Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
391935	Medicamento - AFLIBERCEPTE	Favorável	Finalizada em 20/08/2025 06:25:34	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 391935

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Aflibercepte 40mg/mL: 1x/Mês Por 6 Meses Intravítreo - 6 Ampolas

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">Ranibizumabe, bevacizumabe e panfotocoagula&ccedil;&atilde;o a laser.&nbsp;</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) &eacute; um potente indutor de mitose, promovendo neovasculariza&ccedil;&atilde;o e aumentando a permeabilidade vascular. Os medicamentos anti-VEGF impedem a liga&ccedil;&atilde;o do VEGF aos receptores endoteliais, o que diminui a neovasculariza&ccedil;&atilde;o e a permeabilidade vascular. Os tr&ecirc;s medicamentos dessa classe farmacol&oacute;gica (bevacizumabe, aflibercepte ranibizumabe) t&ecirc;m sido usados com sucesso para o tratamento de muitas doen&ccedil;as retinianas caracterizadas por aumento da permeabilidade vascular e/ou neoangiog&ecirc;nese, como degenera&ccedil;&atilde;o macular exsudativa relacionada &agrave; idade (DMRI), edema macular secund&aacute;rio &agrave; oclus&atilde;o da veia retiniana ou retinopatia diab&eacute;tica (RD), e RD proliferativa.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A terapia anti-VEGF ganhou popularidade &agrave; medida que resultados promissores foram relatados em muitos estudos conduzidos com bevacizumabe, ranibizumabe ou aflibercepte em pacientes com membranas neovasculares coroidais inflamat&oacute;rias. Entretanto, a maioria dos estudos s&atilde;o retrospectivos, n&atilde;o controlados, envolvendo pequenos tamanhos de amostra ou s&eacute;ries de casos.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em um ensaio cl&iacute;nico conduzido por Invernizzi et al. (6), os dados de resultados de 24 meses de inje&ccedil;&otilde;es de anti-VEGF em 82 olhos com iCNV causados por etiologias infecciosas e n&atilde;o infecciosas foram analisados retrospectivamente. A maioria dos pacientes tinha etiologia n&atilde;o infecciosa. Os pacientes foram divididos em 2 grupos de acordo com o regime de tratamento: grupo LOADING (olhos tratados com 3 inje&ccedil;&otilde;es de anti-VEGF mensais e depois Pro-re-Nata) e grupo PRN (Pro-re-Nata, olhos tratados com inje&ccedil;&otilde;es de anti-VEGF conforme a necessidade). Os pacientes receberam qualquer agente anti-VEGF como monoterapia [bevacizumab (61 olhos), ranibizumab (3 olhos) e aflibercepte (5 olhos)] ou terapia alternada (qualquer combina&ccedil;&atilde;o de anti-VEGF) (13 olhos). Os autores relataram que a acuidade visual melhorou significativamente em ambos os grupos durante o per&iacute;odo do estudo em compara&ccedil;&atilde;o com sua linha de base. No entanto, houve um n&uacute;mero m&eacute;dio de inje&ccedil;&otilde;es significativamente maior no grupo LOADING (4,5) do que no grupo PRN (2,5), mas a taxa de recorr&ecirc;ncia CNV foi a mesma.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em maio de 2021, ap&oacute;s parecer favor&aacute;vel da Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias (CONITEC), inst&acirc;ncia brasileira que assessora as decis&otilde;es de incorpora&ccedil;&atilde;o de tecnologias ao sistema p&uacute;blico de sa&uacute;de, foi publicada portaria de incorpora&ccedil;&atilde;o da tecnologia pleiteada em processo, pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de (7,8). Seguindo o rito de incorpora&ccedil;&atilde;o de tecnologias no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), o Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas da Degenera&ccedil;&atilde;o Macular Relacionada com a Idade (forma neovascular), publicado em 2022, incluiu os medicamentos anti-angiog&ecirc;nicos aflibercepte e ranibizumabe como alternativas terap&ecirc;uticas recomendadas para o tratamento da condi&ccedil;&atilde;o.</p>

<p style="text-align: justify;">Segundo o PCDT, estes f&aacute;rmacos s&atilde;o preconizados para pacientes com DMRI exsudativa, que tenham mais de 60 anos, com melhor AV corrigida igual ou superior a 20/400 e igual ou inferior a 20/30, que apresentam les&atilde;o neovascular sub ou justafoveal confirmada por angiografia fluoresce&iacute;nica ou OCT, com os seguintes achados: 1- &agrave; angiografia fluoresce&iacute;nica: forma&ccedil;&atilde;o neovascular cl&aacute;ssica ou oculta; 2- &agrave; OCT: les&atilde;o hiper-reflectiva sub-retiniana associada a l&iacute;quido sub ou intrarretiniano, ou descolamento do EPR (DEP) associado a l&iacute;quido sub ou intrarretiniano sem outra causa aparente, al&eacute;m de membrana neovascular oculta, ou les&atilde;o tipo RAP associada a l&iacute;quido sub ou intrarretiniano ou DEP. Pacientes com membranas extrafoveais devem ser tratados conforme o protocolo de tratamento por fotocoagula&ccedil;&atilde;o.</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total&nbsp;</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">AFLIBERCEPTE</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">40 MG/ML SOL INJ IVIT CT SER PREENC VD TRANS X 0,177 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">6</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 4.199,63</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 25.197,78</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">*Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) em Santa Catarina (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">O aflibercepte &eacute; comercializado pela empresa Bayer sob o nome comercial Eylia&reg; na forma farmac&ecirc;utica de solu&ccedil;&atilde;o para inje&ccedil;&atilde;o intrav&iacute;trea 40 mg/mL em seringa preenchida pronta para o uso. Ap&oacute;s consulta &agrave; tabela CMED em agosto de 2025 e com base na prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica juntada ao processo foi elaborada a tabela acima com o custo do tratamento pleiteado.</p>

<p style="text-align: justify;">Em sua an&aacute;lise econ&ocirc;mica, a CONITEC avaliou a custo-utilidade para projetar os ganhos em efic&aacute;cia e os custos relacionados ao tratamento num horizonte temporal de longo prazo (lifetime) (16). Os resultados demonstraram que para o tratamento de pacientes com DMRI o aflibercepte &eacute; capaz de ampliar os QALYs e aumentar os anos de vida sem cegueira salvos, por&eacute;m, esse benef&iacute;cio &eacute; acompanhado de um custo superior de tratamento quando comparado &agrave; fotocoagula&ccedil;&atilde;o a laser. Foi considerado que o impacto or&ccedil;ament&aacute;rio da incorpora&ccedil;&atilde;o do aflibercepte e do ranibizumabe seria de R$ 588.004,61 em cinco anos. As tecnologias foram consideradas com efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a equivalentes e de boa qualidade, com melhora da acuidade visual em pacientes com DMRI neovascular. A CONITEC deliberou pela incorpora&ccedil;&atilde;o de ambas tecnologias (16).</p>

<p style="text-align: justify;">Efetivando a incorpora&ccedil;&atilde;o do tratamento no SUS, foi publicada portaria que inclui o tratamento farmacol&oacute;gico do DMRI enquanto procedimento, na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, &Oacute;rteses, Pr&oacute;teses e Materiais Especiais do SUS, com compet&ecirc;ncia inicial de vig&ecirc;ncia em dezembro de 2021, atualizada em maio de 2022 (03.03.05.023-3 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DE DOEN&Ccedil;A DA RETINA) (9,10).&nbsp;</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Melhora da acuidade visual e controle da progress&atilde;o da doen&ccedil;a.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">O uso de medicamentos da classe dos anti-VEGF em pacientes com DMRI e caracter&iacute;sticas cl&iacute;nicas como a apresentada pela parte autora parece trazer benef&iacute;cios clinicamente significativos, como melhora da acuidade visual.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Ademais, a paciente j&aacute; realizou tentativa de tratamento com bevacizumabe (6 sess&otilde;es), dispon&iacute;vel em servi&ccedil;o especializado de oftalmologia SUS na institui&ccedil;&atilde;o a qual est&aacute; vinculada, sem sucesso.&nbsp;&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Finalmente, apesar do tratamento pleiteado estar incorporado ao SUS, o valor atribu&iacute;do a este &eacute; notoriamente insuficiente para custe&aacute;-lo, legitimando a n&atilde;o oferta do mesmo pelos servi&ccedil;os especializados sob a luz desta justificativa.&nbsp;</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Agarwal A, Invernizzi A, Singh RB, Foulsham W, Aggarwal K, Handa S, Agrawal R, Pavesio C, Gupta V. An update on inflammatory choroidal neovascularization: epidemiology, multimodal imaging, and management. J Ophthalmic Inflamm Infect. 2018 Sep 12;8(1):13.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">CONITEC. Ranibizumabe para tratamento de Edema Macular Diab&eacute;tico (EMD). 2020. Dispon&iacute;vel em: http://conitec.gov.br/images/Consultas/Relatorios/2020/20200921_Relatorio_Ranibizumabe_EMD_549.pdf</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">CONITEC. Aflibercepte para edema macular diab&eacute;tico. 2019. Dispon&iacute;vel em: http://conitec.gov.br/images/Relatorios/2019/Relatorio_Aflibercepte_EdemaMacularDiabetico.pdf</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Avery RL, Castellarin AA, Steinle NC, Dhoot DS, Pieramici DJ, See R, et al. Systemic Pharmacokinetics and Pharmacodynamics of Intravitreal Aflibercept, Bevacizumab, and Ranibizumab. Retina. 2017;37(10):1847&ndash;58.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Karti O, Ipek SC, Ates Y, Saatci AO. Inflammatory Choroidal Neovascular Membranes in Patients With Noninfectious Uveitis: The Place of Intravitreal Anti-VEGF Therapy. Med Hypothesis Discov Innov Ophthalmol. 2020 Summer;9(2):118-126.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Invernizzi A, Pichi F, Symes R, Zagora S, Agarwal AK, Nguyen P, Erba S, Xhepa A, De Simone L, Cimino L, Gillies MC, McCluskey PJ. Twenty-four-month outcomes of inflammatory choroidal neovascularisation treated with intravitreal anti-vascular endothelial growth factors: a comparison between two treatment regimens. Br J Ophthalmol. 2020 Aug;104(8):1052-1056.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Protocolo cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas da da Degenera&ccedil;&atilde;o Macular Relacionada com a Idade. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-04-pcdt-dmri.pdf">https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portal-portaria-conjunta-no-04-pcdt-dmri.pdf</a>&nbsp;&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Degenera&ccedil;&atilde;o macular relacionada &agrave; idade. Revista da Associa&ccedil;&atilde;o M&eacute;dica Brasileira. 2013, v. 59, n. 2, pp. 106-111. Dispon&iacute;vel em: &lt;https://doi.org/10.1016/j.ramb.2012.08.002&gt;.&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Schmidt-Erfurth U, Chong V, Loewenstein A, Larsen M, Souied E, Schlingemann R, Eldem B, Mon&eacute;s J, Richard G, Bandello F; European Society of Retina Specialists. Guidelines for the management of neovascular age-related macular degeneration by the European Society of Retina Specialists (EURETINA). Br J Ophthalmol. 2014 Sep;98(9):1144-67. doi: 10.1136/bjophthalmol-2014-305702.&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">American Academy of Ophthalmology Retina/Vitreous Panel. Preferred Practice Pattern Guidelines. Age Related Macular Degeneration PPP 2019. San Francisco: American Academy of Ophthalmology, 2015. Dispon&iacute;vel em: https://www.aao.org/preferred-practice-pattern/age-related-macular-degeneration-ppp&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Bressler NM. Age-Related Macular Degeneration Is the Leading Cause of Blindness. JAMA. 2004;291(15):1900&ndash;1901. doi:10.1001/jama.291.15.1900</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Solomon SD, Lindsley KB, Krzystolik MG, Vedula SS, Hawkins BS. Intravitreal Bevacizumab Versus Ranibizumab for Treatment of Neovascular Age-Related Macular Degeneration: Findings from a Cochrane Systematic Review. Ophthalmology. 2016 Jan;123(1):70-77.e1.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">BRASIL. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Secretaria de Ci&ecirc;ncia, Tecnologia, Inova&ccedil;&atilde;o e Insumos Estrat&eacute;gicos em Sa&uacute;de. Portaria n&deg; 18, de 7 de maio de 2021. Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o, n&ordm; 86, se&ccedil;&atilde;o 1. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2021/20210510_portaria_18.pdf">https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2021/20210510_portaria_18.pdf</a>&nbsp;</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">BRASIL. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Gabinete do Ministro. Portaria n&ordm; 3.611, de 15 de dezembro de 2021. Inclui procedimento e altera atributos de procedimentos na Tabela de Procedimentos, Medicamentos, &Oacute;rteses, Pr&oacute;teses e Materiais Especiais do SUS. Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o, n&ordm; 239, se&ccedil;&atilde;o 1, 21 de dezembro de 2021.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">BRASIL. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Gabinete do Ministro. Portaria n&ordm; 638, de 28 de mar&ccedil;o de 2022. Altera atributos de procedimentos e exclui procedimento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos, &Oacute;rteses, Pr&oacute;teses e Materiais Especiais do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de - SUS. Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o, n&ordm; 60, se&ccedil;&atilde;o 1, p&aacute;gina 121, 29 de mar&ccedil;o de 2022.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Di&aacute;rio Oficial da Uni&atilde;o. PORTARIA SCTIE/MS No 18, DE 7 DE MAIO DE 2021 - Torna p&uacute;blica a decis&atilde;o de&nbsp; incorporar, no &acirc;mbito do Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de - SUS, o aflibercepte e ranibizumabe para tratamento de Degenera&ccedil;&atilde;o Macular Relacionada &agrave; Idade (DMRI) neovascular em pacientes acima de 60 anos conforme Protocolo do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de e Assist&ecirc;ncia Oftalmol&oacute;gica no SUS. [Internet]. 2021&nbsp;</p>
	</li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Segundo laudos m&eacute;dicos anexados ao processo (Evento 1, OUT7 e Evento 1, OUT9) a parte autora, com 89 anos de idade, em tratamento no Hospital de Cl&iacute;nicas de Porto Alegre (HCPA), apresenta cegueira em olho esquerdo e vis&atilde;o subnormal em olho direito. Em olho com vis&atilde;o remanescente, apresenta quadro t&iacute;pico de degenera&ccedil;&atilde;o da m&aacute;cula e p&oacute;lo posterior. No momento, apresenta acuidade visual 20/50 e conta dedos junto ao rosto nos respectivos olho direito e esquerdo. Como comorbidades, apresenta hipertens&atilde;o e diabetes. Foi anexado documento (Evento 1, OUT9) referindo tomografia de coer&ecirc;ncia &oacute;ptica (OCT) realizada em janeiro/2025, em que consta irregularidade de retina externa, com descolamento do epit&eacute;lio pigmentar em regi&atilde;o foveal e &aacute;rea de atrofia do epit&eacute;lio pigmentar da retina, al&eacute;m de &aacute;rea sugestiva de membrana neovascular subretiniana com extravasamento em atividade na regi&atilde;o da f&oacute;vea sem, no entanto, especificar em qual olho. Em outro documento (Evento 39, EXMMED2), constam imagens de OCT de abril/2025 realizada em olho direito com laudo de degenera&ccedil;&atilde;o macular com presen&ccedil;a de membrana neovascular sub epit&eacute;lio pigmentar da retina, com manuten&ccedil;&atilde;o de fluido intra retiniano. Realizou tentativas de tratamento com bevacizumabe (6 sess&otilde;es), sem boa resposta. Pleiteia provimento jurisdicional de aflibercepte para aplica&ccedil;&atilde;o em olho direito.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Em documento (Evento 15, OFIC1), o HCPA informa que o fornecimento do medicamento aflibercepte n&atilde;o &eacute; contratualizado. A contratualiza&ccedil;&atilde;o refere-se ao tratamento medicamentoso de doen&ccedil;a da retina (procedimento 03.03.05.023-3), com remunera&ccedil;&atilde;o de R$ 627,28, sendo o tratamento com aflibercepte, segundo tabela CMED, com valor muitas vezes superior a este. O tratamento medicamentoso para doen&ccedil;a da retina no HCPA coberto pelo SUS &eacute; com o medicamento bevacizumabe.</p>

<p style="text-align: justify;">A degenera&ccedil;&atilde;o macular relacionada &agrave; idade (DMRI) &eacute; uma doen&ccedil;a degenerativa que afeta a por&ccedil;&atilde;o central da retina (m&aacute;cula) (1,2). Cerca de 10% dos pacientes acometidos por DMRI apresentam a forma exsudativa, tamb&eacute;m chamada de &uacute;mida ou neovascular, caracterizada pela forma&ccedil;&atilde;o de m&uacute;ltiplos neovasos (angiog&ecirc;nese), que juntos remetem ao formato de uma membrana e levam a ocorr&ecirc;ncia de edema e hemorragia, sendo respons&aacute;vel por 90% dos casos de cegueira (3,4). Pacientes com acuidade de 20/200 (10% de vis&atilde;o) ou menos, apresentam baixa chance de recupera&ccedil;&atilde;o se n&atilde;o receberem o tratamento adequado. Estudos internacionais apontam para incid&ecirc;ncia e preval&ecirc;ncia crescentes em indiv&iacute;duos maiores de 50 anos de idade, com cerca de 30% da popula&ccedil;&atilde;o acima de 75 anos apresentando algum est&aacute;gio dessa doen&ccedil;a (1-3). No Brasil, os estudos epidemiol&oacute;gicos realizados, ocorreram em popula&ccedil;&otilde;es pequenas e em centros de refer&ecirc;ncias para tratamento da doen&ccedil;a. A preval&ecirc;ncia estimada &eacute; de 2,7% em indiv&iacute;duos entre 70 e 79 anos e 10,33% em indiv&iacute;duos acima de 80 anos (1). Ap&oacute;s o in&iacute;cio da DMRI neovascular em um dos olhos, 15% das pessoas desenvolvem a doen&ccedil;a tamb&eacute;m no segundo olho (2).</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento est&aacute; baseado na aplica&ccedil;&atilde;o de f&aacute;rmacos na cavidade v&iacute;trea que bloqueiam a atividade do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF), inibindo a permeabilidade vascular e a angiog&ecirc;nese (3,5). A a&ccedil;&atilde;o dos f&aacute;rmacos dura em torno de 4 a 6 semanas, estabilizando a acuidade visual e, em cerca de 1/3 dos casos, melhorando-a (6). Os resultados j&aacute; podem ser observados nos primeiros 30 dias, mas na maioria dos casos s&atilde;o necess&aacute;rias aplica&ccedil;&otilde;es cont&iacute;nuas por longo tempo para que haja controle da doen&ccedil;a (3). O medicamento aflibercepte pleiteado no processo faz parte dessa classe de f&aacute;rmacos.</p>

Anexos

Nota Técnica 391935

PDF Nota Técnica