Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
407412-A	Medicamento - NIVOLUMABE	Não favorável	Finalizada em 23/09/2025 15:01:32	Ver Nota
407412-B	Medicamento - IPILIMUMABE	Não favorável	Finalizada em 23/09/2025 15:09:52	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

Nivolumabe 10 mg/ml. Aplicar 240 mg de 3/3 semanas por 12 semanas e após 480 mg de 4/4 semanas.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">Outras modalidades de tratamento quimioter&aacute;pico.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Os dois f&aacute;rmacos pleiteados s&atilde;o classificados como imunoterapia, uma vez que pretendem regular a imunidade anti-tumoral do paciente. Ambos medicamentos agem bloqueando duas mol&eacute;culas que inibem a atividade imune antitumor dos linf&oacute;citos: a prote&iacute;na 4 citot&oacute;xica associada a linf&oacute;citos T (do ingl&ecirc;s, cytotoxic T lymphocyte associated protein 4 ou CTLA-4) e a prote&iacute;na 1 programada para morte celular (do ingl&ecirc;s, programmed cell death protein 1 ou PD-1). Nessa linha, o ipilimumabe &eacute; um anticorpo monoclonal que bloqueia a via CTLA-4 e, com isso, melhora a resposta das c&eacute;lulas imunes. Enquanto que o nivolumabe &eacute; um anticorpo monoclonal que age interrompendo especificamente a intera&ccedil;&atilde;o do receptor PD-1 com seus ligantes (PD-L1 e PD-L2) e, dessa forma, aumentando a ativa&ccedil;&atilde;o e a prolifera&ccedil;&atilde;o de c&eacute;lulas imunes (6).</p>

<p style="text-align: justify;">Publicado inicialmente em Novembro de 2024 no New England Journal of Medicine, o CheckMate-8HW foi o estudo pivotal que analisou a tecnologia para a indica&ccedil;&atilde;o em pauta (6). Um estudo aberto, de fase III, multic&ecirc;ntrico, que recrutou pacientes portadores de c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico ou irressec&aacute;vel, portadores de defici&ecirc;ncia de prote&iacute;nas do sistema mismatch repair, ou instabilidade de microssat&eacute;lites, e os randomizou na raz&atilde;o de 2:2:1 para, respectivamente, ipilimumabe + nivolumabe (I+N), nivolumabe isolado (N), ou quimioterapia associada &agrave; terapia alvo. Foram inclu&iacute;dos pacientes tanto em linhas posteriores de tratamento quanto em primeira linha. Um total de 303 pacientes que n&atilde;o haviam recebido tratamentos sist&ecirc;micos pr&eacute;vios foram randomizados para I+N ou quimioterapia &agrave; escolha do investigador. Com um acompanhamento mediano de 31,5 meses (varia&ccedil;&atilde;o de 6,1-48,4), houve um ganho estatisticamente significativo em sobrevida livre de progress&atilde;o (SLP) para o grupo I+N, quando comparado &agrave; quimioterapia. Em 12 meses, 79% [intervalo de confian&ccedil;a (IC) de 95% de 72-84) do grupo I+N estavam vivos e livres de progress&atilde;o, versus 21% (IC 95% 11-32) para o grupo quimioterapia. A SLP em 24 meses foi de 72% (IC de 95%, 64 a 79) com nivolumabe mais ipilimumabe, em compara&ccedil;&atilde;o com 14% (IC95%, 6 a 25) com quimioterapia. Aos 24 meses, o tempo m&eacute;dio de sobrevida restrito foi 10,6 meses (IC 95%, 8,4 a 12,9) maior com nivolumabe mais ipilimumabe do que com quimioterapia, resultado consistente com a an&aacute;lise prim&aacute;ria de SLP. Eventos adversos de grau 3-4 ocorreram em 23% do grupo que recebeu I+N, com destaque para diarr&eacute;ia, insufici&ecirc;ncia adrenal e eleva&ccedil;&atilde;o de aminotransferases (6).</p>

<p style="text-align: justify;">Em atualiza&ccedil;&atilde;o publicada no Lancet, em Janeiro de 2025, com um acompanhamento mediano de 47,0 meses,o tratamento com nivolumabe mais ipilimumabe demonstrou uma melhora significativa e clinicamente relevante na SLP em compara&ccedil;&atilde;o com o uso isolado de nivolumabe (raz&atilde;o de risco: 0,62; IC 95%: 0,48&ndash;0,81; p = 0,0003). A mediana de SLP n&atilde;o foi alcan&ccedil;ada no grupo que recebeu nivolumabe mais ipilimumabe (IC 95%: 53,8 at&eacute; n&atilde;o estim&aacute;vel), enquanto foi de 39,3 meses no grupo tratado apenas com nivolumabe (IC 95%: 22,1 at&eacute; n&atilde;o estim&aacute;vel). Eventos adversos relacionados ao tratamento, de qualquer grau, ocorreram em 285 (81%) dos 352 pacientes que receberam nivolumabe mais ipilimumabe, e em 249 (71%) dos 351 pacientes tratados com nivolumabe isoladamente; eventos adversos de grau 3 ou 4 ocorreram em 78 (22%) e 50 (14%) pacientes, respectivamente. Houve tr&ecirc;s &oacute;bitos relacionados ao tratamento: um caso de miocardite e um de pneumonite no grupo nivolumabe mais ipilimumabe, e um caso de pneumonite no grupo nivolumabe (7).</p>

<p style="text-align: justify;">H&aacute; um estudo de fase II, aberto, publicado no &nbsp;Journal of Clinical Oncology, em 2021, o Checkmate 142, que tamb&eacute;m analisou a combina&ccedil;&atilde;o de I+N em cen&aacute;rio semelhante. Recrutou pacientes sem tratamentos pr&eacute;vios, portadores de c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico ou irressec&aacute;vel com instabilidade de microssat&eacute;lites, que foram ent&atilde;o submetido &agrave; combina&ccedil;&atilde;o de I+N em um esquema diferente, com nivolumabe a cada duas semanas e uma dose baixa de ipilimumabe a cada 6 semanas. O acompanhamento mediano foi de 29,0 meses. As taxas de resposta objetiva e controle da doen&ccedil;a foram de 69% (IC 95%, 53 a 82) e 84% (IC 95%, 70,5 a 93,5), respectivamente, com taxa de resposta completa de 13%. A dura&ccedil;&atilde;o mediana da resposta n&atilde;o foi alcan&ccedil;ada; 74% dos respondedores apresentavam respostas cont&iacute;nuas no momento do corte dos dados. A SLP mediana e a sobrevida global mediana n&atilde;o foram alcan&ccedil;adas com seguimento m&iacute;nimo de 24,2 meses (taxas em 24 meses, 74% e 79%, respectivamente).</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor unit&aacute;rio</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">IPILIMUMABE</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">50 MG SOL INJ CT 1 FA VD TRANS X 10 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">8</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 19.054,45</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 152.435,60</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">NIVOLUMABE</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">40 MG SOL INJ CT 1 FA VD INC X 4 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">26</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 3.512,11</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 91.314,86</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">NIVOLUMABE</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">100 MG SOL INJ CT 1 FA VD INC X 10 ML</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">52</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 8.780,24</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 456.572,48</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Total:</p>
			</td>
			<td colspan="4">
			<p style="text-align: center;">R$ 700.322,94</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">O nivolumabe e o ipilimumabe s&atilde;o produzidos pela empresa Bristol-Myers Squibb Farmac&ecirc;utica LTDA sob o nome comercial Opdivo&reg; e Yervoy&reg;, respectivamente. Com base em consulta &agrave; tabela da CMED no site da ANVISA em setembro de 2025 e na prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica anexada ao processo, foi elaborada a tabela acima com o custo dos medicamentos para o primeiro ano de tratamento.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o foram encontradas an&aacute;lises de custo efetividade do tratamento pleiteado para o cen&aacute;rio brasileiro. Tampouco h&aacute; an&aacute;lise da CONITEC.</p>

<p style="text-align: justify;">O National Institute for Health and Care Excellence (NICE), do Reino Unido, recomendou que a combina&ccedil;&atilde;o de nivolumabe e ipilimumabe pode ser utilizada como uma op&ccedil;&atilde;o de tratamento para c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico ou irressec&aacute;vel com instabilidade de microssat&eacute;lites, apenas caso a empresa farmac&ecirc;utica disponibilize o tratamento no contexto de acordo comercial sigiloso (9).</p>

<p style="text-align: justify;">O Canada&rsquo;s Drug Agency (CDA-AMC), at&eacute; o presente momento da realiza&ccedil;&atilde;o desta nota, n&atilde;o traz uma an&aacute;lise definitiva quanto &agrave; custo efetividade para este tratamento, com resultados previstos para setembro de 2025 (10).</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Quando comparado &agrave; quimioterapia, um ganho absoluto de 58% de chance de estar vivo e livre de progress&atilde;o em 2 anos. Quando comparado &agrave; nivolumabe, houve redu&ccedil;&atilde;o de 48% na chance de progress&atilde;o.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">H&aacute; evid&ecirc;ncia cient&iacute;fica advindas de um ensaio cl&iacute;nico randomizado de que o tratamento com ipilimumabe e nivolumabe para o tratamento do c&acirc;ncer colorretal metast&aacute;tico ou irressec&aacute;vel, com instabilidade de microssat&eacute;lites, &eacute; ativo e eficaz, com ganhos em taxas de sobrevida livre de progress&atilde;o, conforme o estudo Checkmate-8HW, com aproximadamente 72% dos pacientes livres de progress&atilde;o em 2 anos.</p>

<p style="text-align: justify;">No entanto, a associa&ccedil;&atilde;o medicamentosa pleiteada apresenta potencialmente um perfil de custo-efetividade muito desfavor&aacute;vel - ou seja, o benef&iacute;cio ganho com a sua incorpora&ccedil;&atilde;o n&atilde;o ultrapassa o benef&iacute;cio perdido pelo deslocamento de outras interven&ccedil;&otilde;es em sa&uacute;de que poderiam ser adquiridas com o mesmo investimento, perfazendo portanto mau uso dos recursos dispon&iacute;veis ao sistema. Ag&ecirc;ncias de avalia&ccedil;&atilde;o de tecnologias de outros pa&iacute;ses recomendaram a incorpora&ccedil;&atilde;o do f&aacute;rmaco em seus sistemas apenas ap&oacute;s acordo de redu&ccedil;&atilde;o de pre&ccedil;o, e para o cen&aacute;rio de primeira linha de tratamento. O impacto or&ccedil;ament&aacute;rio da terapia pleiteado, mesmo em decis&atilde;o isolada, &eacute; elevado, com potencial de comprometimento de recursos p&uacute;blicos extra&iacute;dos da coletividade - recursos p&uacute;blicos que s&atilde;o escassos e que possuem destina&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias com pouca margem de realoca&ccedil;&atilde;o, e cujo uso inadequado pode acarretar preju&iacute;zos a toda a popula&ccedil;&atilde;o assistida pelo SUS.</p>

<p style="text-align: justify;">Compreende-se o desejo do paciente e da equipe assistente de buscar tratamento para uma doen&ccedil;a grave, no entanto, frente ao modesto benef&iacute;cio incremental estimado; ao perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel; &agrave; indica&ccedil;&atilde;o off-label (n&atilde;o aprovada em bula no Brasil); e ao alto impacto or&ccedil;ament&aacute;rio mesmo em decis&atilde;o isolada, entendemos que se imp&otilde;e o presente parecer desfavor&aacute;vel.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<ol>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Brasil. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Diretrizes Diagn&oacute;sticas e Terap&ecirc;uticas do C&acirc;ncer de C&oacute;lon e Reto [Internet]. Bras&iacute;lia: Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de; 2014 [citado 2025 set 18]. Dispon&iacute;vel em:<a href="http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_Colorretal__26092014.pdf"> http://conitec.gov.br/images/Artigos_Publicacoes/ddt_Colorretal__26092014.pdf</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">&nbsp;Hoyle M, Crathorne L, Peters J, Jones-Hughes T, Cooper C, Napier M, et al. The clinical effectiveness and cost-effectiveness of cetuximab (mono- or combination chemotherapy), bevacizumab (combination with non-oxaliplatin chemotherapy) and panitumumab (monotherapy) for the treatment of metastatic colorectal cancer after first-line chemotherapy (review of technology appraisal No. 150 and part review of technology appraisal No. 118): a systematic review and economic model. Health Technol Assess. 2013;17(14):1-240.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Tappenden P, Jones R, Paisley S, Carroll C. Systematic review and economic evaluation of bevacizumab and cetuximab for the treatment of metastatic colorectal cancer. In: NIHR Health Technology Assessment programme: Executive Summaries [Internet]. Southampton (UK): NIHR Journals Library; 2007.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Andr&eacute; T, Elez E, Van Cutsem E, Jensen LH, Bennouna J, Mendez G, Schenker M, de la Fouchardiere C, Limon ML, Yoshino T, Li J, Lenz HJ, Manzano Mozo JL, Tortora G, Garcia-Carbonero R, Dahan L, Chalabi M, Joshi R, Goekkurt E, Braghiroli MI, Cil T, Cela E, Chen T, Lei M, Dixon M, Abdullaev S, Lonardi S; CheckMate 8HW Investigators. Nivolumab plus ipilimumab in microsatellite-instability-high metastatic colorectal cancer. N Engl J Med. 2024 Nov 28;391(21):2014-26. doi: 10.1056/NEJMoa2402141. PMID: 39602630.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Andr&eacute; T, Elez E, Lenz HJ, Jensen LH, Touchefeu Y, Van Cutsem E, Garcia-Carbonero R, Tougeron D, Mendez GA, Schenker M, de la Fouchardiere C, Limon ML, Yoshino T, Li J, Manzano Mozo JL, Dahan L, Tortora G, Chalabi M, Goekkurt E, Braghiroli MI, Joshi R, Cil T, Aubin F, Cela E, Chen T, Lei M, Jin L, Blum SI, Lonardi S. Nivolumab plus ipilimumab versus nivolumab in microsatellite instability-high metastatic colorectal cancer (CheckMate 8HW): a randomised, open-label, phase 3 trial. Lancet. 2025 Feb 1;405(10476):383-95. doi: 10.1016/S0140-6736(24)02848-4. Epub 2025 Jan 25. Erratum in: Lancet. 2025 Mar 1;405(10480):700. doi: 10.1016/S0140-6736(25)00352-6. PMID: 39874977.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">Lenz HJ, Van Cutsem E, Limon ML, Wong KYM, Hendlisz A, Aglietta M, Garc&iacute;a-Alfonso P, Neyns B, Luppi G, Cardin DB, Dragovich T, Shah U, Abdullaev S, Gricar J, Ledeine JM, Overman MJ, Lonardi S. First-line nivolumab plus low-dose ipilimumab for microsatellite instability-high/mismatch repair-deficient metastatic colorectal cancer: the phase II CheckMate 142 study. J Clin Oncol. 2022 Jan 10;40(2):161-70. doi: 10.1200/JCO.21.01015. Epub 2021 Oct 12. PMID: 34637336.</p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">&nbsp;National Institute for Health and Care Excellence (NICE). Nivolumab with ipilimumab for previously treated metastatic colorectal cancer [Internet]. London: NICE; 2025 [citado 2025 set 18]. Dispon&iacute;vel em:<a href="https://www.nice.org.uk/guidance/ta1065"> https://www.nice.org.uk/guidance/ta1065</a></p>
	</li>
	<li>
	<p style="text-align: justify;">&nbsp;Canada&rsquo;s Drug Agency (CDA-AMC). Nivolumab and ipilimumab [Internet]. Ottawa: CDA-AMC; 2025 [citado 2025 set 18]. Dispon&iacute;vel em:<a href="https://www.cda-amc.ca/nivolumab-and-ipilimumab-0"> https://www.cda-amc.ca/nivolumab-and-ipilimumab-0</a></p>
	</li>
</ol>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">De acordo com o relat&oacute;rio m&eacute;dico, datado de 04 de julho de 2025, a parte autora teve diagn&oacute;stico de adenocarcinoma de ceco (CID10: C18.9) em novembro de 23, submetida a ileocolectomia em 08/11/23, CEA pr&eacute;-operat&oacute;rio de 245, AP: pT4B, pN1b (? LFN + 3 massas linofonodais). Iniciou quimioterapia com XELOX por 3 ciclos, seguidos por FOLFOX ap&oacute;s coloca&ccedil;&atilde;o de portocath, tendo realizado 4 ciclos de mar&ccedil;o de 24 a setembro de 24. Devido a progress&atilde;o de doen&ccedil;a em anastomose (sem possibilidade de resgate cir&uacute;rgico), iniciou tratamento em segunda linha com FOLFIRI. Constatou progress&atilde;o de doen&ccedil;a devido a eleva&ccedil;&atilde;o progressiva de CEA e tomografia demonstrando aumento do espessamento circunferencial e da infiltra&ccedil;&atilde;o da gordura&nbsp; em al&ccedil;a de fundo cego da anastomose localizada no flanco direito em 05/2025. Foi realizada avalia&ccedil;&atilde;o molecular da amostra da neoplasia sendo constatado defici&ecirc;ncia nas enzimas de reparo do DNA (MLH1 e PMS2) (Evento 1, LAUDO8, P&aacute;gina 1). Nesse contexto, pleiteia tratamento paliativo com nivolumabe e ipilimumabe.</p>

<p style="text-align: justify;">O c&acirc;ncer de c&oacute;lon e reto abrange tumores malignos do intestino grosso. Tanto homens como mulheres s&atilde;o igualmente afetados, sendo uma doen&ccedil;a trat&aacute;vel e frequentemente cur&aacute;vel quando localizada no intestino (sem extens&atilde;o para outros &oacute;rg&atilde;os) por ocasi&atilde;o do diagn&oacute;stico. A recorr&ecirc;ncia ap&oacute;s o tratamento cir&uacute;rgico &eacute; um relevante evento cl&iacute;nico no curso da doen&ccedil;a, constituindo-se nestes casos, em geral, na causa prim&aacute;ria de morte. O tipo histopatol&oacute;gico mais comum &eacute; o adenocarcinoma; outros tipos s&atilde;o neoplasias malignas raras, perfazendo 2% a 5% dos tumores colorretais, e requerem condutas terap&ecirc;uticas espec&iacute;ficas. Dependendo da arquitetura glandular, pleomorfismo celular e padr&atilde;o da secre&ccedil;&atilde;o de muco, o adenocarcinoma pode ser categorizado em tr&ecirc;s graus de diferencia&ccedil;&atilde;o: bem diferenciado (grau I), moderadamente diferenciado (grau II) e mal diferenciado (grau III) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=XJdzbL">(1,2)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Segundo as Diretrizes Diagn&oacute;sticas e Terap&ecirc;uticas do CCR, o diagn&oacute;stico de c&acirc;ncer de c&oacute;lon &eacute; estabelecido pelo exame histopatol&oacute;gico de esp&eacute;cime tumoral obtido atrav&eacute;s da colonoscopia ou do exame de pe&ccedil;a cir&uacute;rgica. As op&ccedil;&otilde;es terap&ecirc;uticas incluem cirurgia e quimioterapia. Para pacientes com CCR metast&aacute;tico est&aacute; indicada a quimioterapia paliativa, sugerindo esquemas terapêuticos baseados em fluoropirimidina, associada ou não a oxaliplatina, irinotecano, mitomicina C, bevacizumabe, cetuximabe ou panitumumabe (3,4). Os pacientes com C&acirc;ncer Colorretal (CCR) metast&aacute;tico com instabilidade de microssat&eacute;lites representam uma popula&ccedil;&atilde;o de pacientes na qual a doen&ccedil;a tem caracter&iacute;sticas distintas, condicionada por alta carga de muta&ccedil;&atilde;o e neoant&iacute;genos espec&iacute;ficos mediados por MSI e defici&ecirc;ncias em reparo do DNA, apresentando-se mais frequentemente com tumores m&uacute;ltiplos e em idade abaixo de 50 anos (5).</p>

Anexos

Nota Técnica 407412

PDF Nota Técnica