Nota	Tecnologia	Conclusão	Status
419280-A	Medicamento - INSULINA GLARGINA	Não favorável	Finalizada em 17/10/2025 14:17:18	Ver Nota
419280-B	Medicamento - INSULINA GLULISINA	Não favorável	Finalizada em 17/10/2025 14:23:17	Ver Nota

Paciente

Idade

Sexo *

Masculino

Feminino

Cidade *

Dados do Advogado do Autor

Nome do Advogado

Número OAB

Autor está representado por

Dados do Processo

Esfera/Órgão *

Vara/Serventia *

Esta tecnologia já foi finalizada e não pode mais ser editada

Diagnóstico Principal

CID *

Diagnóstico *

Meio(s) confirmatório(s) do diagnóstico já realizado(s) *

Laudo médico

Descrição da Tecnologia

Tipo da Tecnologia *

Registro na ANVISA? *

Situação do registro *

Nome comercial

Princípio Ativo *

Descrição *

Via de administração *

Posologia *

insulina glargina 100 UI/mL, aplicar 35 unidades uma vez ao dia

Uso contínuo?

Duração do tratamento

Unidade

Indicação em conformidade com a aprovada no registro? *

Previsto em Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Min. da Saúde para a situação clínica do demandante? *

O medicamento está inserido no SUS? *

O medicamento está incluído em *

Oncológico? *

Outras Tecnologias Disponíveis

Tecnologia

Descrever as opções disponíveis no SUS e/ou Saúde Suplementar *

<p style="text-align: justify;">para o tratamento do DM1 h&aacute; insulina NPH, insulina regular e insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida e longa</p>

Existe Genérico? *

Existe Similar? *

Descrever as opções disponíveis de Genérico ou Similar *

Custo da Tecnologia

Tecnologia

Laboratório

Marca Comercial

Apresentação

Preço de Fábrica

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da Tecnologia - Tratamento Mensal

Tecnologia

Dose Diária Recomendada

Preço Máximo de Venda ao Governo

Preço Máximo ao Consumidor

Custo da tecnologia

Fonte do custo da tecnologia

Evidências e resultados esperados

Tecnologia

Evidências sobre a eficácia e segurança da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">As insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada (dentre as quais inclui-se a insulina glargina) s&atilde;o resultantes de mudan&ccedil;as estruturais na mol&eacute;cula de insulina humana, obtida a partir da tecnologia do DNA-recombinante, com o objetivo de estender a dura&ccedil;&atilde;o do efeito e diminuir a varia&ccedil;&atilde;o intraindividual. No caso da insulina glargina, estas modifica&ccedil;&otilde;es permitem a aplica&ccedil;&atilde;o subcut&acirc;nea uma vez por dia e a aus&ecirc;ncia de pico de concentra&ccedil;&atilde;o <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?7UBSoh">(4)</a>. Existem duas concentra&ccedil;&otilde;es de insulina glargina: 100 UI/mL (U-100) e 300 UI/mL (U-300). Esta &uacute;ltima difere da primeira na sua farmacocin&eacute;tica, tendo uma dura&ccedil;&atilde;o de a&ccedil;&atilde;o mais prolongada (mais de 24 horas) <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?r8xVRq">(5)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Uma revis&atilde;o sistem&aacute;tica (RS) da Cochrane Collaboration avaliou 26 ensaios cl&iacute;nicos randomizados (ECRs) com dura&ccedil;&atilde;o m&iacute;nima de 24 semanas, totalizando 8.784 participantes com DM1, comparando insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada [(ultra-)long-acting] com insulina NPH ou entre si. Foram inclu&iacute;dos 2.428 participantes no grupo NPH, 2.889 com insulina detemir, 2.095 com insulina glargina e 1.372 com insulina degludeca. Na compara&ccedil;&atilde;o entre insulina glargina e NPH, observou-se hipoglicemia grave em 10,2% dos pacientes com glargina versus (vs.) 12,5% com NPH (RR 0,84; IC95% 0,67 a 1,04), e hipoglicemia noturna grave em 7,4% vs. 8,7%, respectivamente (RR 0,83; IC95% 0,62 a 1,12), ambas sem signific&acirc;ncia estat&iacute;stica. A diferen&ccedil;a m&eacute;dia em HbA1c tamb&eacute;m foi irrelevante (0,02%; IC95% -0,1 a 0,1). A taxa de eventos adversos graves foi similar entre os grupos (RR 1,08; IC95% 0,63 a 1,84). Nas compara&ccedil;&otilde;es entre os pr&oacute;prios an&aacute;logos (detemir vs. glargina, degludeca vs. glargina e degludeca vs. detemir), nenhuma diferen&ccedil;a clinicamente relevante foi identificada em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; mortalidade, hipoglicemia grave, HbA1c ou eventos adversos graves. Al&eacute;m disso, n&atilde;o foram encontradas diferen&ccedil;as entre crian&ccedil;as e adultos em qualquer um dos desfechos avaliados <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?MqRrlt">(6)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Uma RS com metan&aacute;lise em rede baseada em dados individuais (IPD-NMA), incluindo 27 ECRs com 7.394 participantes (12 estudos com IPD totalizando 4.943 pacientes), comparou a efic&aacute;cia e a seguran&ccedil;a de esquemas com insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada vs. insulina NPH em adultos com DM1. Os resultados demonstraram que a insulina glargina uma vez ao dia reduziu significativamente a HbA1c em compara&ccedil;&atilde;o &agrave; NPH uma vez ao dia (diferen&ccedil;a m&eacute;dia [MD] de -0,31; IC95% -0,48 a -0,14), sendo a &uacute;nica com redu&ccedil;&atilde;o clinicamente significativa. A insulina detemir uma vez ao dia tamb&eacute;m apresentou superioridade (MD -0,25; IC95% -0,41 a -0,09). Esquema com NPH uma a duas vezes ao dia foi superior a NPH uma vez ao dia (MD -0,30; IC95% -0,50 a -0,11). Quanto &agrave;s hipoglicemias graves, os esquemas com insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada obtiveram melhor classifica&ccedil;&atilde;o em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; redu&ccedil;&atilde;o do risco, com surface under the cumulative ranking curve (SUCRA) de 89% para glargina duas vezes ao dia e 77% para detemir uma vez ao dia, e SUCRA de 85% para detemir uma ou duas vezes ao dia. No entanto, os autores destacam que os achados sobre complica&ccedil;&otilde;es devem ser interpretados com cautela devido &agrave; baixa qualidade da evid&ecirc;ncia <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?X8tSU0">(7)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Uma RS com metan&aacute;lise em rede, incluindo 39 estudos (sendo 27 ECRs com 7.496 pacientes), avaliou a efic&aacute;cia, seguran&ccedil;a e custo-efetividade da insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada (glargina e detemir) em compara&ccedil;&atilde;o com insulinas de a&ccedil;&atilde;o intermedi&aacute;ria (NPH e lente) em adultos com DM1. A insulina glargina uma vez ao dia reduziu a HbA1c em m&eacute;dia -0,39% (IC95% -0,59 a -0,19), enquanto detemir uma vez ao dia reduziu em -0,26% (IC95% -0,48 a -0,03), e detemir uma ou duas vezes ao dia, em -0,36% (IC95% -0,65 a -0,08), todas em compara&ccedil;&atilde;o com NPH uma vez ao dia. Houve tamb&eacute;m menor risco de hipoglicemia grave com detemir uma ou duas vezes ao dia vs. NPH (OR 0,62; IC95% 0,42 a 0,91). Em rela&ccedil;&atilde;o ao peso, glargina foi associada a menor ganho ponderal: -5,14 kg (IC95% -6,07 a -4,21) vs. NPH uma vez ao dia. Nas an&aacute;lises de custo-efetividade, glargina foi mais efetiva e menos custosa que a NPH em 2 de 8 an&aacute;lises. As demais an&aacute;lises mostraram que glargina e detemir foram mais eficazes, por&eacute;m mais onerosas. Concluiu-se que os an&aacute;logos de insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada apresentaram superioridade modesta frente &agrave; insulina NPH, sendo a escolha do an&aacute;logo mais apropriado dependente de fatores como prefer&ecirc;ncia do paciente, custo e disponibilidade <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?zovRO9">(8)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">Conforme o relat&oacute;rio de recomenda&ccedil;&atilde;o da CONITEC, os an&aacute;logos de insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada incluem glargina U100, glargina U300, detemir e degludeca. Estudos demonstram efic&aacute;cia cl&iacute;nica semelhante entre eles na redu&ccedil;&atilde;o da HbA1c, com diferen&ccedil;as discretas na taxa de hipoglicemias noturnas, sendo a degludeca associada a menor frequ&ecirc;ncia desses eventos. Glargina U100, detemir e degludeca s&atilde;o indicadas a partir de 1 ou 2 anos de idade, enquanto a glargina U300 n&atilde;o tem indica&ccedil;&atilde;o pedi&aacute;trica. O benef&iacute;cio mais evidente dessas insulinas &eacute; a redu&ccedil;&atilde;o de hipoglicemias graves e noturnas, especialmente em pacientes com epis&oacute;dios recorrentes. Dada a equival&ecirc;ncia cl&iacute;nica, recomenda-se a escolha do an&aacute;logo com melhor custo-minimiza&ccedil;&atilde;o, conforme disponibilidade adquirida e distribu&iacute;da pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de (3).</p>

<p style="text-align: justify;">Custo:</p>

<table>
	<thead>
		<tr>
			<th scope="col">
			<p style="text-align: justify;">Item</p>
			</th>
			<th scope="col">
			<p style="text-align: justify;">Descri&ccedil;&atilde;o</p>
			</th>
			<th scope="col">
			<p style="text-align: justify;">Quantidade</p>
			</th>
			<th scope="col">
			<p style="text-align: justify;">Valor Unit&aacute;rio*</p>
			</th>
			<th scope="col">
			<p style="text-align: justify;">Valor Anual</p>
			</th>
		</tr>
	</thead>
	<tbody>
		<tr>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">&nbsp;</p>

			<p style="text-align: justify;">INSULINA GLARGINA</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">100 UI/ML SOL INJ CT 1 CAR VD TRANS 3 ML + 1 CAN APLIC</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">43</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 29,39&nbsp;</p>
			</td>
			<td>
			<p style="text-align: justify;">R$ 1.263,77</p>
			</td>
		</tr>
	</tbody>
</table>

<p style="text-align: justify;">* Valor unit&aacute;rio considerado a partir de consulta de pre&ccedil;o da tabela CMED. Pre&ccedil;o m&aacute;ximo de venda ao governo (PMVG) no Rio Grande do Sul (ICMS 17%). O PMVG &eacute; o resultado da aplica&ccedil;&atilde;o do Coeficiente de Adequa&ccedil;&atilde;o de Pre&ccedil;os (CAP) sobre o Pre&ccedil;o F&aacute;brica &ndash; PF, PMVG = PF*(1-CAP). O CAP, regulamentado pela Resolu&ccedil;&atilde;o n&ordm;. 3, de 2 de mar&ccedil;o de 2011, &eacute; um desconto m&iacute;nimo obrigat&oacute;rio a ser aplicado sempre que forem realizadas vendas de medicamentos constantes do rol anexo ao Comunicado n&ordm; 15, de 31 de agosto de 2017 - Vers&atilde;o Consolidada ou para atender ordem judicial. Conforme o Comunicado CMED n&ordm; 5, de 21 de dezembro de 2020, o CAP &eacute; de 21,53%. Alguns medicamentos possuem isen&ccedil;&atilde;o de ICMS para aquisi&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os da Administra&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica Direta Federal, Estadual e Municipal, conforme Conv&ecirc;nio ICMS n&ordm; 87/02, sendo aplicado o benef&iacute;cio quando cab&iacute;vel.</p>

<p style="text-align: justify;">De acordo com a prescri&ccedil;&atilde;o juntada ao processo e consulta &agrave; tabela CMED em outubro de 2025, foi elaborada a tabela acima estimando o custo anual do tratamento.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">Conforme o Protocolo Cl&iacute;nico e Diretrizes Terap&ecirc;uticas da condi&ccedil;&atilde;o, deve-se optar pela prescri&ccedil;&atilde;o da insulina an&aacute;loga de a&ccedil;&atilde;o prolongada (eleg&iacute;vel para uso adulto e pedi&aacute;trico) com melhor resultado de custo-minimiza&ccedil;&atilde;o a ser disponibilizada pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Informa&ccedil;&otilde;es acerca da distribui&ccedil;&atilde;o, dispensa&ccedil;&atilde;o da insulina an&aacute;loga de a&ccedil;&atilde;o prolongada e orienta&ccedil;&otilde;es aos profissionais da sa&uacute;de ser&atilde;o divulgadas pelo Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de periodicamente, conforme cada per&iacute;odo aquisitivo <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?298iJy">(1)</a>.&nbsp;</p>

<p style="text-align: justify;">A CONITEC, em relat&oacute;rio final publicado em 2022, apresentou an&aacute;lise econ&ocirc;mica estimando, conforme o cen&aacute;rio epidemiol&oacute;gico, que o gasto com a incorpora&ccedil;&atilde;o de an&aacute;logos de insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada no SUS poderia variar, no primeiro ano, entre aproximadamente R$ 195 milh&otilde;es e R$ 990 milh&otilde;es, dependendo do an&aacute;logo considerado. O gasto acumulado ao longo de cinco anos foi estimado entre R$ 639 milh&otilde;es e R$ 8 bilh&otilde;es, com impacto or&ccedil;ament&aacute;rio incremental (comparado &agrave; insulina NPH) entre R$ 1 bilh&atilde;o e R$ 7,9 bilh&otilde;es. Em compara&ccedil;&atilde;o, a an&aacute;lise anterior de 2019 projetava um impacto ainda maior: os custos no primeiro ano variaram entre R$ 759 milh&otilde;es e R$ 2,3 bilh&otilde;es, com gasto total em cinco anos entre R$ 6,6 bilh&otilde;es e R$ 19,9 bilh&otilde;es, e impacto incremental em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; insulina NPH entre R$ 5,5 bilh&otilde;es e R$ 18,8 bilh&otilde;es <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?LPwlk5">(3)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">A Canadian Agency for Drugs and Technologies in Health (CADTH), considerou que as insulinas an&aacute;logas de longa a&ccedil;&atilde;o podem ser reembolsada para o tratamento di&aacute;rio de adultos com DM tipo 1 e tipo 2 (DM2) visando o controle glic&ecirc;mico, desde que sejam cumpridas condi&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas: o custo total do tratamento n&atilde;o deve exceder o custo do an&aacute;logo de insulina basal mais econ&ocirc;mico dispon&iacute;vel no sistema. Ainda, para pacientes que necessitam de insulina basal, o CADTH recomenda a insulina NPH como primeira escolha, e sugere o uso de an&aacute;logos de a&ccedil;&atilde;o prolongada apenas em casos de hipoglicemia significativa com o uso da NPH, reconhecendo que as evid&ecirc;ncias dispon&iacute;veis para essa recomenda&ccedil;&atilde;o ainda s&atilde;o limitadas e inconsistentes <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?8MpZWt">(3)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">De forma semelhante, o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), do Reino Unido, recomenda, em seu guia cl&iacute;nico, o uso de insulina detemir duas vezes ao dia como esquema basal para pacientes que n&atilde;o obtiveram controle glic&ecirc;mico adequado. Alternativamente, o NICE permite considerar uma dose di&aacute;ria de insulina glargina ou detemir, quando o esquema com duas aplica&ccedil;&otilde;es n&atilde;o for aceit&aacute;vel ou tolerado pelo paciente. O instituto ressalta que, ao optar por um regime insul&iacute;nico alternativo, deve-se considerar as prefer&ecirc;ncias do paciente e o custo de aquisi&ccedil;&atilde;o da medica&ccedil;&atilde;o, refor&ccedil;ando a import&acirc;ncia da racionalidade terap&ecirc;utica na escolha do tratamento. Essas recomenda&ccedil;&otilde;es internacionais refletem a necessidade de avaliar benef&iacute;cio cl&iacute;nico, perfil de seguran&ccedil;a e custo antes da ado&ccedil;&atilde;o de insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada, especialmente em contextos de financiamento p&uacute;blico <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?GTTs7p">(3)</a>.</p>

Benefício/efeito/resultado esperado da tecnologia *

<p style="text-align: justify;">Benef&iacute;cio/efeito/resultado esperado da tecnologia: melhora do controle glic&ecirc;mico com signific&acirc;ncia cl&iacute;nica incerta (cerca de -0,4% na hemoglobina glicada) e, poss&iacute;vel, menor n&uacute;mero de hipoglicemias, quando comparado &agrave; insulina NPH.</p>

Recomendações da CONITEC para a situação clínica do demandante *

Conclusão

Tecnologia

Conclusão Justificada *

Conclusão *

<p style="text-align: justify;">H&aacute; evid&ecirc;ncia de moderada qualidade de que an&aacute;logos de insulina de a&ccedil;&atilde;o prolongada promovem melhora do controle glic&ecirc;mico com signific&acirc;ncia cl&iacute;nica incerta (cerca de -0,4% na hemoglobina glicada) e possivelmente menor n&uacute;mero de hipoglicemias, quando comparado &agrave; insulina NPH.</p>

<p style="text-align: justify;">Os an&aacute;logos de insulina de a&ccedil;&atilde;o longa comp&otilde;em o elenco de medicamentos do Grupo 1A do Componente Especializado da Assist&ecirc;ncia Farmac&ecirc;utica (CEAF), ou seja, o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de &eacute; respons&aacute;vel pela aquisi&ccedil;&atilde;o do medicamento e envio &agrave;s Secretarias Estaduais de Sa&uacute;de. As condi&ccedil;&otilde;es que devem ser satisfeitas para que a parte tenha acesso a este medicamento est&atilde;o dispostas, em detalhe, no PCDT da condi&ccedil;&atilde;o (1). Se cumpridas as condi&ccedil;&otilde;es, a parte autora dever&aacute; procurar a Secretaria Municipal de Sa&uacute;de, que indicar&aacute; o servi&ccedil;o onde dever&atilde;o ser entregues os documentos solicitados pelo referido PCDT, dando entrada &agrave; solicita&ccedil;&atilde;o administrativa do tratamento.</p>

<p style="text-align: justify;">Cabe ressaltar que n&atilde;o foi juntado ao processo negativa administrativa da Secretaria Estadual de Sa&uacute;de para solicita&ccedil;&atilde;o de insulina glargina, apenas para insulina glulisina (Evento 1, INDEFERIMENTO9, P&aacute;gina 2), tecnologia tamb&eacute;m pleiteada neste processo. Finalmente, para o caso em tela, n&atilde;o h&aacute; informa&ccedil;&otilde;es acerca da hist&oacute;ria cl&iacute;nica e do tempo de utiliza&ccedil;&atilde;o das insulinas dispon&iacute;veis pelo SUS, tampouco tratamento atual, n&atilde;o deixando claro se a parte autora atende aos crit&eacute;rios do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de para acesso &agrave; tecnologia.</p>

Há evidências científicas? *

Considera-se urgência as situações de ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita da assistência médica imediata (Resolução CFM 1451/95)

Justifica-se a alegação de urgência, conforme definição de Urgência e Emergência do CFM? *

Justificativa *

Referências bibliográficas *

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=XSgDyu">1. Brasil. Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Portaria Conjunta No 17, de 12 de Novembro de 2019 [Internet]. 2019. Dispon&iacute;vel em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt/arquivos/2021/portaria-conjunta-17_2019_pcdt_diabete-melito-1.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=wdM83U">2. Diabetes S, Silva J&uacute;nior W. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020. 2019.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=LAI3mq">3. </a><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=NN2TgB">Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de. Relat&oacute;rio de Recomenda&ccedil;&atilde;o Final - Altera&ccedil;&atilde;o das Insulinas an&aacute;logas de a&ccedil;&atilde;o prolongada para o tratamento de diabetes mellitus tipo 1 [Internet]. 2022. Dispon&iacute;vel em: </a><a href="https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2022/20221206_relatorio_insulinas_analogas_acao_prolongada.pdf">https://www.gov.br/conitec/pt-br/midias/relatorios/portaria/2022/20221206_relatorio_insulinas_analogas_acao_prolongada.pdf</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=yz211W">4. Kopacek C, Schaan BD, Gomez R, Caletti G, Scheffel RS. Farmacologia do Diabetes. Em: Farmacologia Cl&iacute;nica. Rio de Janeiro: Elsevier Inc.; 2017.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=r7s3dc">5. Becker RHA, Dahmen R, Bergmann K, Lehmann A, Jax T, Heise T. New insulin glargine 300 Units &middot; mL-1 provides a more even activity profile and prolonged glycemic control at steady state compared with insulin glargine 100 Units &middot; mL-1. Diabetes Care. 2015;38(4):637&ndash;43.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=FvLXLb">6. Hemmingsen B, Metzendorf MI, Richter B. (Ultra-)long-acting insulin analogues for people with type 1 diabetes mellitus. Cochrane Metabolic and Endocrine Disorders Group, organizador. Cochrane Database Syst Rev [Internet]; 2021(4). Dispon&iacute;vel em: http://doi.wiley.com/10.1002/14651858.CD013498.pub2</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=7Lsy0K">7. Veroniki AA, Seitidis G, Stewart L, Clarke M, Tudur-Smith C, Mavridis D, et al. Comparative efficacy and complications of long-acting and intermediate-acting insulin regimens for adults with type 1 diabetes: an individual patient data network meta-analysis. BMJ Open. 2022;12(11):e058034.</a></p>

<p style="text-align: justify;"><a href="https://www.zotero.org/google-docs/?broken=HKsFgd">8.</a> Tricco AC, Ashoor HM, Antony J, et al. Safety, effectiveness, and cost effectiveness of long acting versus intermediate acting insulin for patients with type 1 diabetes: systematic review and network meta-analysis. BMJ. 2014;349:g5459. doi:10.1136/bmj.g5459&nbsp;</p>

NatJus Responsável *

Instituição Responsável *

Nota técnica elaborada com apoio de tutoria? *

Outras Informações *

<p style="text-align: justify;">Segundo breve laudo m&eacute;dico (Evento 1, OUT3), a parte autora, com 11 anos de idade, possui diagn&oacute;stico de diabetes mellitus tipo 1. N&atilde;o h&aacute; informa&ccedil;&otilde;es acerca da hist&oacute;ria cl&iacute;nica e do tempo de utiliza&ccedil;&atilde;o das insulinas dispon&iacute;veis pelo SUS, tampouco tratamento atual. Foram anexados ao processo resultados de exames realizados em julho/25 (Evento 1, EXMMED4), contemplando glicemia de jejum = 361mg/dl e HbA1c = 15,6%. Nesse contexto, pleiteia provimento jurisdicional de insulina glargina e insulina glulisina.</p>

<p style="text-align: justify;">A presente nota t&eacute;cnica versar&aacute; sobre o pleito de insulina glargina.</p>

<p style="text-align: justify;">O diabete melito (DM) &eacute; uma doen&ccedil;a end&oacute;crino-metab&oacute;lica de etiologia heterog&ecirc;nea, que envolve fatores gen&eacute;ticos, biol&oacute;gicos e ambientais, caracterizada por hiperglicemia cr&ocirc;nica resultante de defeitos na secre&ccedil;&atilde;o ou na a&ccedil;&atilde;o da insulina. Essa doen&ccedil;a pode evoluir com complica&ccedil;&otilde;es agudas (hipoglicemia, cetoacidose e s&iacute;ndrome hiperosmolar hiperglic&ecirc;mica n&atilde;o cet&oacute;tica) e cr&ocirc;nicas - microvasculares (retinopatia, nefropatia, neuropatia) e macrovasculares (doen&ccedil;a arterial coronariana, doen&ccedil;a arterial perif&eacute;rica e doen&ccedil;a cerebrovascular). O DM tipo 1 (DM1) caracteriza-se pela destrui&ccedil;&atilde;o das c&eacute;lulas beta pancre&aacute;ticas, determinando defici&ecirc;ncia na secre&ccedil;&atilde;o de insulina, o que torna essencial o uso desse horm&ocirc;nio como tratamento, para prevenir cetoacidose, coma, eventos micro e macrovasculares e morte. A varia&ccedil;&atilde;o global na incid&ecirc;ncia de DM1 &eacute; alta e, no Brasil, estima-se que ocorram 25,6 casos por 100.000 habitantes por ano, o que &eacute; considerado uma incid&ecirc;ncia elevada <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?R9GoDb">(1,2)</a>.</p>

<p style="text-align: justify;">O tratamento do paciente com DM1 inclui cinco componentes principais: educa&ccedil;&atilde;o sobre DM, insulinoterapia, automonitoriza&ccedil;&atilde;o glic&ecirc;mica, orienta&ccedil;&atilde;o nutricional e pr&aacute;tica monitorada de exerc&iacute;cio f&iacute;sico. &Eacute; um tratamento complexo em sua prescri&ccedil;&atilde;o e execu&ccedil;&atilde;o e exige a participa&ccedil;&atilde;o intensiva do paciente, que precisa ser capacitado para tal, ou de seus familiares. O fluxograma terap&ecirc;utico dever&aacute; ocorrer da seguinte forma: insulina NPH associada &agrave; insulina regular; insulina NPH associada &agrave; insulina an&aacute;loga de a&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida e insulina an&aacute;loga de a&ccedil;&atilde;o r&aacute;pida associada &agrave; insulina an&aacute;loga de a&ccedil;&atilde;o prolongada <a href="https://www.zotero.org/google-docs/?reidzp">(1)</a>.</p>

Anexos

Nota Técnica 419280

PDF Nota Técnica