Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
407407	Medicamento - ENOXAPARINA SÓDICA	Não favorável	Finalizada em 23/09/2025 14:54:28	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 407407

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico.

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

enоxаparina 60 1 amp sc 1x noite por toda a gestação e após por +6 semanas.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p>conduta expectante.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

<p>vide tabela CMED.</p>

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Efetividade, efic&aacute;cia e seguran&ccedil;a:&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A enoxaparina s&oacute;dica &eacute; uma heparina de baixo peso molecular que possui atividades anti fator Xa e antitrombina (antifator IIa) que conferem a esta mol&eacute;cula propriedades antitromb&oacute;ticas. Al&eacute;m de sua atividade anti-Xa/IIa, a enoxaparina tamb&eacute;m causa inibi&ccedil;&atilde;o dependente de antitrombina III (ATIII) de outros fatores de coagula&ccedil;&atilde;o como o fator VIIa, indu&ccedil;&atilde;o da libera&ccedil;&atilde;o end&oacute;gena do inibidor da via do fator tecidual (TFPI), bem como libera&ccedil;&atilde;o reduzida do fator von Willebrand (vWF) do sistema vascular do endot&eacute;lio na circula&ccedil;&atilde;o sangu&iacute;nea. Todos estes juntos contribuem para o efeito antitromb&oacute;tico da enoxaparina <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?AwkIu4">(4)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Para estimar a rela&ccedil;&atilde;o entre gestantes com trombofilias e os riscos de TEV, perda gestacional precoce, pr&eacute;-ecl&acirc;mpsia e restri&ccedil;&atilde;o do crescimento intrauterino, foi conduzida uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica que incluiu 79 estudos <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?XOh9gW">(5)</a>. A an&aacute;lise demonstrou que os riscos para TEV entre os diferentes tipos de trombofilias variaram em uma raz&atilde;o de chances (OR) entre 0,74 e 34,40, sendo de 8,32 (IC95%: 5,44 a 12,70) para gestantes heterozigotas para o FVL, como no caso em tela. O maior risco de TEV, no entanto, foi observado em portadores homozigotos FVL que apresentaram um OR de 34,4 (IC95%: 9,86&ndash;120,05).</p>

<p style="text-align: justify;">Os resultados do estudo indicaram&nbsp; que todas as trombofilias heredit&aacute;rias est&atilde;o associadas a um risco aumentado para TEV e outras complica&ccedil;&otilde;es gestacionais. No entanto, considerando que a incid&ecirc;ncia basal de TEV na gravidez &eacute; de aproximadamente 1 em 1.000, os riscos relativos observados correspondem a riscos absolutos que permanecem modestos, sendo de 3,4% para homozigotos FVL e 0,8% para heterozigotos FVL.</p>

<p style="text-align: justify;">Outra revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise foi conduzida para apoiar a atualiza&ccedil;&atilde;o de diretrizes cl&iacute;nicas sobre a preven&ccedil;&atilde;o de TEV associado &agrave; gravidez (TEVG), em gestantes com trombofilia sem TEV pr&eacute;vio <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?qPc76T">(6)</a>. Ao todo 28 estudos observacionais (17 estudos de coorte e 11 casos-controle) analisaram o risco de TEV na presen&ccedil;a de heterozigose FVL em gestantes com hist&oacute;rico familiar de TEV (em parente de 1&ordm; grau) e foram eleg&iacute;veis para a metan&aacute;lise. Assim,&nbsp; observou-se que o risco absoluto geral de TEVG foi de 1,1% (ICr95% 0,3% a 1,9%), o risco absoluto de TEVG no pr&eacute;-parto foi de 0,4% (ICr95% 0,1% a 0,9%) e no p&oacute;s-parto de 2,0% (ICr95% 0,9% a 3,7%). Dessa forma, considerando o fato de que as diretrizes sobre preven&ccedil;&atilde;o de TEV na gravidez adotam um limiar de risco absoluto entre 1% e 3% para recomendar a profilaxia com HBPM no pr&eacute; ou p&oacute;s-parto; e que as estimativas referem-se apenas a gestantes com hist&oacute;rico familiar de TEV (em parente de 1&ordm; grau), os autores conclu&iacute;ram que a anticoagula&ccedil;&atilde;o profilaxia com HBPM em mulheres com heterozigose FVL e hist&oacute;ria familiar positiva para TEV deve ocorrer apenas at&eacute; seis semanas ap&oacute;s o parto.</p>

<p style="text-align: justify;">Para avaliar o efeito da heparina de baixo peso molecular (HBPM), com ou sem aspirina, em mulheres com trombofilia heredit&aacute;ria (TH) e hist&oacute;rico de perda gestacional tardia (&ge;10 semanas) ou recorrente (&lt;10 semanas), foi realizada uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise de ensaios cl&iacute;nicos randomizados <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?UQ4OfS">(7)</a>. O objetivo foi comparar o uso de HBPM (com ou sem aspirina) com a aus&ecirc;ncia de tratamento com HBPM (com ou sem aspirina). A an&aacute;lise incluiu 8 ensaios cl&iacute;nicos, envolvendo um total de 483 participantes. Os resultados n&atilde;o indicaram diferen&ccedil;a significativa nas taxas de nascidos vivos entre os grupos que receberam e os que n&atilde;o receberam HBPM (RR 0,81; IC95%: 0,55 a 1,19; P=0,28). Essa aus&ecirc;ncia de benef&iacute;cio foi mantida nas an&aacute;lises por subgrupo, tanto para mulheres com TH e perda gestacional tardia (RR 0,81; IC95%: 0,38 a 1,72; P=0,58) quanto para aquelas com TH e perda gestacional recorrente precoce (&ge;2 perdas &lt;10 semanas) (RR 0,97; IC95%: 0,80 a 1,19; P=0,79). Mesmo diante de uma elevada heterogeneidade entre os estudos, an&aacute;lises de sensibilidade considerando apenas estudos multic&ecirc;ntricos n&atilde;o demonstraram signific&acirc;ncia estat&iacute;stica nem altera&ccedil;&atilde;o na dire&ccedil;&atilde;o das estimativas. Com base nesses achados, os autores conclu&iacute;ram que o uso de HBPM n&atilde;o oferece benef&iacute;cios como estrat&eacute;gia de preven&ccedil;&atilde;o da perda gestacional recorrente em mulheres com TH.</p>

<p style="text-align: justify;">Em 2020, foi realizada uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica com metan&aacute;lise para atualizar as evid&ecirc;ncias sobre a seguran&ccedil;a e efic&aacute;cia da enoxaparina na gesta&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?JZH60z">(8)</a>. A an&aacute;lise incluiu 24 estudos, por&eacute;m apenas dois abordavam especificamente o uso de tromboprofilaxia. Como resultado, concluiu-se que ainda h&aacute; escassez de estudos avaliando a efic&aacute;cia da enoxaparina na preven&ccedil;&atilde;o do tromboembolismo e na tromboprofilaxia durante a gesta&ccedil;&atilde;o, dificultando uma avalia&ccedil;&atilde;o definitiva sobre seu benef&iacute;cio nessas condi&ccedil;&otilde;es. No entanto, ao analisar outros desfechos, observou-se que, em pacientes com hist&oacute;rico de perda gestacional recorrente, o uso de enoxaparina foi associado a menores taxas de perda gestacional em compara&ccedil;&atilde;o com controles n&atilde;o tratados (RR 0,58; IC95%: 0,34 a 0,96). Resultados semelhantes foram encontrados ao comparar enoxaparina associada &agrave; aspirina com aspirina isoladamente (RR 0,42; IC95%: 0,32-0,56), e enoxaparina isolada com aspirina isoladamente (RR 0,39; IC95%: 0,15 a 1,01). No entanto, foi observada uma heterogeneidade significativa entre os estudos (I&sup2; &gt; 60), o que limita a interpreta&ccedil;&atilde;o dos resultados. Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; seguran&ccedil;a, o estudo apontou que eventos hemorr&aacute;gicos foram relatados com maior frequ&ecirc;ncia no grupo tratado com enoxaparina em compara&ccedil;&atilde;o com controles n&atilde;o tratados (RR 1,35; IC95%: 0,88 a 2,07), embora essa diferen&ccedil;a n&atilde;o tenha sido estatisticamente significativa. Por outro lado, os eventos hemorr&aacute;gicos foram menos frequentes no grupo tratado com enoxaparina em compara&ccedil;&atilde;o ao grupo que recebeu apenas aspirina (RR 0,93; IC95%: 0,62 a 1,39). Eventos tromboemb&oacute;licos, trombocitopenia e teratogenicidade foram raramente relatados.</p>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Custo:&nbsp;</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">ENOXAPARINA S&Oacute;DICA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">60 MG SOL INJ CT 10 SER VD TRANS PREENCH X 0,6 ML + SIST SEGURAN&Ccedil;A</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">11</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 720,31</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 7.923,41</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">Em consulta &agrave; tabela CMED, em setembro de 2025, e aos dados de prescri&ccedil;&atilde;o juntados ao processo, foi elaborada a tabela acima estimando o custo da medica&ccedil;&atilde;o pleiteada para o per&iacute;odo gestacional restante (9 semanas) e at&eacute; 42 dias ap&oacute;s o parto (total aproximado de 105 aplica&ccedil;&otilde;es), considerando a idade gestacional na data do laudo m&eacute;dico apresentado (Evento 1, LAUDO18, P&aacute;gina 1).</p>

<p style="text-align: justify;">A Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (CONITEC) refere em seu PCDT que o tratamento de trombofilias e de eventos tromboemb&oacute;licos devem ser realizadas com enoxaparina, por&eacute;m cita no mesmo documento que pacientes classificadas como baixo risco para TEV, como no caso em tela, tem preconizado o uso apenas p&oacute;s-parto durante at&eacute; seis semanas <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DX7km0">(1)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram encontrados estudos de custo-efetividade, para a realidade brasileira, sobre o tratamento profil&aacute;tico de eventos tromboemb&oacute;licos em gestantes com TH por heterozigose FVL. Tamb&eacute;m n&atilde;o foi localizada avalia&ccedil;&atilde;o econ&ocirc;mica sobre o uso da enoxaparina s&oacute;dica para a condi&ccedil;&atilde;o em tela emitida por outros pa&iacute;ses como o Canad&aacute;, pela Canada&rsquo;s Drugs Agency, e o Reino Unido, pelo National Institute for Health and Care Excellence (NICE) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?zFZCDe">(9,10)</a>.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">incerto no que diz respeito &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do risco de perda gestacional em compara&ccedil;&atilde;o com a aus&ecirc;ncia de tratamento.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o h&aacute; evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas de que o tratamento com anticoagulantes para gestantes com trombofilia heredit&aacute;ria de baixo risco, caracterizada pela heterozigose do fator V de Leiden (como no caso da parte autora), traga benef&iacute;cios relevantes ao progn&oacute;stico do curso gestacional em quest&atilde;o.&nbsp;<br />
As pr&oacute;prias refer&ecirc;ncias anexadas pela parte autora atestam a fragilidade e a dubiedade das recomenda&ccedil;&otilde;es: a diretriz do Royal College of Obstetricians &amp; Gynaecologists cita que, diante da heterozigose para o fator V de Leiden, em associa&ccedil;&atilde;o com outros fatores de risco, a profilaxia pode ser considerada, com grau de recomenda&ccedil;&atilde;o D (evid&ecirc;ncia de baixa qualidade) (Evento 1, COMP8, p&aacute;gina 4), de maneira semelhante ao cap&iacute;tulo do UpToDate anexado (Evento1, COMP13, p&aacute;gina11); j&aacute; a diretriz do American College of Obstetricians &amp; Gynecologists recomenda tanto a observa&ccedil;&atilde;o sem tratamento quanto o uso profil&aacute;tico como op&ccedil;&otilde;es de manejo (Evento 1, COMP9/10/12, p&aacute;gina 8).<br />
Visto que n&atilde;o h&aacute; relato de eventos tromboemb&oacute;licos nos relat&oacute;rios da paciente, &eacute;, portanto, recomendada a profilaxia para TEV n&atilde;o medicamentosa como prevista para gestantes de baixo risco e que o uso de medicamentos anticoagulantes, como a enoxaparina, seja realizado apenas no p&oacute;s-parto por at&eacute; 6 semanas. Nesse caso, a parte autora pode obter o medicamento por via administrativa, atrav&eacute;s de solicita&ccedil;&atilde;o no AME digital.<br />
&nbsp;</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;">1. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. PORTARIA CONJUNTA No 23, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2021. Aprova o Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas para a Preven&ccedil;&atilde;o de Tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia, no &acirc;mbito do SUS. [Internet]. 2021. Dispon&iacute;vel em: https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/protocolos/20211230_portal-portaria-conjunta_pcdt_trombofilia_gestantes.pdf</p>

<p style="text-align: justify;">2. Clinical Guides | Thrombosis Canada [Internet]. [citado 6 de setembro de 2024]. Dispon&iacute;vel em: https://thrombosiscanada.ca/hcp/practice/clinical_guides</p>

<p style="text-align: justify;">3. Lockwood C, Kenneth B. Inherited thrombophilias in pregnancy - UpToDate. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/inherited-thrombophilias-in-pregnancy?search=thrombophilia&amp;source=search_result#H35472877</p>

<p style="text-align: justify;">4. (Enoxaparin). In: Merative Micromedex&reg; DRUGDEX&reg; (electronic version). Merative Healthcare Solutions/EBSCO Information Services, Greenwood Village, Colorado; Cambridge, Massachusetts, USA. Available at: [Internet]. Dispon&iacute;vel em: https://www.dynamed.com</p>

<p style="text-align: justify;">5. Robertson L, Wu O, Langhorne P, Twaddle S, Clark P, Lowe GDO, et al. Thrombophilia in pregnancy: a systematic review. Br J Haematol. janeiro de 2006;132(2):171&ndash;96.</p>

<p style="text-align: justify;">6. Croles FN, Nasserinejad K, Duvekot JJ, Kruip MJ, Meijer K, Leebeek FW. Pregnancy, thrombophilia, and the risk of a first venous thrombosis: systematic review and bayesian meta-analysis. BMJ. 26 de outubro de 2017;359:j4452.</p>

<p style="text-align: justify;">7. Skeith L, Carrier M, Kaaja R, Martinelli I, Petroff D, Schleu&szlig;ner E, et al. A meta-analysis of low-molecular-weight heparin to prevent pregnancy loss in women with inherited thrombophilia. Blood. 31 de mar&ccedil;o de 2016;127(13):1650&ndash;5.</p>

<p style="text-align: justify;">8. Jacobson B, Rambiritch V, Paek D, Sayre T, Naidoo P, Shan J, et al. Safety and Efficacy of Enoxaparin in Pregnancy: A Systematic Review and Meta-Analysis. Adv Ther. 2020;37(1):27&ndash;40.</p>

<p style="text-align: justify;">9. Find Reports | CDA-AMC [Internet]. [citado 26 de fevereiro de 2025]. Dispon&iacute;vel em: https://www.cda-amc.ca/find-reports#tab-1526</p>

<p style="text-align: justify;">10. NICE website: The National Institute for Health and Care Excellence [Internet]. NICE; [citado 26 de fevereiro de 2025]. Published guidance, NICE advice and quality standards | Guidance | NICE. Dispon&iacute;vel em: https://www.nice.org.uk/guidance/published</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Trata-se de paciente gestante, com diabetes gestacional, hipotireoidismo e obesidade (IMC:30,7kg/m2, peso:91kg, altura:1,72cm), em acompanhamento pr&eacute;-natal (Evento 1, LAUDO17, P&aacute;gina 1). Apresenta trombofilia heredit&aacute;ria, com muta&ccedil;&atilde;o no fator V de Leiden em heterozigose (Evento 1, EXMMED6, P&aacute;gina 1). A investiga&ccedil;&atilde;o foi realizada devido hist&oacute;rico familiar de trombose em pai e av&oacute; materna. Neste contexto, pleiteia profilaxia tromboemb&oacute;lica com o medicamento enoxaparina s&oacute;dica 60mg, uma vez ao dia, at&eacute; o final da gesta&ccedil;&atilde;o e puerp&eacute;rio, conforme avalia&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica cont&iacute;nua.<br />
Conforme documento do sistema AME (Evento 1, CERTNEG19, P&aacute;gina 1) anexado aos autos, foi informado que o processo por via administrativa estava incompleto devido &agrave; &ldquo;1) De acordo com o Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas para a Preven&ccedil;&atilde;o de Tromboembolismo Venoso em Gestantes com Trombofilia (Portaria Conjunta n&ordm; 23, de 21 de dezembro de 2021), a muta&ccedil;&atilde;o HETEROZIG&Oacute;TICA do fator V de Leiden &eacute; classificada como trombofilia heredit&aacute;ria de baixo risco (PCDT, p&aacute;g. 10) e, em conjunto com hist&oacute;ria de tromboembolismo em familiar de 1&ordm; grau, preconiza-se anticoagula&ccedil;&atilde;o com enoxaparina APENAS POR 6 SEMANAS AP&Oacute;S O PARTO. **Ajustar LME e prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica para ENOXAPARINA S&Oacute;DICA 60MG/0,6ML em dose &uacute;nica di&aacute;ria por 6 semanas ap&oacute;s o parto (42 dias)&rdquo;.<br />
Trombofilia &eacute; a propens&atilde;o ao desenvolvimento de eventos tromboemb&oacute;licos, devido a anormalidades do sistema de coagula&ccedil;&atilde;o, que predisp&otilde;em &agrave; forma&ccedil;&atilde;o de co&aacute;gulos no sistema circulat&oacute;rio. O Tromboembolismo Venoso (TEV) &eacute; a manifesta&ccedil;&atilde;o mais comum da trombofilia. O TEV &eacute; uma das principais causas de morbimortalidade materna e pode apresentar como complica&ccedil;&otilde;es a Trombose Venosa Profunda (TVP) e o Tromboembolismo Pulmonar (TEP) (1).<br />
A gravidez e o puerp&eacute;rio (per&iacute;odo p&oacute;s-parto) s&atilde;o fatores de risco bem estabelecidos para TEV. Em pacientes gestantes com trombofilia, esse risco &eacute; ainda maior quando comparado ao risco associado apenas &agrave; gravidez. Mesmo que a trombofilia seja &nbsp;prevalente coletivamente em aproximadamente 10% das popula&ccedil;&otilde;es brancas, esses dist&uacute;rbios parecem ser respons&aacute;veis, pelo menos em parte, por at&eacute; metade dos casos de TEV em gestantes (2,3). Estima-se que a incid&ecirc;ncia global de TEV varie entre 0,76 e 1,72 casos por 1.000 gravidezes. No Brasil, 8,3% dos &oacute;bitos maternos por causas obst&eacute;tricas indiretas foram decorrentes de doen&ccedil;as do aparelho circulat&oacute;rio no ano de 2019 (1).<br />
Em rela&ccedil;&atilde;o &agrave;s trombofilias heredit&aacute;rias (THs), essas s&atilde;o condi&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas que elevam o risco para eventos tromboemb&oacute;licos, sendo as mais comuns a variante do FVL, a muta&ccedil;&atilde;o do gene da protrombina, as defici&ecirc;ncias de prote&iacute;na S, C e antitrombina, todas detectadas atrav&eacute;s de exames laboratoriais. A magnitude do risco de TEV, em gestantes com TH, &eacute; afetada pela presen&ccedil;a de hist&oacute;ria pessoal ou em parente de primeiro grau de TEV, quando comparada a presen&ccedil;a de hist&oacute;ria negativa (1,3). Apesar da preocupa&ccedil;&atilde;o com eventos tromboemb&oacute;licos na interface materno-placent&aacute;ria de baixo fluxo e suas consequentes complica&ccedil;&otilde;es mediadas pela placenta, como perda da gravidez, morte fetal e pr&eacute;-ecl&acirc;mpsia, as evid&ecirc;ncias cient&iacute;ficas dispon&iacute;veis n&atilde;o demonstram um aumento desses desfechos adversos em gestantes com TH (3).<br />
A anticoagula&ccedil;&atilde;o (com enoxaparina s&oacute;dica) para preven&ccedil;&atilde;o de TEV durante o ciclo grav&iacute;dico-puerperal est&aacute; previsto, no &acirc;mbito do SUS, pelo Protocolo Cl&iacute;nico e Diretriz Terap&ecirc;utica (PCDT) para a preven&ccedil;&atilde;o de TEV em gestantes com TH ou adquirida comprovada cl&iacute;nico e laboratorialmente. A depender da muta&ccedil;&atilde;o presente, a TH &eacute; classificada como de alto risco para TEV (quando detectada muta&ccedil;&atilde;o homozig&oacute;tica para o FVL; muta&ccedil;&atilde;o homozig&oacute;tica para o gene da protrombina; defici&ecirc;ncia da antitrombina III; muta&ccedil;&otilde;es heterozig&oacute;ticas para o FVL e do gene da protrombina associadas; S&iacute;ndrome Antifosfolip&iacute;deo) ou baixo risco (quando detectada muta&ccedil;&atilde;o heterozig&oacute;tica para o FVL - condi&ccedil;&atilde;o do caso em tela; muta&ccedil;&atilde;o heterozig&oacute;tica para o gene da protrombina; defici&ecirc;ncia da prote&iacute;na S ou C), informa&ccedil;&atilde;o diagn&oacute;stica que determinar&aacute; se a anticoagula&ccedil;&atilde;o ser&aacute; preconizada durante todo o ciclo grav&iacute;dico-puerperal ou apenas durante o puerp&eacute;rio (1).<br />
Al&eacute;m do diagn&oacute;stico de trombofilia, s&atilde;o considerados crit&eacute;rios de inclus&atilde;o, segundo o PCDT da condi&ccedil;&atilde;o, a presen&ccedil;a de hist&oacute;ria pessoal de TEV e moderado a alto risco de recorr&ecirc;ncia (&uacute;nico epis&oacute;dio n&atilde;o provocado; TEV relacionado a gravidez ou anticoncep&ccedil;&atilde;o hormonal contendo estrog&ecirc;nio; ou m&uacute;ltiplos TEV pr&eacute;vios n&atilde;o provocados); e a presen&ccedil;a de hist&oacute;ria familiar (parente de 1&ordm; grau) de TH de alto risco ou baixo risco com TEV (1).<br />
&nbsp;</p>

Anexos

Nota Técnica 407407

PDF Nota Técnica