

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O produto está inserido no SUS? *

O produto está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">&nbsp;f&oacute;rmula nutricionalmente completa, polim&eacute;rica, sem sacarose, isenta de lactose e gl&uacute;ten, normocal&oacute;rica, normoproteica, com ou sem fibras e com densidade cal&oacute;rica de 1,0 a 1,2 Kcal/ml ou suplemento alimentar em p&oacute;, enriquecido com vitaminas e minerais, com lactose e gl&uacute;ten, com ou sem sacarose, para adolescentes e adultos, ambos disponibilizados pelo Programa de Medicamentos Especiais da Secretaria Estadual de Sa&uacute;de do Estado do Rio Grande do Sul (resolu&ccedil;&atilde;o N&ordm; 216/14 - CIB/RS).</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A terapia nutricional na DC pedi&aacute;trica tem tr&ecirc;s objetivos bem estabelecidos: como primeira linha de tratamento na indu&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o, como estrat&eacute;gia de manuten&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o e para otimiza&ccedil;&atilde;o da nutri&ccedil;&atilde;o, na manuten&ccedil;&atilde;o do estado nutricional adequado (diante de ingest&atilde;o alimentar sub&oacute;tima ou desnutri&ccedil;&atilde;o) ou no manejo da desnutri&ccedil;&atilde;o. No primeiro caso, tamb&eacute;m chamado de nutri&ccedil;&atilde;o enteral exclusiva (EEN), uma f&oacute;rmula l&iacute;quida nutricionalmente completa, ser&aacute; a &uacute;nica fonte alimentar durante o per&iacute;odo de tratamento, podendo ser administrada por sonda de alimenta&ccedil;&atilde;o nasog&aacute;strica ou ingerida oralmente. J&aacute; no segundo formato, o uso da f&oacute;rmula nutricional &eacute; reduzido para suprir, pelo menos, 50% das necessidades nutricionais di&aacute;rias (NND) da crian&ccedil;a, e o restante ser&aacute; proveniente do consumo de alimentos. Ambas formas de terapia nutricional s&atilde;o utilizadas para melhorar o estado nutricional (7).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Como tratamento adjuvante aos medicamentos, existem algumas evid&ecirc;ncias de estudos observacionais. Um estudo retrospectivo realizado com crian&ccedil;as e adolescentes (idade m&eacute;dia 13,6 anos (&plusmn; 2,1 DP), que atingiram a remiss&atilde;o da DC ap&oacute;s 4 semanas de EEN, avaliou o tempo de manuten&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o e o crescimento linear (8). Um grupo com 28 crian&ccedil;as manteve o uso de dieta enteral parcial noturno (50-60% da quantidade inicial noturna, por 4-5 vezes por semana), associado &agrave; dieta alimentar livre durante o dia, enquanto outras 19 crian&ccedil;as suspenderam a suplementa&ccedil;&atilde;o nutricional e consumiram apenas dieta alimentar livre. Ap&oacute;s os 6 e 12 meses as taxas de reca&iacute;da foram maiores naqueles que n&atilde;o receberam a nutri&ccedil;&atilde;o parcial noturna (6 meses: 15 de 19 vs.5 de 28, p&lt;0,001; 12 meses: 15 de 19 vs 12 de 28, p&lt;0,001). A mudan&ccedil;a m&eacute;dia na velocidade de crescimento entre os grupos n&atilde;o foi estatisticamente diferente, em um ano de acompanhamento (2,87cm/ano para o grupo com suplemento nutricional vs. 0,4 cm/ano para os sem suplemento, p=0,057). Entretanto, houve uma mudan&ccedil;a significativa, em rela&ccedil;&atilde;o ao ano anterior, apenas no grupo com suplemento nutricional continuado (m&eacute;dia de 6,1cm, DP &plusmn; 4,2 vs 3,2cm &plusmn; 1,6 DP, p&lt;0,001). Um indiv&iacute;duo que manteve a suplementa&ccedil;&atilde;o nutricional e 2 do grupo que suspendeu, estavam em est&aacute;gio puberal 5 e atingiram o seu crescimento linear esperado, antes de conclu&iacute;rem o per&iacute;odo de acompanhamento do estudo. Cabe ressaltar o car&aacute;ter observacional e retrospectivo do estudo. Al&eacute;m disso, foram utilizadas dietas enterais polim&eacute;ricas e a base de amino&aacute;cidos e nenhuma delas era enriquecida com TGF-Beta2. Outro aspecto importante deste estudo, foi a administra&ccedil;&atilde;o da dieta parcial noturna por meio de sonda nasog&aacute;strica, que apesar de otimizar a oferta nutricional, apresenta baixa aceita&ccedil;&atilde;o por crian&ccedil;as e adolescentes, no contexto de vida real.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em rela&ccedil;&atilde;o ao uso do suplemento espec&iacute;fico que est&aacute; sendo solicitado (F&oacute;rmula nutricional polim&eacute;rica enriquecida com TGF-Beta2, Modulen&reg;) os estudos s&atilde;o ainda mais escassos. Para pacientes com DC em atividade, o uso desse suplemento parece ser compar&aacute;vel ao uso de corticoide para induzir remiss&atilde;o (demonstrado em ensaio cl&iacute;nico randomizado com 37 crian&ccedil;as) (9). Um segundo estudo retrospectivo que incluiu 35 pacientes pedi&aacute;tricos com DC ativa e idade m&eacute;dia de 14,1 anos (DP&plusmn; 3,7) (16 que utilizaram o suplemento e 19 que n&atilde;o utilizaram, todos tratados tamb&eacute;m com corticosteroides) observou uma resposta mais r&aacute;pida para a remiss&atilde;o da DC naqueles pacientes que utilizaram o suplemento (14 pacientes (88%) vs 8 pacientes (42%); p&lt;0,05), entretanto, ap&oacute;s 6 meses essa diferen&ccedil;a n&atilde;o permaneceu e todos os pacientes de ambos os grupos alcan&ccedil;aram a remiss&atilde;o. Em rela&ccedil;&atilde;o aos par&acirc;metros antropom&eacute;tricos, na linha de base, encontrou-se importante diferen&ccedil;a entre os grupos (p=0,016), enquanto os pacientes do grupo suplemento apresentavam desnutri&ccedil;&atilde;o grave (peso/idade (P/I) escore-z -2,2 &plusmn; 1,6 DP), no grupo sem suplementos o peso estava adequado para idade (peso/idade (P/I) escore-z 1,28 &plusmn; 1,2 DP). Para o status de crescimento, os dois grupos encontram-se dentro do esperado para idade, no in&iacute;cio do estudo (estatura/idade (E/I) escore-z&nbsp; &minus;0,2 &plusmn; 1,2 DP [grupo suplemento]; escore-z&nbsp; 0,06 &plusmn; 1,3 DP [grupo sem suplemento]; p=0,822). Ap&oacute;s 1, 3 e 6 meses, n&atilde;o foi identificado diferen&ccedil;a entre os grupos, para nenhum dos par&acirc;metros antropom&eacute;tricos e todos os indiv&iacute;duos j&aacute; apresentavam peso e estatura adequados para idade (10).</p>

<p style="text-align: justify;">Um recente estudo observacional (11), comparou o efeito na remiss&atilde;o e o custo de tratamento entre duas f&oacute;rmulas para EEN, com e sem TGF-Beta2, em 171 crian&ccedil;as com DC, de tr&ecirc;s centros pedi&aacute;tricos diferentes. N&atilde;o foram observadas diferen&ccedil;a entre os grupos para taxa de remiss&atilde;o (f&oacute;rmula padr&atilde;o 63% vs Modulen IBD&reg; &nbsp;64%, p = 0.89), n&atilde;o ades&atilde;o ao tratamento nutricional (f&oacute;rmula padr&atilde;o 7% vs Modulen IBD&reg; &nbsp;5%, p= 0,57), m&eacute;todo de administra&ccedil;&atilde;o (sonda nasog&aacute;strica: f&oacute;rmula padr&atilde;o 12% vs Modulen IBD&reg; 22%; p= 0,31), ganho de peso m&eacute;dio (escore-z: f&oacute;rmula padr&atilde;o &minus;0,47 &plusmn; 0,97 DP vs Modulen IBD&reg; &minus;0,25 &plusmn; 0,94 DP, p= 0,191) e ganho de estatura m&eacute;dia (escore-z: f&oacute;rmula padr&atilde;o &minus;0,49 &plusmn; 0,98 DP vs M&oacute;dulo IBD&reg; &minus;0,17 &plusmn; 1,0 DP, p = 0,133). J&aacute; o IMC das crian&ccedil;as que receberam f&oacute;rmula padr&atilde;o, foram mais baixos, em compara&ccedil;&atilde;o &agrave;quelas tratadas com M&oacute;dulen IBD&reg; (escore-z m&eacute;dio de IMC: f&oacute;rmula padr&atilde;o -0,5 &plusmn; 1,1 DP vs Modulen IBD&reg;, -0,1 &plusmn; 0,9 DP, p = 0,03). &Eacute; importante ressaltar que, apesar da dura&ccedil;&atilde;o do tratamento n&atilde;o ter sido diferente entre os grupos, as crian&ccedil;as do grupo Modulen IBD&reg;, receberam uma maior oferta de calorias di&aacute;ria (f&oacute;rmula padr&atilde;o oferta mediana 2.100 kcal/dia [2000 a 2550] vs Modulen IBD&reg; 2.400 kcal/dia [2000 a 2550], p = 0,03). Para uma mediana de tratamento de 56 dias (42 a 56), representando um ciclo de tratamento, o custo estimado com a f&oacute;rmula padr&atilde;o foi de &pound; 460, enquanto o custo com Modulen IBD&reg; foi de &pound; 960, perfazendo uma diferen&ccedil;a m&eacute;dia de cerca de &pound; 500/paciente/ciclo. Em um ano, nos centros estudados, foram prescritos em torno de 24-25 ciclos, representando uma economia anual de &pound; 12.001 a &pound; 13.002 com o uso da f&oacute;rmula padr&atilde;o, ao inv&eacute;s do Modulen IBD&reg;, no tratamento da remiss&atilde;o de DC em crian&ccedil;as e adolescentes.</p>

<p style="text-align: justify;">Para tratamento de manuten&ccedil;&atilde;o, um estudo retrospectivo incluiu 28 crian&ccedil;as com DC (idade m&eacute;dia 13,1 &plusmn; 4,1 DP), que receberam o suplemento pleiteado, comparadas a 18&nbsp; (idade m&eacute;dia 12,71 &plusmn; 2,3 DP) que receberam um suplemento polim&eacute;rico padr&atilde;o n&atilde;o enriquecido com TGF-Beta2 e outras 18 (idade m&eacute;dia 13,3 &plusmn; 2 DP), que n&atilde;o receberam nenhum tipo de suplemento. Todas as crian&ccedil;as estavam em tratamento convencional e para os grupos que receberam suplemento nutricional, este tinha o objetivo de complementar uma dieta alimentar regular. Os dois grupos que receberam suplemento nutricional tiveram uma diminui&ccedil;&atilde;o na atividade da doen&ccedil;a (avaliada por um escore espec&iacute;fico), por&eacute;m os dois suplementos n&atilde;o demonstraram diferen&ccedil;as entre si (12). N&atilde;o houve diferen&ccedil;a entre os grupos para os par&acirc;metros antropom&eacute;tricos escore-z de peso, estatura e IMC, conforme idade. Apenas para aqueles que utilizaram Modulen IBD&reg;, foi identificado melhora significativa no IMC/I, quando a compara&ccedil;&atilde;o foi em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s medidas da linha de base (escore-z m&eacute;dio -1,3 &plusmn; 0,8 DP na linha de base vs. -0,7 &plusmn; 0,7 DP no seguimento mediano de 3,4 meses; p=0,01). Cabe ressaltar, que os resultados desse estudo devem ser vistos com extrema cautela, uma vez que se trata de um estudo observacional, retrospectivo, com um n&uacute;mero pequeno de pacientes, de diferentes centros e com uso de controles hist&oacute;ricos.</p>

<p style="text-align: justify;">Nesse contexto, outro estudo conduzido com 48 crian&ccedil;as com DC, que avaliou o efeito da suplementa&ccedil;&atilde;o parcial de Modulen IBD&reg;, na manuten&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o, demonstrou resultados semelhantes. Apenas 15 das 48 crian&ccedil;as que atingiram a remiss&atilde;o ap&oacute;s 8 semanas de EEN, mantiveram o uso parcial de Modulen IBD&reg;, por um per&iacute;odo mediano de 10,8 meses (varia&ccedil;&atilde;o de 4 a 14 meses). Ap&oacute;s 1 ano, a taxa de remiss&atilde;o foi maior no grupo que manteve o uso parcial de Modulen IBD&reg;, quando comparado aqueles que n&atilde;o fizeram uso de nenhum suplemento (60 vs. 15%, P=0,001). Novamente, este estudo deve ser visto com extrema cautela, por se tratar de um estudo retrospectivo, observacional e com tamanho amostral pequeno (n=48) (13).</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Anual</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">F&oacute;rmula para nutri&ccedil;&atilde;o enteral e oral, polim&eacute;rica, normocal&oacute;rica, normoproteica e hiperlip&iacute;dica, sem gl&uacute;ten, com alto teor de cloreto, zinco, molibd&ecirc;nio e vitaminas A, D, E, C e B6, enriquecida com TGF beta-2, para pacientes com Doen&ccedil;a de Crohn</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Lata de 400g</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">46&nbsp;</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 402,99</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 18.537,54</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Por tratar-se de um alimento, e n&atilde;o de um medicamento, a f&oacute;rmula nutricional pleiteada n&atilde;o est&aacute; sujeita a regula&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;o pela CMED, conforme Lei n&ordm; 10.742/2003. N&atilde;o foram recuperadas compras do item em busca realizada no Banco de Pre&ccedil;os em Sa&uacute;de e Painel de Pre&ccedil;os do Minist&eacute;rio do Planejamento. Apresenta-se, portanto, menor valor or&ccedil;ado pela parte, conforme documentos juntados aos autos processuais, considerando a posologia prescrita.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram localizados estudos de custo-efetividade desta tecnologia ou avalia&ccedil;&atilde;o de ag&ecirc;ncias nacionais ou internacionais.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">aumento da taxa de resposta da doen&ccedil;a e melhora em par&acirc;metros nutricionais, de maneira semelhante &agrave; alcan&ccedil;ada com suplementos nutricionais dispon&iacute;veis no SUS.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">As evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas dispon&iacute;veis, de que suplementos alimentares enriquecidos com TGF-B2 apresentam benef&iacute;cios sobre outros suplementos, s&atilde;o limitadas. Essa estrat&eacute;gia, quando utilizada como terapia de indu&ccedil;&atilde;o, parece acelerar a remiss&atilde;o da doen&ccedil;a, por&eacute;m este achado deriva de evid&ecirc;ncias de qualidade baixa, que tamb&eacute;m demonstram que este achado n&atilde;o se sustenta ao longo do tempo. Ademais, os estudos parecem apontar para uma equival&ecirc;ncia com outros suplementos n&atilde;o enriquecidos com TGF-B2.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Dessa forma, restam como alternativas o uso da f&oacute;rmula nutricionalmente completa, polim&eacute;rica, sem sacarose, isenta de lactose e gl&uacute;ten, normocal&oacute;rica, normoproteica, com ou sem fibras e com densidade cal&oacute;rica de 1,0 a 1,2 Kcal/ml OU suplemento alimentar em p&oacute;, enriquecido com vitaminas e minerais, com lactose e gl&uacute;ten, com ou sem sacarose, para adolescentes e adultos; ambos disponibilizados pelo Programa de Medicamentos Especiais da Secretaria Estadual de Sa&uacute;de do estado do Rio Grande do Sul (resolu&ccedil;&atilde;o N&ordm; 216/14 - CIB/RS).</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas da Doen&ccedil;a de Crohn. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2017/doenca-de-crohn-pcdt.pdf">https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2017/doenca-de-crohn-pcdt.pdf</a>&nbsp;&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">DeLegge, MH. Nutrition and dietary management for adults with inflammatory bowel. UpToDate. 2023. Dispon&iacute;vel em: . <a href="https://www.uptodate.com/contents/nutrition-and-dietary-management-for-adults-with-inflammatory-bowel-disease?search=pediatric%20crohn%27s%20disease&amp;topicRef=5866&amp;source=see_link">https://www.uptodate.com/contents/nutrition-and-dietary-management-for-adults-with-inflammatory-bowel-disease?search=pediatric%20crohn%27s%20disease&amp;topicRef=5866&amp;source=see_link</a>&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Setty M, Moran CJ, Bousvaros A. Clinical manifestations and complications of inflammatory bowel disease in children and adolescents. UpToDate. 2023. Dispon&iacute;vel em:&nbsp; https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations-and-complications-of-inflammatory-bowel-disease-in-children-and-adolescents?search=pediatric%20crohn%27s%20disease&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=4~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=4#&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Teitelbaum JE, Heyman MB, Hoppin AG. Growth failure and pubertal delay in children with inflammatory bowel disease. UpToDate. 2023. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.uptodate.com/contents/growth-failure-and-pubertal-delay-in-children-with-inflammatory-bowel-disease?search=pediatric%20crohn%27s%20disease&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=7~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=7">https://www.uptodate.com/contents/growth-failure-and-pubertal-delay-in-children-with-inflammatory-bowel-disease?search=pediatric%20crohn%27s%20disease&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=7~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=7</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Ashton JJ, Green Z, Young A, et al. Growth failure is rare in a contemporary cohort of paediatric inflammatory bowel disease patients. Acta Paediatr. 2021;110(1):326-334. doi:10.1111/apa.15383&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Bischoff SC, Escher J, H&eacute;buterne X, et al. ESPEN practical guideline: Clinical Nutrition in inflammatory bowel disease. Clin Nutr. 2020;39(3):632-653. doi:10.1016/j.clnu.2019.11.002</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">van Rheenen PF, Aloi M, Assa A, et al. The Medical Management of Paediatric Crohn&#39;s Disease: an ECCO-ESPGHAN Guideline Update [published online ahead of print, 2020 Oct 7]. J Crohns Colitis. 2020;jjaa161. doi:10.1093/ecco-jcc/jjaa161</p>
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	<li>
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	<li>
	<p style="text-align: justify;">Borrelli O, Cordischi L, Cirulli M, Paganelli M, Labalestra V, Uccini S, Russo PM, Cucchiara S. Polymeric diet alone versus corticosteroids in the treatment of active pediatric Crohn&#39;s disease: a randomized controlled open-label trial. Clin Gastroenterol Hepatol 2006, 4(6):744-53. doi: 10.1016/j.cgh.2006.03.010</p>
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	<li>
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	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Dawson R, Wands DIF, Logan M, et al. Comparing Effectiveness of a Generic Oral Nutritional Supplement With Specialized Formula in the Treatment of Active Pediatric Crohn&#39;s Disease. Inflamm Bowel Dis. 2022;28(12):1859-1864. doi:10.1093/ibd/izac039&nbsp;</p>
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	<p style="text-align: justify;">Hartman C, Berkowitz D, Weiss B, Shaoul R, Levine A, Adiv OE, Shapira R,&nbsp; Fradkin A, Wilschanski M, Tamir A, Shamir R. Nutritional supplementation with polymeric diet enriched with transforming growth factor-beta 2 for children with Crohn&#39;s disease. Isr Med Assoc J 2008, 10(7):503-7.&nbsp;</p>
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	<li>
	<p style="text-align: justify;">Duncan H, Buchanan E, Cardigan T, Garrick V, Curtis L, McGrogan P, Barclay A, Russell RK. A retrospective study showing maintenance treatment options for paediatric CD in the first year following diagnosis after induction of remission with EEN: supplemental enteral nutrition is better than nothing! BMC Gastroenterol. 2014 Mar 20;14:50. doi: 10.1186/1471-230X-14-50</p>
	</li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">A parte autora apresenta laudos m&eacute;dicos (Evento 1, EXMMED5, P&aacute;gina 1; EXMMED8, P&aacute;gina 3; Evento 15, LAUDO3, P&aacute;gina 1; LAUDO4, P&aacute;gina 1) atestando o diagn&oacute;stico de Doen&ccedil;a de Crohn (DC), corroborado pelo exame de colonoscopia, com hist&oacute;rico de falha terap&ecirc;utica ao uso de corticoide, exacerba&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, redu&ccedil;&atilde;o de peso e falha no crescimento. Entretanto, n&atilde;o &eacute; apresentada a curva de crescimento da parte, referente ao per&iacute;odo descrito de d&eacute;ficit no estado nutricional. Segundo o m&eacute;dico assistente, em mar&ccedil;o de 2023, a parte iniciou tratamento com o anti-fator de necrose tumoral (anti-TNF) adalimumabe, associado ao uso de f&oacute;rmula nutricional enriquecida com TGF-Beta2, resultando em um ganho de estatura (sem especifica&ccedil;&atilde;o de medidas) e de peso corporal de 4,5kg, em 7 meses. Neste contexto, &eacute; prescrito o uso de f&oacute;rmula nutricional polim&eacute;rica, normocal&oacute;rica, normoprot&eacute;ica e hiperlip&iacute;dica, com alto teor de vitaminas e minerais, enriquecida com TGF-Beta2 e sem gl&uacute;ten para pacientes com DC.&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A DC &eacute; uma doen&ccedil;a inflamat&oacute;ria intestinal de origem n&atilde;o conhecida e caracterizada pelo acometimento focal, assim&eacute;trico e transmural de qualquer por&ccedil;&atilde;o do tubo digestivo, da boca ao &acirc;nus. Apresenta-se sob tr&ecirc;s formas principais: inflamat&oacute;ria, fistulosa e fibroestenosante. Os segmentos do tubo digestivo mais acometidos s&atilde;o &iacute;leo, c&oacute;lon e regi&atilde;o perianal. A preval&ecirc;ncia e a incid&ecirc;ncia em pa&iacute;ses desenvolvidos situam-se em torno de 5:100.000 e 50:100.000 respectivamente. A DC cl&iacute;nica ou cirurgicamente incur&aacute;vel, e sua hist&oacute;ria natural &eacute; marcada por ativa&ccedil;&otilde;es e remiss&otilde;es (1).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Crian&ccedil;as e adolescentes com DC apresentam elevado risco nutricional, devido &agrave; presen&ccedil;a de sintomas como dor abdominal, diarreia e n&aacute;useas, que podem limitar a ingest&atilde;o alimentar e reduzir o apetite (2). A falha no crescimento e o atraso puberal s&atilde;o consideradas manifesta&ccedil;&otilde;es mais severas que acometem at&eacute; 30% das crian&ccedil;as e adolescentes com DC. Estas, de forma geral s&atilde;o secund&aacute;rias &agrave; desnutri&ccedil;&atilde;o, associada ao processo inflamat&oacute;rio e ao efeito dos glicocorticoides (3). Os principais mecanismos fisiol&oacute;gicos subjacentes destas manifesta&ccedil;&otilde;es s&atilde;o a inibi&ccedil;&atilde;o do fator de crescimento semelhante &agrave; insulina 1 (IGF-1) e a modula&ccedil;&atilde;o do horm&ocirc;nio de crescimento (GH), promovendo um quadro de resist&ecirc;ncia ao GH e ocasionando a interrup&ccedil;&atilde;o de processos metab&oacute;licos essenciais para o crescimento normal (4).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A falha no crescimento pode ser avaliada clinicamente por meio de diferentes par&acirc;metros, entretanto todos incluem medidas seriadas da altura. S&atilde;o admitidos como indicativo de falha: estatura abaixo de -2 desvios padr&otilde;es (DP) de escore-z, em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; m&eacute;dia observada para crian&ccedil;as da mesma idade e sexo; queda no percentil de estatura &gt; 0,3 DP ao ano; ganho de estatura &lt; 5 cent&iacute;metros (cm) ao ano ou diminui&ccedil;&atilde;o no ganho de estatura &ge; 2 cm em compara&ccedil;&atilde;o ao ano anterior, durante o in&iacute;cio da puberdade (3,5). O manejo da falha de crescimento envolve a otimiza&ccedil;&atilde;o da nutri&ccedil;&atilde;o, a supress&atilde;o da inflama&ccedil;&atilde;o (atrav&eacute;s do controle da doen&ccedil;a) e o adiamento no uso de terapias com glicocorticoides, al&eacute;m de monitoramento cont&iacute;nuo do crescimento e da progress&atilde;o puberal (3).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento cl&iacute;nico da DC &eacute; feito com aminossalicilatos, corticoster&oacute;ides, antibi&oacute;ticos e imunossupressores, e objetiva a indu&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o cl&iacute;nica, melhora da qualidade de vida e, ap&oacute;s, manuten&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o (1). Na doen&ccedil;a pedi&aacute;trica, o uso da nutri&ccedil;&atilde;o enteral exclusiva como primeira linha de tratamento para a indu&ccedil;&atilde;o da remiss&atilde;o, vem sendo preferido ao uso de corticosteroides, devido ao efeito delet&eacute;rio deste medicamento no crescimento e dos preju&iacute;zos da subnutri&ccedil;&atilde;o no desenvolvimento infanto-juvenil (6). O tratamento da DC &eacute; definido segundo a localiza&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, o grau de atividade e as complica&ccedil;&otilde;es. As op&ccedil;&otilde;es s&atilde;o individualizadas de acordo com a resposta sintom&aacute;tica e a toler&acirc;ncia ao tratamento. Sulfassalazina, mesalazina e antibi&oacute;ticos n&atilde;o t&ecirc;m a&ccedil;&atilde;o uniforme ao longo do trato gastrointestinal, enquanto corticoster&oacute;ides, imunossupressores e terapias anti-TNF parecem ter uma a&ccedil;&atilde;o mais constante em todos os segmentos gastrointestinais (1). N&atilde;o h&aacute; uma recomenda&ccedil;&atilde;o de dieta alimentar espec&iacute;fica na DC. Atualmente, preconiza-se o consumo de uma alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel, entretanto intoler&acirc;ncias individuais podem surgir, exigindo adapta&ccedil;&otilde;es alimentares. As mais comuns s&atilde;o: intoler&acirc;ncia &agrave; lactose e produtos l&aacute;cteos, alimentos fritos, promotores de gases ou ricos em fibras (6).&nbsp;</p>

Anexos

Nota Técnica 353726

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