Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
390725	Produto - tratamento endovascular com líquido embolizante não adesivo (Onyx 18, Squid 18 ou Phil 30%, mínimo 6 ml), além de acesso intracraniano Chaperon 6F (1 unidade) e microcateter compatível com DMSO e com	Não favorável	Finalizada em 18/08/2025 08:24:40	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 390725

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O produto está inserido no SUS? *

O produto está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">Descri&ccedil;&atilde;o e c&oacute;digo SIGTAP:</p>

<p style="text-align: justify;">Emboliza&ccedil;&atilde;o de f&iacute;stula arterio-venosa da cabe&ccedil;a e pesco&ccedil;o - c&oacute;digo 04.03.07.008-2 - procedimento neurointervencionista realizado com seda&ccedil;&atilde;o ou anestesia geral em paciente diagnosticado por m&eacute;todos de imagem pr&eacute; e p&oacute;s emboliza&ccedil;&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;">Microcirurgia para malforma&ccedil;&atilde;o arterio-venosa cerebral - c&oacute;digo 04.03.04.005-1 - procedimento neuromicrocir&uacute;rgico cerebral para o tratamento de malforma&ccedil;&atilde;o(&otilde;es) arterio-venosa(s).</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Brevemente, a emboliza&ccedil;&atilde;o de MAV consiste na oclus&atilde;o seletiva dos vasos nutridores da MAV por meio de t&eacute;cnica endovascular, realizada sob orienta&ccedil;&atilde;o por imagem, com o objetivo de reduzir o fluxo sangu&iacute;neo na les&atilde;o, facilitar a cirurgia subsequente ou, em casos selecionados, alcan&ccedil;ar controle definitivo da MAV (8). A escolha entre as t&eacute;cnicas depende de fatores como localiza&ccedil;&atilde;o anat&ocirc;mica, arquitetura vascular, acessibilidade endovascular, risco de complica&ccedil;&otilde;es e experi&ecirc;ncia do centro cir&uacute;rgico. S&atilde;o, frequentemente, utilizadas de forma combinada, como solicitado em processo.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Revis&atilde;o sistem&aacute;tica e metan&aacute;lise, publicada em 2021, comparou a efic&aacute;cia (oblitera&ccedil;&atilde;o completa) e seguran&ccedil;a (complica&ccedil;&otilde;es como AVC, morte, sangramento e d&eacute;ficit neurol&oacute;gico) entre os principais tratamentos&nbsp; (microcirurgia, cirurgia aberta, tratamento endovascular e radiocirurgia) de MAV (9). Foram identificados 28 estudos, incluindo 5.852 pacientes. A microcirurgia mostrou certa superioridade ao combinar maior probabilidade de cura (taxa de obliteração da MAV de 98%) com baixo risco de sangramento ou eventos adversos (AVC, morte ou d&eacute;ficits neurol&oacute;gicos de 2%). Ainda que a combina&ccedil;&atilde;o de t&eacute;cnicas (emboliza&ccedil;&atilde;o pr&eacute;via combinada a microcirurgia) n&atilde;o tenha sido o foco central deste estudo, artigos subsequentes sugerem benef&iacute;cio em casos complexos. Nessa linha, revis&atilde;o sistem&aacute;tica e meta-an&aacute;lise, publicada em 2025, avaliou a efic&aacute;cia de emboliza&ccedil;&atilde;o pr&eacute;-operat&oacute;ria associada &agrave; microcirurgia em compara&ccedil;&atilde;o &agrave; microcirurgia isolada no tratamento de MAV intracranianas (10). Foram identificados 43 estudos, totalizando 3.916 pacientes. Quando avaliados resultados gerais, n&atilde;o se identificou benef&iacute;cios e malef&iacute;cios no que tange depend&ecirc;ncia funcional, obliteraç&atilde;o angiogr&aacute;fica, complica&ccedil;ões hemorr&aacute;gicas e perda sangu&iacute;nea intraoperat&oacute;ria. Em contrapartida, depois de an&aacute;lise de subgrupos, percebeu-se que a combina&ccedil;&atilde;o de procedimentos pode oferecer vantagens para casos de alto grau (ou de maior fluxo). Nessas situa&ccedil;&otilde;es de maior gravidade, os dados foram inconclusivos (nas demais n&atilde;o houve diferen&ccedil;a estatisticamente significativa).</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Tratamento endovascular com l&iacute;quido embolizante n&atilde;o adesivo (onyx 18, squid 18 ou phil 30%, m&iacute;nimo 6ml), assim como acesso intracraniano chaperon 6F (1 unidade) e microcateter compat&iacute;vel com DMSO e com ponta destac&aacute;vel (Apollo)</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Tratamento endovascular com l&iacute;quido embolizante n&atilde;o adesivo ( squid 18, 1,5ml)&nbsp;</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">4</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$12.580,00</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$50.320,00&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Segundo or&ccedil;amento anexo ao processo (Evento 1, OUT17, P&aacute;gina 1).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Atualmente, n&atilde;o h&aacute; uma base de dados oficial que ofere&ccedil;a valores de refer&ecirc;ncia para o procedimento cir&uacute;rgico pleiteado. N&atilde;o foram anexados ao processo or&ccedil;amentos formais, nem estimativas de custo dos demais materiais.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Com a microcirurgia &eacute; esperado tratamento da MAV. N&atilde;o se espera, contudo, benef&iacute;cios da realiza&ccedil;&atilde;o de emboliza&ccedil;&atilde;o pr&eacute;via.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">No caso em tela, pelos dados dispon&iacute;veis em processo, temos paciente com f&iacute;stula arteriovenosa adquirida, associada a acidente vascular cerebral. A emboliza&ccedil;&atilde;o de f&iacute;stula arterio-venosa da cabe&ccedil;a e pesco&ccedil;o est&aacute; dispon&iacute;vel no SUS, e o acesso se d&aacute; atrav&eacute;s do pedido, regula&ccedil;&atilde;o e agendamento de consultas especializadas.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp; Apesar de avaliarmos o caso individual, entendemos que a conclus&atilde;o da avalia&ccedil;&atilde;o t&eacute;cnica deve alicer&ccedil;ar-se fundamentalmente na avalia&ccedil;&atilde;o de benef&iacute;cios a partir da literatura m&eacute;dica para pacientes de mesmo cen&aacute;rio cl&iacute;nico candidatos ao tratamento. Com base nos documentos anexos ao processo, compreende-se que a parte requer produtos n&atilde;o padronizados para emboliza&ccedil;&atilde;o, que n&atilde;o apresentam evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas claras quanto ao&nbsp; benef&iacute;cio para tratamento de f&iacute;stula arteriovenosa adquirida.</p>

<p style="text-align: justify;">Cumpre destacar ainda que n&atilde;o h&aacute; estimativa de custo completo do tratamento pleiteado. Ressaltamos a imprescindibilidade da considera&ccedil;&atilde;o deste aspecto, n&atilde;o s&oacute; na defini&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;tica de sa&uacute;de p&uacute;blica mas tamb&eacute;m em decis&otilde;es individuais, sob risco de inadvertidamente prover atendimento privilegiado, com recursos p&uacute;blicos extra&iacute;dos da coletividade - recursos p&uacute;blicos que, mesmo em pa&iacute;ses ricos, s&atilde;o finitos e possuem destina&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias espec&iacute;ficas com pouca margem de realoca&ccedil;&atilde;o, e cuja destina&ccedil;&atilde;o inadequada pode acarretar preju&iacute;zos &agrave; toda popula&ccedil;&atilde;o assistida pelo SUS.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UZ62Vy">1. Caplan LR. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate. 2020. Etiology, classification, and epidemiology of stroke. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/etiology-classification-and-epidemiology-of-stroke?search=stroke&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=3~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=3</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UZ62Vy">2. Feigin VL, Nichols E, Alam T, Bannick MS, Beghi E, Blake N, et al. Global, regional, and national burden of neurological disorders, 1990&ndash;2016: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2016. The Lancet Neurology. 2019;18(5):459&ndash;80.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UZ62Vy">3. Caplan LR. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate. 2020. Clinical diagnosis of stroke subtypes. Dispon&iacute;vel em: </a><a href="https://www.uptodate.com/contents/clinical-diagnosis-of-stroke-subtypes?search=stroke&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=4~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=4">https://www.uptodate.com/contents/clinical-diagnosis-of-stroke-subtypes?search=stroke&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=4~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=4</a></p>

<p style="text-align: justify;">4. <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UZ62Vy">Furie KL, Rost NS. UpToDate. Waltham, MA: UpToDate. 2020. Overview of secondary prevention of ischemic stroke. Dispon&iacute;vel em: </a><a href="https://www.uptodate.com/contents/overview-of-secondary-prevention-of-ischemic-stroke?search=stroke&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=5~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=5">https://www.uptodate.com/contents/overview-of-secondary-prevention-of-ischemic-stroke?search=stroke&amp;source=search_result&amp;selectedTitle=5~150&amp;usage_type=default&amp;display_rank=5</a></p>

<p style="text-align: justify;">5. Selim M, Kasner SE, Rabinstein A, et al. UpToDate: Spontaneous intracerebral hemorrhage: Secondary prevention and long-term prognosis. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/spontaneous-intracerebral-hemorrhage-secondary-prevention-and-long-term-prognosis</p>

<p style="text-align: justify;">6.Shortell CK, Geersen D. Peripheral arteriovenous malformations. UpToDate. Topic 15122. Version 9.0.</p>

<p style="text-align: justify;">7 . Musmar B, Adeeb N, Ansari J, Sharma P, Cuellar HH. Endovascular Management of Hemorrhagic Stroke. Biomedicines. 2022 Jan 4;10(1):100. doi: 10.3390/biomedicines10010100. PMID: 35052779; PMCID: PMC8772870.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">8. Solomon, R. A., &amp; Connolly Jr, E. S. (2017). Arteriovenous malformations of the brain. New England journal of medicine, 376(19), 1859-1866.</p>

<p style="text-align: justify;">9. Liu R, Zhan Y, Piao J, Yang Z, Wei Y, Liu P, Chen X, Jiang Y. Treatments of unruptured brain arteriovenous malformations: A systematic review and meta-analysis. Medicine (Baltimore). 2021 Jun 25;100(25):e26352. doi: 10.1097/MD.0000000000026352. PMID: 34160402; PMCID: PMC8238300.</p>

<p style="text-align: justify;">10. Raki C, Davies L, Lai LT. Microsurgery alone versus preoperative embolisation: A meta-analysis of outcomes in brain AVMs by Spetzler-Martin grade. J Clin Neurosci. 2025 Jun;136:111209. doi: 10.1016/j.jocn.2025.111209. Epub 2025 Apr 2. PMID: 40184823.</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">A parte autora apresenta documentos m&eacute;dicos ( Evento 1, LAUDO8, P&aacute;gina 1 e Evento 1, LAUDO8, P&aacute;gina 2) informando possuir f&iacute;stula arteriovenosa adquirida (CID: I77.0), associada a acidente vascular cerebral ocorrido em 2023. Relata emboliza&ccedil;&atilde;o de aneurisma relacionada a f&iacute;stula dural em 25/09/2023 e cirurgia de clipagem de f&iacute;stula arteriovenosa em 16/10/2023. Em 2024 foi observado recidiva da les&atilde;o por meio de angioresson&acirc;ncia magn&eacute;tica de cr&acirc;nio, complementada com angiografia cerebral com subtra&ccedil;&atilde;o digital evidenciando diversas f&iacute;stulas arteriovenosas indiretas por ramos men&iacute;ngeos da art&eacute;ria car&oacute;tida externa direita e da art&eacute;ria cerebral m&eacute;dia direita para veias corticais cerebrais (Trollard e Labb&eacute;). Foi relatado resolu&ccedil;&atilde;o parcial da les&atilde;o ap&oacute;s tentativa de emboliza&ccedil;&atilde;o por via endovascular com cola cir&uacute;rgica (cianoacrilato) em 18/10/24. Nesse contexto, pleiteia tratamento endovascular com l&iacute;quido embolizante n&atilde;o adesivo (onyx 18, squid 18 ou phil 30%, m&iacute;nimo 6ml), assim como acesso intracraniano chaperon 6F (1 unidade) e microcateter compat&iacute;vel com DMSO e com ponta destac&aacute;vel (Apollo).</p>

<p style="text-align: justify;">Em linhas gerais, o AVC pode ser classificado em duas categorias: hemorr&aacute;gico e isqu&ecirc;mico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?f4OSJ0">(1)</a>. Enquanto que o AVC hemorr&aacute;gico caracteriza-se pela presen&ccedil;a de sangramento encef&aacute;lico decorrente, por exemplo, de uma hemorragia intracraniana, o AVC isqu&ecirc;mico origina-se do suprimento sangu&iacute;neo insuficiente ao enc&eacute;falo, frequentemente causado por trombos ou &ecirc;mbolos. Trombos s&atilde;o co&aacute;gulos de sangue formados no interior das art&eacute;rias, por processos diversos, como arteriosclerose. O AVC &eacute; a principal causa de incapacidade e a segunda maior causa de mortalidade no mundo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?h2BXv9">(2,3)</a>. Ap&oacute;s um epis&oacute;dio de AVC, busca-se prevenir a ocorr&ecirc;ncia de por meio de estrat&eacute;gias de preven&ccedil;&atilde;o secund&aacute;ria. Controla-se, ent&atilde;o, fatores de risco atrav&eacute;s do tratamento adequado de diabetes mellitus, hipertens&atilde;o arterial sist&ecirc;mica e dislipidemia. Ademais, recomenda-se cessa&ccedil;&atilde;o de tabagismo e realiza&ccedil;&atilde;o de atividades f&iacute;sicas frequentes (4,5).</p>

<p style="text-align: justify;">As malforma&ccedil;&otilde;es arteriovenosas (AV) s&atilde;o anomalias gen&eacute;ticas raras da vasculatura resultantes de defeitos de desenvolvimento de origem arterial e venosa, mas sem hiperplasia de c&eacute;lulas endoteliais. As malforma&ccedil;&otilde;es AV envolvem conex&otilde;es fistulosas entre vasos arteriais e venosos e, como tal, s&atilde;o les&otilde;es de alto fluxo (fluxo r&aacute;pido). As malforma&ccedil;&otilde;es AV comumente afetam a cabe&ccedil;a e o pesco&ccedil;o, seguidos pelas extremidades superiores ou inferiores, mas podem afetar qualquer &oacute;rg&atilde;o (por exemplo, pulm&atilde;o, v&iacute;sceras) (6).</p>

<p style="text-align: justify;">Representando em torno de 10-15% de todas as malforma&ccedil;&otilde;es vasculares, as f&iacute;stulas arteriovenosas durais (FAVDs) s&atilde;o consideradas adquiridas, em sua grande maioria, ap&oacute;s trauma, cirurgia, estenose venosa ou trombose sinusal. J&aacute; as f&iacute;stulas arteriovenosas cerebrais (FAVCs) representam apenas 1,6&ndash;4,7% de todas as malforma&ccedil;&otilde;es AV cerebrais, podendo ser cong&ecirc;nitas ou decorrentes de trauma&nbsp; (7)</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento das malforma&ccedil;&otilde;es AV envolve uma combina&ccedil;&atilde;o de tratamentos conservadores, endovasculares e cir&uacute;rgicos realizados por uma equipe multidisciplinar. Pacientes assintom&aacute;ticos com malforma&ccedil;&otilde;es isoladas de extremidades podem ser observados com seguran&ccedil;a, com acompanhamento rigoroso e educa&ccedil;&atilde;o do paciente. O tratamento conservador inclui compress&atilde;o das extremidades, fisioterapia, possivelmente anticoagula&ccedil;&atilde;o e monitoramento cl&iacute;nico cont&iacute;nuo da extremidade. O tratamento de les&otilde;es sintom&aacute;ticas pode incluir uma combina&ccedil;&atilde;o de emboliza&ccedil;&atilde;o transarterial baseada em cateter, escleroterapia transcut&acirc;nea (uma vez eliminada a comunica&ccedil;&atilde;o entre a fonte arterial e o nidus) ou cirurgia. O objetivo do tratamento &eacute; o controle do desvio AV para reduzir os sintomas. Para malforma&ccedil;&otilde;es AV complexas ou difusas, o tratamento &eacute; frequentemente paliativo e orientado para objetivos e pode precisar ser repetido ao longo da vida do paciente para controlar a les&atilde;o. Os procedimentos de estadiamento podem ajudar a limitar os danos nos tecidos. As malforma&ccedil;&otilde;es AV podem ser tratadas eficazmente, mas raramente s&atilde;o curadas e &eacute; necess&aacute;ria monitoriza&ccedil;&atilde;o ao longo da vida (6).</p>

Anexos

Nota Técnica 390725

PDF Nota Técnica