Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
402967-A	Medicamento - RITUXIMABE	Não favorável	Finalizada em 12/09/2025 12:05:04	Ver Nota
402967-B	Medicamento - VENETOCLAX	Não favorável	Finalizada em 12/09/2025 12:12:53	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

USO ENDOVENOSO:
1) Rituximabe 500 mg/ml
Primeiro ciclo: 375 mg/m2-2 ampolas
Segundo a sexto ciclo 500 mg/m2 - 10 ampolas
6 ciclos mensais. total de 12 ampolas

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">&nbsp;Est&atilde;o dispon&iacute;veis no SUS esquemas com f&aacute;rmacos citot&oacute;xicos. Al&eacute;m disso, o tratamento de suporte (paliativo) tamb&eacute;m pode ser considerado uma alternativa dispon&iacute;vel.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">O rituximabe &eacute; um anticorpo monoclonal geneticamente modificado para reconhecer o ant&iacute;geno CD20, presente nas c&eacute;lulas B, cuja prolifera&ccedil;&atilde;o encontra-se alterada na LLC. A liga&ccedil;&atilde;o do rituximabe ao ant&iacute;geno CD20 dos linf&oacute;citos B desencadeia a apoptose (morte) dos linf&oacute;citos B <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?mQn6Nj">(7)</a>. Por sua vez, o venetoclax &eacute; um inibidor oral, seletivo, da prote&iacute;na BCL-2. Esta prote&iacute;na impede o processo natural de morte das c&eacute;lulas do c&acirc;ncer, ou processo de autodestrui&ccedil;&atilde;o, chamado de apoptose, e est&aacute; patologicamente superexpressa, sendo fundamental para a sobreviv&ecirc;ncia das c&eacute;lulas de LLC (5).</p>

<p style="text-align: justify;">A principal evid&ecirc;ncia da associa&ccedil;&atilde;o destes dois f&aacute;rmacos veio do estudo MURANO (n=389), um ensaio cl&iacute;nico controlado randomizado de fase III multic&ecirc;ntrico, aberto, paralelo (8). Esse estudo incluiu pacientes com 18 anos ou mais com LLC recidivante ou refrat&aacute;ria e comparou venetoclax mais rituximabe (n=194) com bendamustina mais rituximabe (n=195). Os pacientes tamb&eacute;m precisavam apresentar um status de desempenho do Eastern Cooperative Oncology Group (ECOG) de 0 ou 1, e fun&ccedil;&atilde;o de medula &oacute;ssea, renal e hep&aacute;tica adequadas. Os pacientes recebiam venetoclax por at&eacute; 2 anos (a partir do dia 1 do ciclo 1) mais rituximabe pelos primeiros 6 meses (grupo venetoclax-rituximabe) ou bendamustina mais rituximabe por 6 meses (grupo bendamustina-rituximabe). O desfecho prim&aacute;rio foi a sobrevida livre de progress&atilde;o avaliada pelo investigador.</p>

<p style="text-align: justify;">Ap&oacute;s uma mediana de acompanhamento de 23,8 meses, a taxa de sobrevida livre de progress&atilde;o foi significativamente maior no grupo venetoclax-rituximabe (32 eventos de progress&atilde;o ou morte em 194 pacientes) do que no grupo bendamustina-rituximabe (114 eventos em 195 pacientes); as taxas de sobrevida livre de progress&atilde;o em 2 anos foram de 84,9% e 36,3%, respectivamente (raz&atilde;o de risco para progress&atilde;o ou morte, 0,17; intervalo de confian&ccedil;a de 95% [IC95%] de 0,11 a 0,25; P&lt;0,001). Este benef&iacute;cio foi confirmado por uma avalia&ccedil;&atilde;o de comit&ecirc; de revis&atilde;o independente de sobrevida livre de progress&atilde;o e outros desfechos de efic&aacute;cia secund&aacute;rios. A taxa de sobrevida geral tamb&eacute;m foi maior no grupo venetoclax-rituximabe do que no grupo bendamustina-rituximabe, com taxas de 24 meses de 91,9% e 86,6%, respectivamente (raz&atilde;o de risco, 0,48; IC95% de 0,25 a 0,90). A taxa de neutropenia de grau 3 ou 4 foi maior no grupo de venetoclax-rituximabe do que no grupo de bendamustina-rituximabe, mas as taxas de neutropenia febril de grau 3 ou 4 e infec&ccedil;&otilde;es foram menores com venetoclax do que com bendamustina.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">VENETOCLAX 20mg</p>

			<p style="text-align: center;">(semana 1)</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">10 MG COM REV CT BL AL PLAS TRANS X 14</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">01</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 437,41</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 437,41</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">VENETOCLAX 50 mg (semana 2)</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">50 MG COM REV CT BL AL PLAS TRANS X 7</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">01</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$1.093,21</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$1.093,21</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">VENETOCLAX&nbsp; 100mg (semana</p>

			<p style="text-align: center;">&nbsp;3 a 5)</p>
			</td>
			<td rowspan="2">
			<p style="text-align: center;">100 MG COM REV CT FR PLAS OPC X 120</p>
			</td>
			<td rowspan="2">
			<p style="text-align: center;">24</p>
			</td>
			<td rowspan="2">
			<p style="text-align: center;">R$ 37.485,89</p>
			</td>
			<td rowspan="2">
			<p style="text-align: center;">R$ 899.661,36</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">VENETOCLAX</p>

			<p style="text-align: center;">(manuten&ccedil;&atilde;o)</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">RITUXIMABE (primeiro ciclo)</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">10 MG/ML SOL DIL INFUS IV CT 1 FA VD TRANS X 50 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">02</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 8.938,47</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 17.876,94</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">RITUXIMABE (segundo ao sexto ciclo)</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">10 MG/ML SOL DIL INFUS IV CT 1 FA VD TRANS X 50 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">10</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 8938,47</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 89.384,70</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td colspan="4">
			<p style="text-align: center;">TOTAL</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 1.008.453,62</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">O venetoclax &eacute; produzido pela empresa Abbvie Farmac&ecirc;utica Ltda sob o nome comercial Venclexta&reg; na forma farmac&ecirc;utica de comprimidos revestidos de 10, 50 e 100 mg. O rituximabe &eacute; produzido por diversas companhias farmac&ecirc;uticas. Por meio de consulta a tabela CMED, realizada em setembro de 2025, e com base na prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica informada no processo, foi elaborada a tabela acima.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o localizamos an&aacute;lises econ&ocirc;micas desta tecnologia neste cen&aacute;rio cl&iacute;nico para a realidade brasileira.</p>

<p style="text-align: justify;">O relat&oacute;rio do National Institute for Health and Care Excellence (NICE) do sistema de sa&uacute;de do Reino Unido recomenda o tratamento com venetoclax associado a rituximabe como uma op&ccedil;&atilde;o para o tratamento da LLC em adultos com pelo menos um tratamento anterior (9). As estimativas das an&aacute;lises de custo-efetividade foram feitas comparando este esquema terap&ecirc;utico com ibrutinibe e demonstraram que a associa&ccedil;&atilde;o &eacute; custo-efetiva naquele sistema de sa&uacute;de, em compara&ccedil;&atilde;o com o ibrutinibe. Apesar disso, a incorpora&ccedil;&atilde;o do tratamento foi recomendada apenas se a empresa fornecesse acordo comercial. Na Esc&oacute;cia, o Scottish Medicines Consortium (SMC) apresentou um relat&oacute;rio semelhante (10).</p>

<p style="text-align: justify;">A Canada&acute;s Drugs Agency (CDA) do Canadá divulgou relat&oacute;rios sobre o uso de com venetoclax associado a rituximabe na LLC refrat&aacute;rio ou recidivado e concluiu pelo benef&iacute;cio do tratamento, por&eacute;m, devido aos pre&ccedil;os praticados essa n&atilde;o &eacute; uma alternativa custo-efetiva para o sistema de sa&uacute;de daquele pa&iacute;s (11). Dessa forma, o CDA s&oacute; recomendou o reembolso desse tratamento ap&oacute;s uma redu&ccedil;&atilde;o substancial do pre&ccedil;o para melhorar a rela&ccedil;&atilde;o custo-benef&iacute;cio a um n&iacute;vel aceit&aacute;vel.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Aumento 48,6% na taxa de sobrevida livre de progress&atilde;o em 2 anos e aumento de 5,3% na taxa de sobrevida global no mesmo per&iacute;odo em rela&ccedil;&atilde;o ao tratamento com bendamustina e rituximabe.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">A parte autora pleiteia receber venetoclax associado a rituximabe para o tratamento de terceira linha da LLC. Existe um ensaio cl&iacute;nico randomizado controlado por terapia ativa (bendamustina mais rituximabe) demonstrando maior sobrevida livre de progress&atilde;o e sobrevida global em pacientes com LLC recidivante ou refrat&aacute;ria, por&eacute;m n&atilde;o &eacute; semelhante ao caso em tela.</p>

<p style="text-align: justify;">Em rela&ccedil;&atilde;o ao custo da tecnologia, &eacute; razo&aacute;vel estimar que o esquema terap&ecirc;utico pleiteado apresente um perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel para a realidade brasileira - ou seja, o benef&iacute;cio ganho com a sua incorpora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ultrapassa o benef&iacute;cio perdido pelo deslocamento de outras interven&ccedil;&otilde;es em sa&uacute;de que n&atilde;o mais poderiam ser adquiridas com o mesmo investimento, perfazendo portanto mau uso dos recursos dispon&iacute;veis ao sistema. Ag&ecirc;ncias de avalia&ccedil;&atilde;o de tecnologias de outros pa&iacute;ses n&atilde;o recomendaram a incorpora&ccedil;&atilde;o do tratamento em seus sistemas, ou apenas o fizeram ap&oacute;s acordo de redu&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;o. O impacto or&ccedil;ament&aacute;rio da terapia pleiteada, mesmo em decis&atilde;o isolada, &eacute; elevado, com potencial de comprometimento de recursos p&uacute;blicos extra&iacute;dos da coletividade - recursos p&uacute;blicos que s&atilde;o escassos e que possuem destina&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias com pouca margem de realoca&ccedil;&atilde;o, e cujo uso inadequado pode acarretar preju&iacute;zos a toda a popula&ccedil;&atilde;o assistida pelo SUS.</p>

<p style="text-align: justify;">Compreende-se o desejo do paciente e da equipe assistente de buscar tratamento para uma doen&ccedil;a cuja expectativa de vida &eacute; muito baixa na situa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica apresentada. No entanto, frente ao modesto benef&iacute;cio incremental estimado; &agrave; estimativa de perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel; ao alto impacto or&ccedil;ament&aacute;rio mesmo em decis&atilde;o isolada; e na aus&ecirc;ncia de avalia&ccedil;&atilde;o pela Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de, entendemos que se imp&otilde;e o presente parecer desfavor&aacute;vel.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?aOgawU">1. Tees MT, Flinn IW. Chronic lymphocytic leukemia and small lymphocytic lymphoma: two faces of the same disease. Expert Rev Hematol. 2017;10(2):137&ndash;46.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?aOgawU">2. Rozman C, Montserrat E. Chronic lymphocytic leukemia. N Engl J Med. 1995;333(16):1052&ndash;7.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?aOgawU">3. Marti GE, Faguet G, Bertin P, Agee J, Washington G, Ruiz S, et al. CD20 and CD5 expression in B‐chronic lymphocytic leukemia. Ann N Y Acad Sci. 1992;651(1):480&ndash;3.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?aOgawU">4. Tsang M, Parikh SA. A concise review of autoimmune cytopenias in chronic lymphocytic leukemia. Curr Hematol Malig Rep. 2017;12(1):29&ndash;38.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?aOgawU">5. </a>Rai KR, Stilgenbauer S. Treatment of relapsed or refractory chronic lymphocytic leukemia. UpToDate 2020 [Acesso em 06/05/2020]. Dispon&iacute;vel em <a href="https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-relapsed-or-refractory-chronic-lymphocytic-leukemia">https://www.uptodate.com/contents/treatment-of-relapsed-or-refractory-chronic-lymphocytic-leukemia</a></p>

<p style="text-align: justify;">6. St&auml;dler N, Shang A, Bosch F, Briggs A, Goede V, Berthier A, et al. A systematic review and network meta-analysis to evaluate the comparative efficacy of interventions for unfit patients with chronic lymphocytic leukemia. Adv Ther. 2016;33(10):1814&ndash;30.</p>

<p style="text-align: justify;">7. Abdulla NE, Ninan MJ, Markowitz AB. Rituximab. BioDrugs. 2012;26(2):71&ndash;82.</p>

<p style="text-align: justify;">8. Seymour JF, Kipps TJ, Eichhorst B, et al. Venetoclax-Rituximab in Relapsed or Refractory Chronic Lymphocytic Leukemia. N Engl J Med. 2018;378(12):1107.</p>

<p style="text-align: justify;">9. National Institute for Health and Care Excellence (NICE).Venetoclax with rituximab for previously treated chronic lymphocytic leukaemia. Technology appraisal guidance [TA561]. Published date: 27 February 2019. Dispon&iacute;vel em: <a href="https://www.nice.org.uk/guidance/ta561/chapter/1-Recommendations">https://www.nice.org.uk/guidance/ta561/chapter/1-Recommendations</a></p>

<p style="text-align: justify;">10. 6. Scottish Medicines Consortium (SMC). Dispon&iacute;vel em <a href="https://www.scottishmedicines.org.uk/medicines-advice/venetoclax-venclyxto-full-smc2166/">https://www.scottishmedicines.org.uk/medicines-advice/venetoclax-venclyxto-full-smc2166/</a>&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">11. Canada&acute;s Drugs Agency&nbsp; (CDA). Venclexta in combo Rituximab for Chronic Lymphocytic Leukemia. Dispon&iacute;vel em <a href="https://www.cda-amc.ca/venclexta-combo-rituximab-chronic-lymphocytic-leukemia-details">https://www.cda-amc.ca/venclexta-combo-rituximab-chronic-lymphocytic-leukemia-details</a>&nbsp;</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Conforme laudo m&eacute;dico para a&ccedil;&atilde;o judicial, datado de 09 de julho de 2025, a parte autora apresenta diagn&oacute;stico de leucemia linfoc&iacute;tica cr&ocirc;nica (LCC) (CID10: C.91.1), estabelecido em 2013, em est&aacute;gio cl&iacute;nico RAI 1, &agrave; &eacute;poca sem crit&eacute;rios indicativos de tratamento. Em 2016, diante da progress&atilde;o da doen&ccedil;a, com citopenias e piora do performance, iniciou tratamento com fludarabina, clorambucil e rituximabe, completando seis ciclos. Posteriormente, manteve uso de rituximabe em esquema de manuten&ccedil;&atilde;o at&eacute; 2018. Em 2020, com nova progress&atilde;o da doen&ccedil;a e presen&ccedil;a de crit&eacute;rios terap&ecirc;uticos, foi institu&iacute;do tratamento com clorambucil e prednisona, sem resposta cl&iacute;nica satisfat&oacute;ria. No mesmo ano, o paciente foi inclu&iacute;do no protocolo cl&iacute;nico ASSURE (patrocinado pela AstraZeneca), passando a fazer uso de acalabrutinibe, com resposta cl&iacute;nica favor&aacute;vel inicial. Entretanto, em maio de 2025, exames de imagem realizados em decorr&ecirc;ncia do quadro infeccioso respirat&oacute;rio revelaram progress&atilde;o linfonodal significativa, com aumento superior a 50% nas dimens&otilde;es de linfonodomagalias previamente acompanhadas (Evento 1, LAUDO7, P&aacute;gina 3). Nessa situa&ccedil;&atilde;o, pleiteia tratamento com rituximabe e venetoclax.</p>

<p style="text-align: justify;">O Linfoma Linfoc&iacute;tico de Pequenas C&eacute;lulas, ou a Leucemia Linfoc&iacute;tica Cr&ocirc;nica (LLC), frequentemente consideradas diferentes apresenta&ccedil;&otilde;es cl&iacute;nicas da mesma doen&ccedil;a, s&atilde;o as neoplasias hematol&oacute;gicas mais comuns na terceira idade, de caracter&iacute;stica indolente e que mais frequentemente requerem&nbsp; apenas vigil&acirc;ncia ativa sem a necessidade de interven&ccedil;&otilde;es <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?M4y6Pk">(1)</a>. A LLC caracteriza-se pela prolifera&ccedil;&atilde;o e consequente ac&uacute;mulo de linf&oacute;citos B no sangue, na medula &oacute;ssea e em g&acirc;nglios linf&aacute;ticos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?NUps16">(2,3)</a>. Embora assintom&aacute;tica em cerca de metade dos casos, pacientes sintom&aacute;ticos podem apresentar febre, perda de peso, sudorese noturna, anemia e plaquetopenia significativas, al&eacute;m de aumento dos g&acirc;nglios linf&aacute;ticos e esplenomegalia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?s0iTvg">(4)</a>. Esses pacientes s&atilde;o considerados imunossuprimidos pela sua doen&ccedil;a e apresentam maior risco de infec&ccedil;&otilde;es. Cabe salientar que a LLC &eacute; considerada uma doen&ccedil;a incur&aacute;vel, mas pode ser controlada com tratamento quimioter&aacute;pico e de suporte adequados <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?4MzxxI">(5)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Atualmente, existem m&uacute;ltiplas op&ccedil;&otilde;es farmacol&oacute;gicas para o tratamento de LLC, cuja indica&ccedil;&atilde;o depende do estadiamento da doen&ccedil;a, da sintomatologia do paciente, de marcadores gen&eacute;ticos e da resposta a terap&ecirc;uticas previamente empregadas (1).&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Na literatura, recomenda-se usualmente o esquema R-FC (rituximabe, fludarabina e ciclofosfamida) como primeira linha de tratamento a pacientes com doen&ccedil;a ativa, sem dele&ccedil;&otilde;es TP53, relativamente jovens (menos de 65 anos) e sem comorbidades maiores (1,6). Bendamustina ou clorambucil associados a rituximabe podem ser considerados alternativamente em pacientes com mais de 65 anos. Em pacientes com condi&ccedil;&otilde;es f&iacute;sicas prejudicadas podem ser utilizados: venetoclax, obinutuzumabe, ibrutinibe, acalabrutinibe, clorambucil em monoterapia ou associados, a depender da regulamenta&ccedil;&atilde;o de uso e disponibilidade das op&ccedil;&otilde;es medicamentosas.</p>

<p style="text-align: justify;">Diferentemente de outras neoplasias, pacientes diagnosticados com LLC n&atilde;o s&atilde;o curados com terapia convencional - ou seja, eventualmente, apresentar&atilde;o progress&atilde;o da doen&ccedil;a (5). Tendo em vista que virtualmente todos os pacientes ter&atilde;o recidivas, avalia-se a efic&aacute;cia do tratamento por meio da resposta inicial, completa ou parcial, e do per&iacute;odo ganho de sobrevida livre de progress&atilde;o de doen&ccedil;a. Em caso de boa resposta terap&ecirc;utica, pode-se inclusive realizar retratamento com os mesmos esquemas anteriores (5).</p>

Anexos

Nota Técnica 402967

PDF Nota Técnica