Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
412983	Medicamento - dordaviprona	Não favorável	Finalizada em 06/10/2025 07:30:42	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

NT 412983

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

uso interno: 1) dordaviprona (Modeyso) - 72 comprimidos. Tomar 3 comprimidos em dose única semanal. Solicito 6 meses de tratamento.

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">Radioterapia, diversos quimioter&aacute;picos e cuidados paliativos.</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">A dordaviprona &eacute; um ativador da protease mitocondrial ClpP (mitochondrial caseinolytic protease P) e tamb&eacute;m atua como inibidor do receptor de dopamina D2 (DRD2)<a href="https://www.zotero.org/google-docs/?mKFV1H">(3,4)</a>. Os GDM&#39;s com muta&ccedil;&atilde;o da histona H3 K27M est&atilde;o associados &agrave; perda da trimetila&ccedil;&atilde;o da H3 K27, evento epigen&eacute;tico que contribui para sua agressividade. A dordaviprona demonstrou, em modelos in vitro e in vivo, capacidade de restaurar essa modifica&ccedil;&atilde;o epigen&eacute;tica, induzir apoptose e exercer atividade antitumoral <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?JzEDjW">(4)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Foi identificado um estudo que realizou uma an&aacute;lise integrada que avaliou o uso de dordaviprona no tratamento de glioma difuso da linha m&eacute;dia (GDM) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?QfEyo7">(5)</a>. Foram inclu&iacute;dos 50 pacientes (pedi&aacute;tricos, n = 4; adultos, n = 46) com GDM recorrente e muta&ccedil;&atilde;o H3 K27M, que receberam monoterapia oral com dordaviprona em quatro ensaios cl&iacute;nicos ou em um protocolo de acesso expandido. Os pacientes eleg&iacute;veis apresentavam doen&ccedil;a mensur&aacute;vel pelos crit&eacute;rios de Avalia&ccedil;&atilde;o de Resposta em Neuro-Oncologia (RANO) para glioma de alto grau (HGG), escore de desempenho (PS) &ge; 60, e estavam a &ge; 90 dias da radioterapia. Tumores pontinos e espinhais n&atilde;o foram eleg&iacute;veis. A taxa de resposta global (RANO-HGG) foi de 20% (IC 95%, 10,0&ndash;33,7). A mediana do tempo at&eacute; a resposta foi de 8,3 meses (varia&ccedil;&atilde;o, 1,9&ndash;15,9), e a mediana da dura&ccedil;&atilde;o da resposta foi de 11,2 meses (IC 95%, 3,8&ndash;n&atilde;o atingido). Uma redu&ccedil;&atilde;o &ge;50% na dose de corticosteroides ocorreu em 7 dos 15 pacientes avali&aacute;veis (46,7% [IC 95%, 21,3&ndash;73,4]), enquanto melhora no escore de desempenho foi observada em 6 dos 34 pacientes avali&aacute;veis (20,6% [IC 95%, 8,7&ndash;37,9]). Em rela&ccedil;&atilde;o aos eventos adversos relacionados ao tratamento de grau 3, estes ocorreram em 20% dos pacientes, sendo o mais comum fadiga (n = 5; 10%). N&atilde;o foram observados eventos adversos de grau 4 relacionados ao tratamento, &oacute;bitos ou descontinua&ccedil;&otilde;es do tratamento.</p>

<p style="text-align: justify;">Um estudo de coorte avaliou o uso de dordaviprona em pacientes com GDM em um centro m&eacute;dico na Fran&ccedil;a <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?LrCplg">(6)</a>. Foram acompanhados 174 pacientes (102 crian&ccedil;as e 72 adultos). A dura&ccedil;&atilde;o mediana do tratamento foi de 1,9 meses (0,03&ndash;15,2 meses). A sobrevida global (SG) mediana desde o diagn&oacute;stico para toda a coorte foi de 15,5 meses (3,73&ndash;87,06 meses), sendo 14,2 meses (3,73&ndash;87,06 meses) especificamente para crian&ccedil;as (p = 0,001). A sobrevida global mediana ap&oacute;s o in&iacute;cio da dordaviprona foi de 4,7 meses (0,03&ndash;23,7 meses) para toda a coorte. As an&aacute;lises univariada e multivariada identificaram localiza&ccedil;&atilde;o tumoral no t&aacute;lamo e idade avan&ccedil;ada como fatores progn&oacute;sticos favor&aacute;veis. A reirradia&ccedil;&atilde;o foi associada a uma sobrevida significativamente maior ap&oacute;s o in&iacute;cio do tratamento com dordaviprona apenas em crian&ccedil;as.</p>

<p style="text-align: justify;">Atualmente h&aacute; um estudo cl&iacute;nico de fase III em andamento. O estudo ACTION <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?A1zwEl">(7)</a>, multic&ecirc;ntrico, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, de grupos paralelos, visa avaliar o uso de dordaviprona em glioma difuso com muta&ccedil;&atilde;o H3 K27M rec&eacute;m-diagnosticado. Pacientes que conclu&iacute;ram a radioterapia padr&atilde;o de primeira linha s&atilde;o randomizados 1:1:1 para receber placebo, dordaviprona uma vez por semana ou dordaviprona duas vezes por semana em 2 dias consecutivos. S&atilde;o avaliados como desfechos prim&aacute;rios de efic&aacute;cia a SG e sobrevida livre de progress&atilde;o (SLP). N&atilde;o houve restri&ccedil;&atilde;o para idade, por&eacute;m, os pacientes devem ter &ge;10 kg no momento da randomiza&ccedil;&atilde;o. Pacientes com tumor espinhal prim&aacute;rio, glioma pontino intr&iacute;nseco difuso, doen&ccedil;a leptomen&iacute;ngea ou dissemina&ccedil;&atilde;o do l&iacute;quido cefalorraquidiano n&atilde;o foram eleg&iacute;veis. Os resultados desse estudo est&atilde;o previstos para agosto de 2026.</p>

<table>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Item</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Quantidade</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Valor Total</p>
			</td>
		</tr>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: center;">Dordaviprona (Modeyso&reg;)</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">125 mg caixa com 10 c&aacute;pslulas</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">8</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 343.655,00</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: center;">R$ 2.749.240,00</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">O medicamento dordaviprona &eacute; produzido pela Jazz Pharmaceuticals com registro recente no FDA, portanto ainda n&atilde;o tem registro junto a ANVISA e n&atilde;o &eacute; comercializado no Brasil. Apresenta-se, portanto, o valor or&ccedil;ado pela parte (Evento 1, OR&Ccedil;AM20, P&aacute;gina 1), conforme documentos juntados aos autos processuais.</p>

<p style="text-align: justify;">N&atilde;o encontramos estudos econ&ocirc;micos sobre a dordaviprona para GDM.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Indeterminado, sem estudos randomizados comparativos at&eacute; o momento.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">As evid&ecirc;ncias dispon&iacute;veis s&atilde;o incertas e n&atilde;o demonstraram benef&iacute;cio suficiente para sustentar a indica&ccedil;&atilde;o de dordaviprona para o tratamento de GDM. Al&eacute;m disso, o fato de n&atilde;o ter ainda registro junto a ANVISA o caracteriza como tratamento off-label.</p>

<p style="text-align: justify;">Ademais, a dordaviprona apresenta um custo financeiro elevado com alto impacto or&ccedil;ament&aacute;rio e &eacute; imprescind&iacute;vel a considera&ccedil;&atilde;o de quest&otilde;es econ&ocirc;micas n&atilde;o s&oacute; na defini&ccedil;&atilde;o de pol&iacute;tica de sa&uacute;de p&uacute;blica mas tamb&eacute;m em decis&otilde;es individuais, sob risco de inadvertidamente prover atendimento privilegiado, com recursos p&uacute;blicos extra&iacute;dos da coletividade - recursos p&uacute;blicos que, mesmo em pa&iacute;ses ricos, s&atilde;o finitos e possuem destina&ccedil;&otilde;es or&ccedil;ament&aacute;rias espec&iacute;ficas com pouca margem de realoca&ccedil;&atilde;o, e cuja destina&ccedil;&atilde;o inadequada pode acarretar preju&iacute;zos &agrave; toda popula&ccedil;&atilde;o assistida pelo SUS.</p>

<p style="text-align: justify;">Compreende-se o desejo do paciente e da equipe assistente de buscar tratamento para uma doen&ccedil;a cuja expectativa de vida &eacute; muito baixa na situa&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica apresentada. No entanto, frente a incerteza de benef&iacute;cio incremental estimado; &agrave; estimativa de perfil de custo-efetividade desfavor&aacute;vel; ao alto impacto or&ccedil;ament&aacute;rio mesmo em decis&atilde;o isolada; e na aus&ecirc;ncia de registro junto &agrave; ANVISA e avalia&ccedil;&atilde;o pela Comiss&atilde;o Nacional de Incorpora&ccedil;&atilde;o de Tecnologias no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de, entendemos que se imp&otilde;e o presente parecer desfavor&aacute;vel.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">1. Marcus KJ, Karajannis MA. Diffuse intrinsic pontine glioma - UpToDate [Internet]. 2025. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/diffuse-intrinsic-pontine-glioma/print</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">2. Miguel Llordes G, Medina P&eacute;rez VM, Curto Sim&oacute;n B, Castells-Yus I, V&aacute;zquez Sufuentes S, Schuhmacher AJ. Epidemiology, Diagnostic Strategies, and Therapeutic Advances in Diffuse Midline Glioma. J Clin Med. 12 de agosto de 2023;12(16):5261.&nbsp;</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">3. FDA [Internet]. Modeyso. Dispon&iacute;vel em: https://www.accessdata.fda.gov/drugsatfda_docs/label/2025/219876s000lbl.pdf&nbsp;</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">4. Dordaviprone: Drug information - UpToDate [Internet]. Dispon&iacute;vel em: https://www.uptodate.com/contents/dordaviprone-drug-information</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">5. Arrillaga-Romany I, Gardner SL, Odia Y, Aguilera D, Allen JE, Batchelor T, et al. ONC201 (Dordaviprone) in Recurrent H3 K27M&ndash;Mutant Diffuse Midline Glioma. J Clin Oncol. 1o de maio de 2024;42(13):1542&ndash;52.&nbsp;</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">6. Carlo DD, Annereau M, Vignes M, Denis L, Epaillard N, Dumont S, et al. Real life data of ONC201 (dordaviprone) in pediatric and adult H3K27-altered recurrent diffuse midline glioma: Results of an international academia-driven compassionate use program. Eur J Cancer [Internet]. 5 de fevereiro de 2025; 216. Dispon&iacute;vel em: https://www.ejcancer.com/article/S0959-8049(24)01772-6/fulltext&nbsp;</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?DXxJfA">7. Arrillaga-Romany I, Lassman A, McGovern SL, Mueller S, Nabors B, van den Bent M, et al. ACTION: a randomized phase 3 study of ONC201 (dordaviprone) in patients with newly diagnosed H3 K27M-mutant diffuse glioma. Neuro-Oncol. 6 de mar&ccedil;o de 2024;26(Suppl 2):S173&ndash;81.&nbsp;</a></p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Conforme documentos apresentados pela parte (Evento 1, LAUDO8; Evento 1, LAUDO10; ATESTMED11, P&aacute;gina 1; Evento 1, INDEFERIMENTO18), trata-se de paciente de 7 anos, diagnosticado com neoplasia maligna do enc&eacute;falo. Est&aacute; em acompanhamento no servi&ccedil;o de oncologia pedi&aacute;trica da Santa Casa de Porto Alegre. O quadro teve in&iacute;cio com estrabismo e prosseguindo a investiga&ccedil;&atilde;o foi evidenciado tumor em ponte. Posteriormente, apresentou epis&oacute;dios de cefaleia, evoluindo com paralisia facial e altera&ccedil;&atilde;o do equil&iacute;brio. Foi realizada bi&oacute;psia em 01/08/2025 (Evento 1, EXMMED15), cujo resultado foi consistente com glioma difuso da linha m&eacute;dia, K27 alterado, grau 4. O painel som&aacute;tico para tumores s&oacute;lidos (Evento 1, EXMMED15, P&aacute;gina 4) relatou: &ldquo;foi encontrada a variante K28M em H3F3A, tamb&eacute;m descrita como K27M em nomenclatura alternativa, a qual prediz resposta a tratamento com dordaviprona. Adicionalmente, foram encontradas variantes no gene TP53.&rdquo;. N&atilde;o disp&otilde;e de terapia-alvo no momento, tendo realizado apenas radioterapia (de 10/08/2025 a 19/09/2025), para tentativa de controle local. Solicita terapia alvo devido a impossibilidade de ressec&ccedil;&atilde;o completa. Encontra-se restrito em atividades extenuantes (ECOG 1) e sem comorbidades. Neste contexto, pleiteia tratamento com dordaviprona.</p>

<p style="text-align: justify;">O glioma difuso da linha m&eacute;dia (GDM) &eacute; um tumor cerebral altamente agressivo e letal, que acomete principalmente crian&ccedil;as e adultos jovens. Localiza-se em estruturas da linha m&eacute;dia, como o tronco encef&aacute;lico, caracterizando-se por crescimento infiltrativo difuso, o que inviabiliza a ressec&ccedil;&atilde;o cir&uacute;rgica <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?Rxp0g0">(1,2)</a>. Os sintomas variam conforme a regi&atilde;o afetada, incluindo paralisia facial, dist&uacute;rbios visuais, altera&ccedil;&otilde;es do equil&iacute;brio, disartria e disfagia. O progn&oacute;stico &eacute; desfavor&aacute;vel: mais de 50% dos pacientes sobrevivem menos de 12 meses ap&oacute;s o diagn&oacute;stico, e a taxa de sobrevida em dois anos &eacute; inferior a 10%. Apesar de raro, o GDM &eacute; respons&aacute;vel por 10 a 15% das mortes por tumores cerebrais em crian&ccedil;as <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?6whKkU">(1,2)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">As op&ccedil;&otilde;es terap&ecirc;uticas limitadas resultam em progn&oacute;stico reservado, apesar dos avan&ccedil;os no diagn&oacute;stico e no tratamento. A radioterapia estereot&aacute;xica tornou-se uma abordagem comum e historicamente &eacute; a principal modalidade utilizada para prolongar a sobrevida desses pacientes. No entanto, sua efic&aacute;cia &eacute; frequentemente limitada, devido &agrave; natureza infiltrativa do tumor e &agrave; dificuldade de atingir todas as c&eacute;lulas malignas. Atualmente, diversos estudos cl&iacute;nicos investigam abordagens terap&ecirc;uticas promissoras, como terapias com c&eacute;lulas T, imunoterapia e terapias-alvo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?KUfp5U">(2)</a>. O GDM distingue-se ainda pela presen&ccedil;a de tecido tumoral heterog&ecirc;neo, frequentemente associado &agrave; barreira hematoencef&aacute;lica intacta, o que contribui para sua resist&ecirc;ncia &agrave; quimioterapia. Essa, por sua vez, &eacute; comumente administrada em conjunto com a radioterapia, buscando um efeito sin&eacute;rgico. Contudo, n&atilde;o existem diretrizes padronizadas para esses tratamentos, resultando em ampla variabilidade de esquemas, especialmente diante da progress&atilde;o da doen&ccedil;a. Entre os medicamentos empregados com finalidade adjuvante ou paliativa est&atilde;o o etopos&iacute;deo, bevacizumabe, irinotecano, nimotuzumabe e &aacute;cido valpr&oacute;ico. No entanto, na maioria dos casos, esses f&aacute;rmacos n&atilde;o demonstraram efic&aacute;cia significativa em alterar o progn&oacute;stico desfavor&aacute;vel em curto prazo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?OVtQQn">(2)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Novas estrat&eacute;gias terap&ecirc;uticas v&ecirc;m sendo exploradas, incluindo agentes imunomoduladores, terapias com c&eacute;lulas T CAR anti-GD2 e c&eacute;lulas NK CAR anti-GD2, t&eacute;cnicas para aumentar a permeabilidade da barreira hematoencef&aacute;lica, inibidores da isocitrato desidrogenase, al&eacute;m de vacinas oncol&iacute;ticas e pept&iacute;dicas. Essas abordagens buscam direcionar o tratamento com base nas caracter&iacute;sticas moleculares do tumor, representando uma perspectiva de inova&ccedil;&atilde;o no manejo do GDM <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?xigtuD">(1,2)</a>. Recentemente, em agosto de 2025, o FDA aprovou em car&aacute;ter de urg&ecirc;ncia o medicamento dordaviprona (Modeyso&reg;), considerado terapia-alvo no tratamento de GDM com muta&ccedil;&atilde;o H3 K27M que progrediram ap&oacute;s terapias anteriores <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?eUArVj">(3)</a>.</p>

Anexos

Nota Técnica 412983

PDF Nota Técnica