Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
377010	Produto - Luvis gold, tomar 2x ao dia.	Não favorável	Finalizada em 17/07/2025 10:55:32	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 377010

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O produto está inserido no SUS? *

O produto está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">para a forma neovascular da DMRI h&aacute; tratamento farmacol&oacute;gico com agentes anti-angiog&ecirc;nicos e panfotocoagula&ccedil;&atilde;o a laser (1). N&atilde;o h&aacute; dispon&iacute;vel suplementos alimentares, que se assemelham &agrave; tecnologia pleiteada.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

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Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align:justify">Efetividade, efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a:&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">A lute&iacute;na e a zeaxantina s&atilde;o os principais componentes da tecnologia pleiteada, &agrave;s quais atribui-se a alega&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cio &agrave; sa&uacute;de. Ambas s&atilde;o consideradas caroten&oacute;ides, compostos com a&ccedil;&atilde;o antioxidantes, que comp&otilde;em o pigmento amarelo presente na m&aacute;cula. Esses caroten&oacute;ides participam da manuten&ccedil;&atilde;o da morfologia e fun&ccedil;&atilde;o macular, uma vez que reagem com os radicais livres produzidos no processo de absor&ccedil;&atilde;o da luz. Desta forma, assume-se que n&iacute;veis diet&eacute;ticos mais altos destes e de outros compostos antioxidantes podem desempenhar um papel na preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as oculares relacionadas &agrave; idade, como DMRI e catarata relacionada &agrave; idade (8,9).</p>

<p style="text-align:justify">Propondo-se a avaliar os efeitos da suplementa&ccedil;&atilde;o de antioxidantes na progress&atilde;o da DMRI, uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica (RS) com metan&aacute;lise da Cochrane Collaboration (10) reuniu cinco ensaios cl&iacute;nicos randomizados (ECRs), que compararam o uso de suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na com ou sem zeaxantina versus placebo. Foi admitido que os suplementos contivessem outras vitaminas e minerais com a&ccedil;&atilde;o antioxidante. Dos 5 ensaios, 3 admitiram somente volunt&aacute;rios com diagn&oacute;stico de degenera&ccedil;&atilde;o macular precoce, 1 reuniu indiv&iacute;duos em qualquer est&aacute;gio da doen&ccedil;a e apenas 1 ensaio incluiu participantes que estavam em risco de progress&atilde;o para DMRI avan&ccedil;ada. A dose di&aacute;ria de todos os estudos foi de 10 mg de lute&iacute;na e 2 destes consideraram doses adicionais di&aacute;rias de 20 mg. O tempo de acompanhamento variou de 6 meses a 5 anos. A partir dos resultados, an&aacute;lise de mais de 6.000 olhos, n&atilde;o foi poss&iacute;vel observar diferen&ccedil;a no risco de progress&atilde;o para DMRI tardia entre os grupos (raz&atilde;o de risco [RR] 0,94; IC95% 0,87 a 1,01), uma vez que o intervalo de confian&ccedil;a da estimativa de risco inclui o valor 1, representando a nulidade (n&atilde;o diferen&ccedil;a). O mesmo foi observado quando considerada progress&atilde;o para DMRI neovascular (RR 0,92; IC95% 0,84 a 1,02), atrofia geogr&aacute;fica (RR 0,92; IC95% 0,80 a 1,05) e perda visual de 15 ou mais letras (RR 0,98; IC95% 0,91 a 1,05).</p>

<p style="text-align:justify">Uma segunda RS com metan&aacute;lise (11), avaliou o efeito da suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na na densidade &oacute;ptica do pigmento macular (DOPM), medida associada, por alguns estudos, &agrave;s concentra&ccedil;&otilde;es do pigmento na m&aacute;cula e, considerada por estes, como um indicador de sa&uacute;de da retina. Foram inclu&iacute;dos 9 ECR, destes, 4 eram os mesmos inclu&iacute;dos na metan&aacute;lise descrita acima (10), totalizando 855 pacientes (920 olhos). Os participantes possu&iacute;am DMRI em diferentes est&aacute;gios da doen&ccedil;a: precoce, leve, moderado e avan&ccedil;ado. A maioria dos estudos considerou DMRI do tipo seco, enquanto apenas 1 estudo reuniu pacientes com DMRI exsudativa. Os pacientes foram acompanhados por per&iacute;odos curtos que variaram de 3 a 12 meses e apenas 1 estudo realizou acompanhamento por 24 meses. As doses di&aacute;rias de suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na foram de 10 mg a 20 mg, combinadas com outros antioxidantes (&aacute;cido docosahexaenoico [DHA], &aacute;cido eicosapentaenoico [EPA], zeaxantina, meso-zeaxantina e zinco) em 5 estudos, enquanto o grupo controle recebeu placebo. &Eacute; importante destacar que houve ampla variabilidade nos m&eacute;todos utilizados para determinar os n&iacute;veis de DOPM. Ao todo, 3 estudos utilizaram o m&eacute;todo fot&ocirc;metro de cintila&ccedil;&atilde;o heterocrom&aacute;tico, nem sempre reprodut&iacute;vel na pr&aacute;tica cl&iacute;nica, enquanto 1 estudo n&atilde;o relatou o m&eacute;todo utilizado para a aferi&ccedil;&atilde;o desse desfecho, fatos que caracterizam limita&ccedil;&otilde;es desta RS. Atrav&eacute;s da metan&aacute;lise global foi observado que a suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na esteve associada a maior DOPM (diferen&ccedil;a de m&eacute;dia [MD] 0,07; IC95% 0,03 a 0,10). Por&eacute;m, na an&aacute;lise estratificada por tempo, ap&oacute;s 1 ano de uso, a dose de 10 mg de lute&iacute;na demonstrou maior DOPM, quando comparado ao placebo (MD 0,06; IC95% 0,03 a 0,10), mas n&atilde;o quando o uso ocorreu por menos de 6 meses (MD 0,02; IC95% -0,01 a 0,04). Quando as doses di&aacute;rias foram de 20 mg, nos dois per&iacute;odos se observou maior DOPM (por menos de 6 meses: MD 0,05; IC95% 0,01 a 0,08 e ap&oacute;s 1 ano: MD 0,05; IC95% 0,02 a 0,08). Contudo, parece que uma maior DOPM n&atilde;o implica diretamente em melhora da acuidade visual. A metan&aacute;lise adicional realizada para este desfecho (acuidade visual) demonstrou que, independente da dose, a suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na por mais 1 ano n&atilde;o foi diferente do placebo (dose de 10 mg: MD 0,17; IC95% -0,09 a 0,42 e dose de 20 mg: MD 0,46; IC95% -0,06 a 0,98). A elevada varia&ccedil;&atilde;o nos est&aacute;gios da DMRI, diferen&ccedil;a de doses utilizadas e composi&ccedil;&atilde;o da suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na resultaram em alta heterogeneidade na metan&aacute;lise, comprometendo a generaliza&ccedil;&atilde;o de resultados.&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">O uso da lute&iacute;na s&eacute;rica como indicador de progress&atilde;o da doen&ccedil;a &eacute; explorado de forma menos expressiva na literatura cient&iacute;fica, sob a hip&oacute;tese de que n&iacute;veis mais elevados estariam relacionados ao risco reduzido de desenvolvimento e, consequentemente, &agrave; progress&atilde;o da DMRI. Uma metan&aacute;lise (12) avaliou 3 estudos caso-controle, 1 estudo piloto e 1 estudo de dose resposta, com objetivo de investigar essa rela&ccedil;&atilde;o em pacientes com DMRI. Foram inclu&iacute;dos 291 pacientes, com idades acima de 40 anos e em est&aacute;gios diferentes da doen&ccedil;a, relatados como precoce, presen&ccedil;a de drusas grandes ou avan&ccedil;adas. Em todos os estudos os n&iacute;veis sangu&iacute;neos de lute&iacute;na foram analisados por cromatografia l&iacute;quida de alto desempenho (HPLC). Nos estudos de interven&ccedil;&atilde;o (piloto e dose resposta), &agrave;s doses de suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na variaram entre 2,5 mg e 20 mg, administradas por per&iacute;odos entre 18 e 24 semanas. O resultado mostrou que n&atilde;o houve diferen&ccedil;a nos n&iacute;veis de lute&iacute;na s&eacute;rica entre pacientes com DMRI e controles (diferen&ccedil;a de m&eacute;dia ponderada [WMD]3 0,00; IC95% -0,01 a 0,00). A sumariza&ccedil;&atilde;o dos resultados de 4 ECR tamb&eacute;m foi realizada para investigar o efeito da suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na nos n&iacute;veis de DPOM de pacientes com DMRI. Os mesmos crit&eacute;rios de elegibilidade em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; idade e diagn&oacute;stico da doen&ccedil;a (est&aacute;gios diversos) foram considerados, resultando em 429 indiv&iacute;duos. As doses de suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na variaram de 10 mg a 20 mg, combinadas com 10 mg de zeaxantina em 1 dos estudos, ofertadas por per&iacute;odos de 3 meses a 2 anos. Paralelamente, os participantes do grupo controle receberam placebo. Os 4 ECR relataram 12 resultados, em diferentes publica&ccedil;&otilde;es, destas, muitas j&aacute; analisadas e relatadas pelas 2 metan&aacute;lises citadas anteriormente. Apesar do aumento significativo encontrado na DPOM entre o grupo suplementado com lute&iacute;na (WDP 0,07; IC95% 0,04 a 0,10) comparado ao placebo, a heterogeneidade entre os estudos tamb&eacute;m foi significativa (I2=52,2% P=0,018). Al&eacute;m disso, a diferen&ccedil;a entre os est&aacute;gios de DMRI nas amostras dos estudos, impossibilita novamente identificar o benef&iacute;cio em cada contexto cl&iacute;nico.</p>

<p style="text-align:justify">O estudo AREDS2 (Age-Related Eye Disease Study 2),&nbsp; um ensaio cl&iacute;nico randomizado, multic&ecirc;ntrico, duplo-cego e controlado por placebo, conduzido entre 2006 e 2012, teve o objetivo de avaliar se a adi&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na, zeaxantina e &aacute;cidos graxos &ocirc;mega-3 (DHA e EPA) &agrave; formula&ccedil;&atilde;o original do AREDS poderia reduzir o risco de progress&atilde;o para a degenera&ccedil;&atilde;o macular relacionada &agrave; idade (DMRI) avan&ccedil;ada. A formula&ccedil;&atilde;o original do AREDS j&aacute; havia demonstrado reduzir o risco de progress&atilde;o em 25% ao longo de 5 anos, utilizando antioxidantes (vitaminas C e E), beta-caroteno, zinco e cobre. O AREDS2 incluiu 4.203 participantes, com idades entre 50 e 85 anos, que apresentavam alto risco de progress&atilde;o para DMRI avan&ccedil;ada, definida pela presen&ccedil;a de drusas grandes em ambos os olhos ou DMRI avan&ccedil;ada em um olho e drusas grandes no outro. Os participantes foram randomizados para receber suplementa&ccedil;&atilde;o com lute&iacute;na e zeaxantina, DHA e EPA, uma combina&ccedil;&atilde;o de ambos, ou placebo (com a formula&ccedil;&atilde;o AREDS original ou varia&ccedil;&otilde;es dela, como a elimina&ccedil;&atilde;o de beta-caroteno ou redu&ccedil;&atilde;o da dose de zinco). Ap&oacute;s um seguimento mediano de 5 anos, os resultados demonstraram que a adi&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na, zeaxantina, DHA e EPA n&atilde;o reduziu significativamente o risco de progress&atilde;o para DMRI avan&ccedil;ada em compara&ccedil;&atilde;o ao placebo, com taxas de progress&atilde;o variando de 29% a 31% entre os grupos. Al&eacute;m disso, a elimina&ccedil;&atilde;o do beta-caroteno foi associada a uma menor incid&ecirc;ncia de c&acirc;ncer de pulm&atilde;o, particularmente em ex-fumantes, sugerindo que a lute&iacute;na e a zeaxantina poderiam ser substitutos mais seguros. A redu&ccedil;&atilde;o da dose de zinco tamb&eacute;m n&atilde;o teve impacto significativo na progress&atilde;o da DMRI. Apesar de n&atilde;o observar benef&iacute;cios adicionais na progress&atilde;o da DMRI, o estudo destacou a seguran&ccedil;a da substitui&ccedil;&atilde;o do beta-caroteno e a necessidade de investiga&ccedil;&otilde;es futuras para avaliar os efeitos dessas suplementa&ccedil;&otilde;es em popula&ccedil;&otilde;es com baixa ingest&atilde;o diet&eacute;tica desses nutrientes (13).</p>

<p style="text-align:justify">&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">Custo:&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Valor Total&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align:center">Suplemento alimentar &agrave; base de lute&iacute;na, zeaxantina, astaxantina, &ocirc;mega 3, vitaminas C, D, E, B2 e B6, cobre e zinco</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">Frasco 60 c&aacute;psulas</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">13</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 141,08</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align:center">R$ 1.834,04</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align:justify">*Or&ccedil;amentos datados de 19 de mar&ccedil;o de 2025 (Evento 1, INIC1, P&aacute;gina 2).</p>

<p style="text-align:justify">O suplemento alimentar pleiteado &eacute; produzido no Brasil pela Uni&atilde;o Qu&iacute;mica Farmac&ecirc;utica Nacional S/A. Trata-se de alimento, isento, portanto, de registro na ANVISA e n&atilde;o estando sujeito &agrave; regula&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;os, conforme Lei n&ordm; 10.742/2003. Dessa forma, n&atilde;o h&aacute; base oficial de valor que seja possível estimar o custo. Em consulta ao Banco de Pre&ccedil;os em Sa&uacute;de, em junho de 2025, n&atilde;o foram localizados registros de compras p&uacute;blicas, que tiveram como objeto o suplemento alimentar contendo lute&iacute;na, zeaxantina, astaxantina, &ocirc;mega 3, vitaminas C, D, E, B2 e B6, cobre e zinco. Por esse motivo, para estimar o custo de tratamento anual, considerou-se os or&ccedil;amentos de menor valor juntados aos autos pela parte autora, al&eacute;m dos dados de prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica (Evento 1, INIC1, P&aacute;gina 2).&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">N&atilde;o foram localizados estudos de custo-efetividade ou avalia&ccedil;&otilde;es de ag&ecirc;ncias nacionais ou internacionais sobre o uso da tecnologia pleiteada para o contexto em tela.&nbsp;</p>

<p style="text-align:justify">O National Institute for Health and Care Excellence (NICE), do governo brit&acirc;nico, em sua diretriz para o tratamento da DMRI (14), recomenda que pessoas com&nbsp; altera&ccedil;&otilde;es visuais (incluindo micropsia e metamorfopsia) sejam avaliadas por meio de exame de fundo de olho, como parte do exame ocular, e que o estadiamento da DMRI inicial e tardia (seca) seja realizado com exame biomicrosc&oacute;pico de fundo de olho com l&acirc;mpada de fenda. Nesses est&aacute;gios recomenda-se o monitoramento comunit&aacute;rio da condi&ccedil;&atilde;o. Tratamentos s&atilde;o previstos para pacientes com DMRI em est&aacute;gio tardio, ativo e exsudativo. A tecnologia pleiteada n&atilde;o integra as recomenda&ccedil;&otilde;es do NICE. A ag&ecirc;ncia tamb&eacute;m mencionou o estudo AREDS 2, que embora tenha mostrado alguns efeitos ben&eacute;ficos da suplementa&ccedil;&atilde;o combinada de antioxidantes em um subgrupo de participantes, os efeitos de cada componente da f&oacute;rmula na progress&atilde;o da DMRI n&atilde;o ficaram claros. Al&eacute;m disso, um dos ingredientes (beta-caroteno) da formula&ccedil;&atilde;o AREDS 2001 est&aacute; associado a um poss&iacute;vel risco de c&acirc;ncer de pulm&atilde;o entre fumantes. O grupo de pesquisa AREDS introduziu uma nova formula&ccedil;&atilde;o que excluiu o beta-caroteno no estudo AREDS2, mas o efeito da formula&ccedil;&atilde;o AREDS2 na progress&atilde;o da DMRI &eacute; desconhecido devido ao desenho complexo do estudo, que envolveu randomiza&ccedil;&atilde;o secund&aacute;ria e aus&ecirc;ncia de controle por placebo (15).</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">sugere algum incremento na densidade &oacute;ptica do pigmento macular, que n&atilde;o implica na melhora da acuidade visual.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">As evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas dispon&iacute;veis demonstram benef&iacute;cio incerto com o uso da tecnologia pleiteada, tanto para desfechos substitutos (densidade &oacute;ptica do pigmento macular; lute&iacute;na s&eacute;rica), quanto cl&iacute;nicos (acuidade visual), em pacientes com DMRI. Estes estudos re&uacute;nem, majoritariamente, amostras de pacientes com doen&ccedil;a em diferentes est&aacute;gios, tornando os achados limitados para embasar a pr&aacute;tica cl&iacute;nica. Al&eacute;m disso, a partir do resultado dos estudos, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel afirmar que algum incremento na densidade &oacute;ptica do pigmento macular, observada com a suplementa&ccedil;&atilde;o de lute&iacute;na e/ou zeaxantina, se traduza em real benef&iacute;cio cl&iacute;nico, a curto ou a longo prazo, como a melhora da acuidade visual.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Protocolo cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas da da Degenera&ccedil;&atilde;o Macular Relacionada com a Idade. 2022. Dispon&iacute;vel em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20221216_pcdt-dmri.pdf&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Degenera&ccedil;&atilde;o macular relacionada &agrave; idade. Revista da Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira. 2013, v. 59, n. 2, pp. 106-111. Dispon&iacute;vel em: &lt;https://doi.org/10.1016/j.ramb.2012.08.002&gt;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Schmidt-Erfurth U, Chong V, Loewenstein A, Larsen M, Souied E, Schlingemann R, Eldem B, Mon&eacute;s J, Richard G, Bandello F; European Society of Retina Specialists. Guidelines for the management of neovascular age-related macular degeneration by the European Society of Retina Specialists (EURETINA). Br J Ophthalmol. 2014 Sep;98(9):1144-67. doi: 10.1136/bjophthalmol-2014-305702.&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">American Academy of Ophthalmology Retina/Vitreous Panel. Preferred Practice Pattern Guidelines. Age Related Macular Degeneration PPP 2019. San Francisco: American Academy of Ophthalmology, 2015. Dispon&iacute;vel em: https://www.aao.org/preferred-practice-pattern/age-related-macular-degeneration-ppp</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Bressler NM. Age-Related Macular Degeneration Is the Leading Cause of Blindness. JAMA. 2004;291(15):1900&ndash;1901. doi:10.1001/jama.291.15.1900</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Solomon SD, Lindsley KB, Krzystolik MG, Vedula SS, Hawkins BS. Intravitreal Bevacizumab Versus Ranibizumab for Treatment of Neovascular Age-Related Macular Degeneration: Findings from a Cochrane Systematic Review. Ophthalmology. 2016;123(1):70-77.e1. doi:10.1016/j.ophtha.2015.09.002</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Cabral de Guimaraes TA, Daich Varela M, Georgiou M, Michaelides M. Treatments for dry age-related macular degeneration: therapeutic avenues, clinical trials and future directions. Br J Ophthalmol. 2022;106(3):297-304. doi:10.1136/bjophthalmol-2020-318452</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Bernstein PS, Li B, Vachali PP, et al. Lutein, zeaxanthin, and meso-zeaxanthin: The basic and clinical science underlying carotenoid-based nutritional interventions against ocular disease. Prog Retin Eye Res. 2016;50:34-66. doi:10.1016/j.preteyeres.2015.10.003</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Kijlstra A, Tian Y, Kelly ER, Berendschot TT. Lutein: more than just a filter for blue light. Prog Retin Eye Res. 2012;31(4):303-315. doi:10.1016/j.preteyeres.2012.03.002</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Evans JR, Lawrenson JG. Antioxidant vitamin and mineral supplements for slowing the progression of age-related macular degeneration. Cochrane Database Syst Rev. 2017;7(7):CD000254. doi:10.1002/14651858.CD000254.pub4&nbsp;&nbsp;&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Feng L, Nie K, Jiang H, Fan W. Effects of lutein supplementation in age-related macular degeneration. PLoS One. 2019;14(12):e0227048. doi:10.1371/journal.pone.0227048&nbsp;&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Liu Y, Ni M, Wu R, Yang Z, Zhu X, Chen J. The level and efficacy of lutein in patients with age-related macular degeneration: a comprehensive systematic review and meta-analysis. Ann Transl Med. 2022;10(6):299. doi:10.21037/atm-22-173</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Chew EY, Clemons TE, SanGiovanni JP, Danis RP, Ferris FL 3rd, Elman MJ, et al. Lutein, zeaxanthin, and omega-3 fatty acids for age-related macular degeneration: the Age-Related Eye Disease Study 2 (AREDS2) randomized clinical trial. JAMA. 2013 May 15;309(19):2005-15. doi:10.1001/jama.2013.4997.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">National Institute for Health and Care Excellence - NICE. Age-related macular degeneration. NICE guideline. Reference number: NG82. Published: 23 January 2018. Available in: https://www.nice.org.uk/guidance/ng82/chapter/Recommendations#non-pharmacological-management-of-amd&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">National Institute for Health and Care Excellence - NICE. Individual research recommendation details. NICE guideline. Recommendation ID NG82/1. Published: 31 January 2018. Available in: https://www.nice.org.uk/researchrecommendation/strategies-to-slow-the-progression-of-age-related-macular-degeneration-amd-what-is-the-effectiveness-of-antioxidant-and-zinc-supplements-on-amd-disease-progression-for-people-with-early-amd-at-high-risk-of-progression-in-the-context-of-a-randomised-contro</p>
	</li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">A parte autora &eacute; um paciente de 69 anos com hist&oacute;rico de descolamento de retina regmatog&ecirc;nico (DRR) no olho direito, tendo sido submetido a uma cirurgia de reparo de retina com sucesso. Durante a avalia&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica, foi identificado um defeito em janela no olho esquerdo, uma altera&ccedil;&atilde;o t&iacute;pica de degenera&ccedil;&atilde;o macular relacionada &agrave; idade (CID10 H35.3), conforme evidenciado por angiografia com fluoresce&iacute;na (Evento 32, OUT2, P&aacute;gina3). O diagn&oacute;stico foi corroborado por acompanhamento m&eacute;dico no Hospital Banco de Olhos, uma institui&ccedil;&atilde;o especializada em oftalmologia localizada no Rio Grande do Sul, onde a parte autora realiza acompanhamento h&aacute; tr&ecirc;s anos, apresentando perda progressiva de vis&atilde;o bilateral.</p>

<p style="text-align: justify;">O autor pleiteia o fornecimento do suplemento alimentar Luvis Gold, que cont&eacute;m lute&iacute;na, zeaxantina e &ocirc;mega 3, prescrito na dosagem de 2 c&aacute;psulas di&aacute;rias para uso cont&iacute;nuo (Evento 1, INIC 1,P&aacute;gina 1). Ele argumenta que n&atilde;o possui condi&ccedil;&otilde;es financeiras para arcar com o custo do suplemento, estimado em R$ 1.692,96 por ano, solicitando, portanto, a concess&atilde;o de tutela provis&oacute;ria de urg&ecirc;ncia para garantir o acesso ao tratamento necess&aacute;rio.</p>

<p style="text-align: justify;">A DMRI &eacute; uma doen&ccedil;a degenerativa que afeta a por&ccedil;&atilde;o central da retina (m&aacute;cula) (1,2). A forma seca da doen&ccedil;a manifesta-se pela forma&ccedil;&atilde;o de drusas e altera&ccedil;&otilde;es no epit&eacute;lio pigmentar da retina (EPR), podendo evoluir para um est&aacute;gio final denominado atrofia geogr&aacute;fica. J&aacute; a forma exsudativa, neovascular ou &uacute;mida, que acomete cerca de 10% dos pacientes com DMRI, &eacute; caracterizada pela forma&ccedil;&atilde;o de membrana neovascular, que leva a ocorr&ecirc;ncia de edema e hemorragia, sendo respons&aacute;vel por 90% dos casos de cegueira. Pacientes com acuidade de 20/200 (10% de vis&atilde;o) ou menos, apresentam baixa chance de recupera&ccedil;&atilde;o se n&atilde;o receberem o tratamento adequado (3,4).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Estudos internacionais apontam para incid&ecirc;ncia e preval&ecirc;ncia crescentes a partir dos 50 anos de idade, com cerca de 30% da popula&ccedil;&atilde;o acima de 75 anos apresentando algum est&aacute;gio dessa doen&ccedil;a (1-3). No Brasil, os estudos epidemiol&oacute;gicos realizados, ocorreram em popula&ccedil;&otilde;es pequenas e em centros de refer&ecirc;ncias para tratamento da doen&ccedil;a. A preval&ecirc;ncia estimada &eacute; de 2,7% em indiv&iacute;duos entre 70 e 79 anos e 10,33% em indiv&iacute;duos acima de 80 anos (1). Ap&oacute;s o in&iacute;cio da DMRI neovascular em um dos olhos, 15% das pessoas desenvolvem a doen&ccedil;a tamb&eacute;m no segundo olho (2).</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento da DMRI exsudativa est&aacute; baseado na aplica&ccedil;&atilde;o de f&aacute;rmacos na cavidade v&iacute;trea, que bloqueiam a atividade do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), inibindo a permeabilidade vascular e a angiog&ecirc;nese (3,5). A a&ccedil;&atilde;o dos f&aacute;rmacos dura cerca de 4 a 6 semanas, estabilizando a acuidade visual e, em aproximadamente de 1/3 dos casos, melhorando-a (6). Os resultados j&aacute; podem ser observados nos primeiros 30 dias, mas na maioria dos casos s&atilde;o necess&aacute;rias aplica&ccedil;&otilde;es cont&iacute;nuas, por tempo prolongado, para que haja controle da doen&ccedil;a (3).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Para a DMRI seca, o tratamento consiste na mudan&ccedil;a de estilo de vida, visando redu&ccedil;&atilde;o dos fatores de risco que contribuem para a evolu&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a. Paralelamente, &eacute; recomendado o monitoramento das manifesta&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas, atrav&eacute;s da realiza&ccedil;&atilde;o de exames peri&oacute;dicos, a fim de detectar precocemente a neovasculariza&ccedil;&atilde;o de cor&oacute;ide (CNV) e a degenera&ccedil;&atilde;o visual (4,7).</p>

Anexos

Nota Técnica 377010

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